Contaminação Por Salmonela: Saiba Como Prevenir

CONTAMINAÇÃO POR SALMONELA: SAIBA COMO PREVENIR

No início do mês de julho de 2019, a Ministra Tereza Cristina (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) confirmou a informação de que, durante um ano e meio, o Reino Unido devolveu ao Brasil 1,4 mil toneladas de frango por contaminação com salmonela, de acordo com a Folha de São Paulo.

Neste período, que durou entre abril de 2017 e novembro de 2018, as aves congeladas foram impedidas de entrar no Reino Unido pela presença da bactéria. De acordo com a ministra, foram devolvidos 17 contêineres, sendo 16 por causa da bactéria e um por problemas de refrigeração.​

A investigação foi conduzida pela ONG Repórter Brasil e divulgada pelo Jornal The Guardian. A Ministra informou ainda que a carne devolvida poderia ser utilizada no mercado brasileiro. Segundo a assessoria do órgão, esses frangos não podem ser vendidos crus, mas com um termoprocessamento eles podem ser comercializados.​

Para sabermos como prevenir a contaminação e a transmissão dessa bactéria, precisamos entender melhor sobre ela.

 

O que é a Salmonela?

Segundo o Ministério da Saúde, a Salmonela é uma bactéria que possui duas espécies causadoras de doenças em humanos: S. entérica e S. bongori.

A Salmonela pode causar dois tipos de doença: a salmonelose não tifóide e a febre tifoide, sendo esta a mais grave, possuindo uma taxa de mortalidade maior que a samonelose não tifóide, embora ambas possam levar à morte.​

O principal sintoma da infecção é a diarreia, mas antes da mesma se manifestar, pode haver dor abdominal e constipação. Pode haver também um aumento da sensibilidade do cólon intestinal porque a infecção leva a inflamação do órgão.​

O não tratamento pode piorar o quadro de sintomas, podendo levar a febre tifoide, que quando não tratada, pode levar a morte. A bactéria atua sobre o intestino do indivíduo, onde se multiplica e pode entrar na corrente sanguínea, atingindo outros órgãos no corpo e por isso é tão perigosa.​

Para as gestantes a atenção deve ser redobrada, não se deve manter contato com uma pessoa infectada e aumentar a atenção em relação a alimentação, pois a infecção pode chegar a placenta e causar doenças graves e até a morte do feto.

 

Mas como é a transmissão da Salmonela?

A transmissão da doença, na maior parte dos casos, se dá por meio da ingestão de alimentos contaminados e dos maus hábitos de higiene.

A Samonella fica dispersa no ambiente e pode entrar no organismo ao se ingerir alimentos contaminados por meio de fezes de animais. Isso acontece ao se comer carnes e ovos crus ou mal passados ou quando não se lava as mãos antes de cozinhar. O maior risco, em geral, está em carne de aves, ovo, leite não pasteurizado e seus derivados.​

Também pode ser transmitida pelo contato com água contaminada ou ingestão de alimentos que tenha tido contato com animais como galinhas, porcos, répteis, anfíbios, vacas e até mesmo animais domésticos.​

O contato com as fezes do animal, mesmo que pelo ar particulado é também um grande risco pois contamina alimentos e estes são considerados uma via de transmissão. Assim como a ingestão da carne do próprio animal contaminado.

 

Como prevenimos então a infecção por Samonela?​

Para isso, é preciso que sejam tomadas medidas de controle em todas as etapas da cadeia alimentar. O alimento precisa passar por essas medidas desde a produção agrícola até o seu cozimento nos estabelecimentos comerciais e residência.​​

Vamos comentar algumas medidas imprescindíveis para evitar a contaminação.​

É essencial lavar as mãos de modo adequado antes, durante e após manipular, preparar ou consumir alimentos, assim como após tocar em animais, usar o banheiro ou manipular lixo e resíduos.

 

É de extrema importância lavar todos os utensílios utilizados no preparo da comida, desde talheres, tábuas e pia antes, durante e depois o manuseio. Segundo reportagem da Folha de São Paulo, na preparação, recomenda-se o uso de facas e tábuas diferentes para carnes e demais alimentos, como saladas e vegetais.​

Se estes forem higienizados de forma inadequada, pode ocorrer contaminações cruzadas, ou seja, se houver um alimento contaminado e outro não, o uso do mesmo utensílio para ambos para contaminar o que estava seguro para consumo.​

Não é recomendável que se use tábuas de madeira para cortar carnes, pois a bactéria pode ficar na sua superfície mesmo após a higienização.​

Os alimentos precisam ser bem lavados, especialmente frutas e verduras. Os vegetais podem ser higienizados com uma colher de água sanitária ou com hipoclorito de sódio. O vinagre, que é amplamente utilizado, não é ideal para fazer a lavagem, pois não higieniza de forma completa.​​

Carnes devem ser descongeladas aos poucos. Caso elas estejam no freezer, é aconselhável descongelá-las na própria geladeira ou com água fria, pois temperaturas mais elevadas são propícias para o surgimento e desenvolvimento de bactérias.​

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Segundo a infectologista e presidente do CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) do Emílio Ricas, Rosana Richtmann, afirma que um bom cozimento é a principal forma de evitar a infecção por salmonela.

 

O ovo precisa ser muito bem cozido para evitar riscos. Deve-se evitar o consumo deste com gema mole. A casca precisa ser levada e o ovo precisa ser armazenado sob refrigeração. A especialista recomenda temperaturas superiores a 70ºC para fritá-lo durante pelo menos dois minutos e meio e, para fervê-lo, pelo menos três minutos. Quanto a conservação, especialistas indicam que alimentos à base de ovos sejam conservados entre 2ºC e 8ºC para evitar a multiplicação de bactérias.​

O leite deve ser fervido por, no mínimo, cinco minutos. É aconselhável, desse modo, ingeri-lo fervido ou pasteurizado, assim como seus derivados.​

São necessários pelo menos 45 minutos para cozinhar o frango, a 80ºC para matar as bactérias.​

Todas essas medidas são necessárias para diminuir consideravelmente as contaminações e melhorar assim a saúde pública.​

A legislação brasileira que regula a quantidade de Salmonela mínima permitida é mais flexível que os países da União Europeia. De acordo com a instrução normativa do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 20% de cada lote de fezes de aves analisado antes do abate pode conter a bactéria.​

ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, regulamenta através da legislação sanitária federal medidas em caráter geral que se aplicam a todo tipo de indústria de alimentos e serviço de alimentação e também de acordo com indústrias que processam determinados tipos de alimentos em específico.

Para garantir a qualidade sanitária, conformidade dos alimentos em quesitos técnicos e a segurança alimentar, existem as Boas Práticas de Fabricação (BPF) que abrangem essas normas.​

As BPF são um manual que todo estabelecimento alimentício deve possuir. De acordo com a resolução 216 da ANVISA, são exigidas normas para o processo de manipulação, preparação, fracionamento, armazenamento, distribuição, transporte, exposição à venda e entrega de alimentos preparados ao consumo.​

Por meio das Boas Práticas de Fabricação é possível garantir a inocuidade do alimento, padronização da produção e que todo o estabelecimento está de acordo com as normas da ANVISA. Visa-se, portanto, alcançar a execução mais adequada de todo o processo, alcançar a qualidade da produção e oferecer produtos seguros aos consumidores.​

É de extrema importância que estes cuidados sejam levados a sério tanto dentro de casa quanto nos estabelecimentos para que contaminações como a contaminação por Samonela diminuam sua ocorrência e que as pessoas sejam submetidas a condições alimentares seguras.​

 

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Combustíveis em Alta: O Preço Que o Consumidor Paga

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Desde o início do ano de 2019, o preço dos combustíveis não para de crescer. Segundo O Fluminense, em reportagem do dia 23 de março, a gasolina havia subido pela quarta semana seguida, acumulando um aumento de 3,5% em março.

 

O levantamento de dados da ANP, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, indicou que em 23 de março o preço médio do litro de gasolina comercializada nos postos de todo o Brasil foi de R$4,319.

Isso por sua vez configura um aumento de preço de 3,5% em um mês, já que na semana de 17 a 23 de fevereiro, o litro era vendido a R$4,172.​

Ainda segundo dados da reportagem, o óleo diesel chegou à média de R$3,54 por litro, tendo aumentado pela quinta vez consecutiva, com uma porcentagem de 2,8% de alta nos preços.​

O etanol também subiu pela quinta vez consecutiva, com 8,2% de alta acumulada em cinco semanas. O GNV (gás natural veicular), por sua vez fechou em R$3,169 o metro cúbico, tendo aumentado pela terceira semana no final de março.​​

Diante desse cenário de alta dos preços, é preciso estar muito atento à algumas situações indesejadas que o consumidor pode enfrentar. Fraudes e adulterações dos combustíveis infelizmente acabam por se tornar mais recorrentes para barateá-los e diminuir o prejuízo dos postos.

 

Como assim fraude e adulteração?

A fraude consiste na adição de qualquer produto que altere as condições do combustível e inviabilize a garantia do consumidor.

Geralmente adicionam-se solventes mais baratos ou outros produtos químicos ao combustível para que ele renda mais. Essa medida, que alguns postos realizam, prejudica diretamente o consumidor.​​

Segundo reportagem do G1, o combustível adulterado afeta o funcionamento do carro e danifica peças fundamentais, como catalizadores, bombas de combustíveis, sondas de oxigênio e bicos injetores. A reposição desses itens nem sempre é fácil.​ ​

Estes danos ao automóvel podem ser irreparáveis, causando um prejuízo financeiro e ainda um desgaste mental e emocional.​

As peças custam caro por causa do avanço das tecnologias, algumas vezes os valores são tão altos que os proprietários são obrigados a buscarem esses itens em desmanches, que apesar da maioria ser legalizada, a compra é feita sem garantia de um bom funcionamento.​​

Para podermos identificar as peças em que há maior probabilidade de serem danificadas, precisamos entender o caminho que o combustível adulterado faz no carro.

 

O caminho do combustível no carro​

A seguir veremos o preço de mercado de alguns desses itens​, de acordo com reportagem do G1.​

​Catalizadores de carros “populares” que variam de R$400,00 a R$1.200,00​

Sensores de oxigênio custam de R$200,00 a R$500,00 e para os carros “premium”, os valores são maiores que os R$4.000,00​

Bombas de Combustível vão de R$200,00 a R$1.300,00. As bombas de carros de luxo partem de R$4.000,00 e podem chegar a R$9.000,00​​

Para peças originais o valor pode ser de 5 a 10 vezes maior​

O problema pode se tornar ainda mais grave se o dano for no motor. Nesse caso, os prejuízos podem chegar a mais de R$40.000,00 em carros de luxo.​

Os danos e os prejuízos são bastante significativos, portanto, é preciso ficar atento e se prevenir o quanto antes. Quanto mais rápido você agir, menores serão seus prejuízos.

Preste atenção nos sinais de mau funcionamento do seu carro:

      • Falta de potência: É o sinal clássico e mais comum, quando você sente que precisa acelerar mais para obter a mesma velocidade.
      • Consumo médio despenca: Costuma diminuir de 30%, assim para quem faz o mesmo percurso diariamente, começa a perceber que o tanque dura menos. Uma dica é ficar atento ao consumo que o veículo faz normalmente. Caso haja uma queda da quilometragem por litro, é um indício de adulteração de combustível.
      • O carro apresenta dificuldade para pegar pela manhã
      • Presença de um ruído no motor semelhante a uma corrente de bicicleta, a pré-ignição (ou detonação)
      • Problemas na aceleração
      • Engasgos podem ser causados por produtos misturados à gasolina que formem goma.​

​“Isso pode acelerar o entupimento dos filtros. E se passar pelo filtro pode prejudicar os injetores”, ressaltou o diretor de Combustíveis da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Rogério Gonçalves em entrevista para o jornal O Dia.​

 

Preste atenção aos sinais e caso desconfie de adulteração, é possível comprová-la com uma Análise Química. A apresentação do laudo e do relatório de adulteração é essencial para tomar as devidas providências legais.​

Essa análise deve ser feita em laboratórios que sigam as normas estipuladas pela a ANP, onde cada teste deve ser realizado em duplicata para que o resultado possa ser considerado válido.​

Para cada tipo de combustível existe uma resolução da ANP que estipula os parâmetros e seus valores aceitáveis.​

Atualmente, a gasolina é regida pela ANP 40/13, que foi atualizada pela ANP 684/17.​

Já o diesel é especificado pela ANP 50/13, ANP 13/15 e ANP 69/14.​

etanol é regulado pela ANP 19/15 e ANP 7/16.

​Todas essas resoluções servem para auxiliar o consumidor na hora de garantir a qualidade do produto que está comprando.​

Como já dito antes, um combustível adulterado pode prejudicar em muito o desenvolvimento de um carro. Portanto caso um carro apresente os sintomas de que foi abastecido com combustível adulterado é necessário levá-lo para um mecânico analisar os danos e retirar o combustível restante do mesmo.​​

​Ao retirar o combustível é preciso colocar o mesmo em um galão fosco novo, fechado com um batoque e com tampa plástica, mantido sobre um local protegido de luminosidade e não muito quente.​

Porém, para fazer a análise deve-se possuir uma quantidade mínima do produto. Para gasolina em média 750mL e para o diesel e etanol 1,5mL.​

Guarde a nota fiscal do posto em que abasteceu. É importante também possuir um laudo técnico do mecânico para comprovar os danos do seu carro e quão graves foram.​

Depois disso basta registrar a denúncia formalmente na ANP e no Procon.​​

Segundo reportagem do início de março deste ano do jornal O Dia e dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o Rio de Janeiro é o oitavo estado do país em combustível irregular. O índice de não conformidade da gasolina, etanol e diesel vendidos é por volta de 2,8%.​

Um levantamento de dados da ANP consolidado até 2017 chegou à conclusão de que estado do Rio vende em média 2,5 bilhões de litros de combustível anualmente e desse total, cerca de 70 milhões de litros possuía alguma irregularidade.​

Portanto, fique atento aos sinais e ciente dos seus direitos legais como consumidor. Fraude de combustível é crime e deve ser denunciado.

Caso seu veículo esteja apresentando alguns dos sinais mencionados acima, comprove a qualidade do seu combustível com uma Análise Química e, de posse da nota fiscal e laudo do mecânico, faça uma denúncia.

O telefone da ANP é 0800-970-0267.​

 

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Alimente Sua Produção

ALIMENTE SUA PRODUÇÃO

Já parou para pensar em como o alimento é essencial para a sustentação da vida?

Por isso é importante que este não ofereça riscos à saúde dos consumidores por contaminação ou degradação. Para tal faz-se necessário a higienização e manipulação adequada.

Além disso, a verificação de sua data de validade, adaptação na sua formulação, os métodos de conservação, as condições de armazenamento e transporte são medidas necessárias para garantir a qualidade do produto e maior credibilidade para o seu empreendimento, uma vez que estaria de acordo as normas da ANVISA.

E quais negócios precisam seguir diversos aspectos legais e ordens técnicas que garantam a segurança alimentar? Desde de padarias, confeitarias, restaurantes e indústrias alimentícias, todas necessitam de tais.

Nesse cenário, a P&Q Engenharia Jr. apresenta soluções e metodologias que visam garantir os parâmetros acima mencionados. São elas:

 

Alimente sua produção com um Manual de Boas Práticas de Fabricação (BPF)

Qual o primeiro passo ao abrir um negócio? A resposta é simples: BPF.

Por meio dele, garantimos a padronização do processo de produção e melhoria dos recursos e procedimentos nela contidos, garantindo, portanto, maior eficiência para a sua empresa. Ademais, com ele são evitadas as contaminações cruzadas e busca-se um manuseio adequado dos alimentos, uma vez que está diretamente ligado com as normas de higienização estabelecidas pela ANVISA.

Este inclui os Procedimentos Operacionais Padrão (POP) que são voltados para as questões higiênico-sanitárias e Instrução de Trabalho (IT) cuja finalidade é capacitar os funcionários.

Para evitar multas e garantir a qualidade do serviço, deve-se estar de acordo com as normas impostas pela ANVISA ( RDC-216 ).

 

Formulação de Produtos

Deseja agregar um diferencial ao seu produto ou simplesmente criar um do zero?

Ambos são possíveis através da formulação de produtos, nela são realizadas a análise da viabilidade, testes químicos e mensuração dos riscos que a sua formulação pode apresentar.

Assim sendo, seu objetivo é tornar possível a concretização da ideia do cliente ou aprimoramento de algo já existente, visando um produto de qualidade pelo estudo de fórmulas químicas, componentes, fornecedores e metodologia mais viáveis para seu empreendimento.

 

Shelf Life

Realizou alguma alteração na composição do seu produto e quer descobrir seu tempo de validade?

Ou recentemente criou um produto totalmente novo e quer conhecê-lo melhor? Por meio da análise do alimento (incluindo microbiológica, química, sensorial e física) é possível a determinação de seu tempo de prateleira.

Com base nele, descobre-se o limite de aceitabilidade do público-alvo, evitando, assim, desperdícios e garantindo a segurança alimentar dos seus consumidores, bem como maior credibilidade para sua empresa.

 

Estudo de Conservantes

Após determinado o tempo de prateleira do seu produto deseja ampliar a sua validade?

Por intermédio da conservação de alimentos torna-se viável tal aumento visando uma maior satisfação dos consumidores ao adquiri-lo, já que evita desperdícios.

Ao fazer o estudo de conservantes, buscam-se não só aqueles que garantam o mantimento da sua qualidade e suas características, mas também que evitem sua deterioração.

 

Análise Centesimal

Apresenta um produto mas não conhece sua composição? Ou quer mostrar algum componente que é o diferencial dele?

Alimente sua produção com a análise centesimal, que por meio de uma análise química, além de determinar elementos como macros nutrientes e vitaminas, expõe suas especificidades.

Ademais, realiza a quantificação deles e uma posterior elaboração de uma tabela nutricional.

 

Rotulagem

Deseja elaborar uma tabela nutricional estando de acordo com as regulamentações e normas da ANVISA?

rotulagem é um procedimento obrigatório, no qual se oferecem informações nutricionais, obtidas da tabela TACO.

Com ela, se garante a transparência aos clientes e exposição dos possíveis alergênicos presentes no seu produto.

Vale ressaltar que as tabelas nutricionais precisam estar de acordo com as normas RDC-359 e RDC-360 da ANVISA.

 

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Polímero: O Protagonista da Atualidade

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Na garrafa PET do refrigerante ou da água que você toma, no cano PVC que faz chegar água em sua casa todos os dias, no poliéster da roupa que você usa, até mesmo no seu DNA, que define suas características e carrega toda a história da sua família. Em todos esses casos, um Polímero é o protagonista.

 

Mas afinal, o que é um Polímero?

Polímero é o termo específico utilizado para aquelas moléculas grandes formadas por repetições de moléculas pequenas. Do grego poli significa muitos e mero, partes.​

Presentes até onde não esperamos, não vivemos mais sem eles. Desde os pneus que transportam a população pro trabalho, às capas de celular e ao chiclete que mascamos.​

O PET, por exemplo, é o Polietileno tereftalato e está muito presente na vida de todos nós, usado desde 1973, mostrando-se muito útil até hoje em sua aplicação a sacolas, garrafas e embalagens, mesmo possuindo suas desvantagens.​

Tirando algumas fibras, a PlasticsEurope estimou que só em 2015 foram produzidas 335 milhões de toneladas de plásticos, dos quais 270 milhões dizem respeito a polímeros.​

Eles já vêm sido utilizados desde a antiguidade, não são uma descoberta recente. Entretanto, nessa época os materiais utilizados eram os chamados polímeros naturais. Como assim polímeros naturais?​

Existem duas classes para esses materiais:​

      • Naturais: também chamadas de moléculas da vida, são aquelas encontradas nos organismos dos animais e vegetais, já usadas há milhares de anos. São fundamentais para nossos processos vitalícios. Estes são divididos em três classes bem conhecidas por nós: Carboidratos, lipídeos e proteínas.

      • Sintéticos: estes formam o grupo de moléculas que surgiu em laboratórios com o intuito de imitar os polímeros naturais. Sua descoberta se fez em meados do século XIX e, desde então, sua importância só foi aumentando em nossas vidas. No século 20 este material ganhou força total e se popularizou com o nome de plástico,fazendo um sucesso enorme em razão de sua facilidade de manuseio e diversidade de objetos que compõe.​

Sendo assim, para conhecermos mais sobre os polímeros, devemos ter ciência de alguns termos importantes:​

      • Monômeros: são os compostos químicos que reagem para formar polímeros;

      • Mero: é a parte repetida na cadeia de polímeros;

      • Polimerização: é a reação onde os monômeros se combinam para formar os polímeros;

 

Classificação dos Polímeros

Os polímeros são classificados de acordo com uma série de fatores. Muitas dessas classificações envolvem visões microscópicas e estruturas moleculares. Uma forma mais conhecida de se classificar é quanto ao comportamento mecânico dessas macromoléculas:

      • Plásticos: são a combinação de vários monômeros e geralmente tem a origem do petróleo. São dois tipos:

      • Termoplásticos: são longas cadeias moleculares mantidas próximas por forças mais fracas. Uma importante característica desse grupo é que amolece sob aquecimento, uma vez que suas fracas forças intermoleculares enfraquecem. Entretanto, com a retirada do calor, o material volta a se solidificar, inclusive se endurecendo quando resfriado. Essa maleabilidade permite que esse tipo de material seja processado inúmeras vezes, ou seja, pode ser reciclado, como o PET e PVC.

      • Termofixos: são longas cadeias assim como os termoplásticos, contudo, em sua produção, passa por um processo chamado CROSSLINKING que, sob pressão e temperatura, há a moldagem de um material rígido. As cadeias contam com fortes ligações químicas que não permitem a fusão do material. Caso seja exposto a altas temperaturas ele sofre degradação, mas não pode ser derretido novamente para uma nova formação. São, por exemplo, o silicone e o viniléster, uma importante resina naval.

      • Elastômeros: são polímeros flexíveis à temperatura ambiente, que podem ser deformados a pelo menos duas vezes o seu comprimento natural. Retirada a força de deformação, ele retoma rapidamente seu tamanho original, como no caso das borrachas.

      • Fibras sintéticas: são polímeros submetidos a um processo de estiramento durante sua fabricação o que resulta em materiais de elevadas resistência e rigidez, usado normalmente na forma de fios finos, como o náilon.​

 

Mas qual é a composição e quais as normas para os Polímeros?

Enquanto existem outras matérias primas para se polimerizar, a mais comum hoje são os derivados do petróleo.​

Além disso, é fato que a os mais importantes no ponto de vista prático e econômico, são os produzidos sinteticamente, devendo seguir certas propriedades a fim de seguir seus múltiplos papéis.​

Como os polímeros são usados em uma gama de objetos, em diferentes formas, tamanhos e propriedades, existe a necessidade de que as propriedades mecânicas estejam todas de acordo com o esperado para cada tipo de polímero.​

Estas propriedades são padronizadas e seus parâmetros são definidos por algumas normas ISO (Organização Internacional de Normalização) e ASTM (American Society for Testing and Materials).

 

O que são esses parâmetros?

Vamos pegar como exemplo a classe das borrachas.​

A escolha da borracha base para a execução de uma formulação é fortemente determinada pelo comportamento pretendido no que respeita ao amortecimento, à rigidez, à resistência a temperaturas elevadas ou baixas, à resistência a óleos, à resistência ao ataque químico e por algumas das características apresentadas após envelhecimento.

​Tendo isso em vista, um exemplo de norma é a ASTM D 2000 que determina as classificações mais importantes que um composto de borracha deve apresentar para se adequar ao seu uso na indústria automotiva. Dessa forma, essa norma cria uma legenda que estabelece quais são as propriedades do material.​

Outro exemplo é a ASTM D 2240 que estabelece um conjunto de escalas a serem usada em medições de dureza, usando um aparelho chamado durômetro para identificar essa propriedade em polímeros, elastômeros e borrachas.​

O reconhecimento de tais dados são essenciais para o fornecedor e consumidor, em todos os momentos que estamos em contato com tais materiais. Desde a saúde do público, com embalagens de alimentos, a segurança, com peças para aparelhos e automóveis.

​Todas essas características citadas são analisadas em laboratório e, assim, pode-se atestar se o polímero adequa-se ou não às normas estabelecidas pelo órgão regulador.

 

Como Polímeros afetam o mercado?

Não é apenas nosso dia-a-dia que recebe benefícios do uso das descobertas nessa área de pesquisa.​

Muitas indústrias dependem do uso de aparelhagem delicada para coletar sua própria matéria prima. E é claro, a indústria petrolífera não está excluída.​

Com o aumento de profundidades para a obtenção de petróleo, fibras sintéticas cada vez mais apropriadas para a ancoragem de plataformas foram necessárias. Amarras e aço não estavam mais sendo viáveis devido a seu peso, e começaram a utilizar cabos de PET.​

Não só isso, mas no próprio transporte de seus fluídos, seja óleo ou gás, os RISERS, dutos flexíveis para movimentação dinâmica, devem ter seus polímeros planejados cuidadosamente, diferentes objetivos requerendo as devidas adaptações.​

Fatores que causam o envelhecimento do polímero em seu meio, seja pressão, água, acidez ou temperatura, são os responsáveis por consequências desastrosas em todo o processo.​

São os casos conhecidos de derramamento de produtos petrolíferos na natureza, paralisando as operações de produção e atingindo o meio ambiente.

 

Como Polímeros afetam a natureza?

Frente ao fator poluente de certas produções e o descarte correto dos polímeros, medidas vem se desenvolvendo com sucesso para a melhor sinergia entre nossas crescentes necessidades com o planeta.​

Em 2015 a taxa de reciclagem de PET no Brasil foi de 51%, sendo o país com a maior variedade de aplicações de seus recicláveis do mundo de acordo com a Abipet: em tecidos, resinas tintas e embalagens.​

Enfrentando o risco de poluição já existem materiais provenientes de outros derivados, fora o petróleo, capazes de serem processados naturalmente, como os de amido, celulose e etanol.​

Polímeros verdes e biodegradáveis já são utilizados em grandes empresas no Brasil. Com esses novos derivados explorados, cresce junto ao seu uso a necessidade de pesquisar, de explorar sua viabilidade e onde melhor podem ser aplicados.​

Por essa razão, buscar mais sobre a meticulosidade envolvida no planejamento dos materiais que nos cercam se torna não só interessante, como também em um passo chave para o desenvolvimento de melhores produtos e menor desgaste do meio ambiente.

 

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O Brasil descarta cerca de 6 mil piscinas olímpicas por dia

O BRASIL DESCARTA CERCA DE 6 MIL PISCINAS OLÍMPICAS POR DIA

O Brasil ainda despeja uma quantidade de aproximadamente 6 mil piscinas olímpicas por dia de esgotos sem tratamento na natureza. A perda total de água por ano com o desperdício chega a 37% de tudo o que é consumido, de acordo com o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e o Instituto Trata Brasil.​

Essa situação é alarmante, levando em conta que 35 milhões de pessoas não possuem abastecimento de água potável e que o Brasil assumiu um compromisso com as Nações Unidas de levar água e saneamento para toda a população até 2030.​

Esse desperdício se dá das mais variadas formas, seja por imóveis que não estão ligados à rede de esgoto, por vazamentos, roubos, ligações clandestinas e outros problemas no transporte, além do desperdício dado por atividades domésticas.​

Não tão evidente, mas ainda sim expressivo está o desperdício por parte das águas de piscina. Estima-se que os procedimentos de manutenção desses artifícios de lazer consomem cerca de 1,2 bilhão de litros de água por ano.​

Estabelecimentos esportivos, clubes, condomínios e residências que possuem piscina demandam um grande volume de água e precisam garantir que a água possua as condições necessárias para contato primário, que são condições específicas para que não apresente riscos à saúde e bem estar humano.​

As características mais almejadas são ter uma piscina sempre limpa, azul, com água transparente, saudável aos banhistas, sem sujeiras em suspensão ou no fundo, com cheiro agradável, que não arda os olhos, não resseque o cabelo e nem a pele.​

Para garantir essas características, deve-se investir na manutenção das piscinas. Essa manutenção pode ser dada pelo tratamento e controle com processos químicos e físicos, mas a falta de conhecimento ou ainda de tempo disponível para esse cuidado fazem com que a água dessas piscinas sejam trocadas com uma frequência menor do que a necessária e indicada.

Um exemplo é que nas olímpiadas de 2016, no Rio de Janeiro, houve despejo impróprio de produto nas piscinas, o que mudou a coloração das águas e as tornou imprópria para a atividade a ser realizada. A mistura de peróxido de hidrogênio com cloro “enganou” o sistema que mede o aspecto da água e, assim, houve a proliferação de material orgânico.​

Entre os problemas mais comuns encontrados nas piscinas estão a água verde, turva, o desenvolvimento de algas na superfície, sujeira decantada, bordas manchadas, pintura desbotada e o forte cheiro de cloro e outras substâncias.

 

Como manter a qualidade das piscinas

O estabelecimento de uma piscina deve ser pensado desde o local da implantação até às características que definirão sua durabilidade e qualidade. As piscinas devem ser estabelecidas em locais resguardados, para evitar contaminações e acúmulo de resíduos, como folhas de árvores e poeira.​

Os materiais em contato com a piscina devem ser bem escolhidos, de modo a evitar corrosão ou deteriorização.​

Em caso de piscinas maiores, como em clubes e condomínios, deve-se garantir que as substâncias aplicadas sejam homogeneizadas com o uso de equipamentos, como bombas. Assim, também é necessário ter conhecimento do volume da piscina.​

Inicialmente a piscina deve ser abastecida com água destinada ao consumo humano. Após isso, para garantir a qualidade da água, são necessárias análises laboratoriais que indicarão tratamentos mais ou menos dispendiosos de acordo com o pH, a condutividade elétrica, a turvação e a quantidade de microrganismos.​

Tendo em mente que a água fica retida na piscina por longos períodos de tempo, o tratamento adotado deve ser periódico para manter a piscina limpa e sem riscos para a saúde dos utilizadores. Atente-se de que mesmo com aspecto límpido, a água pode conter microrganismos, alguns deles, eventualmente, transmissores de doenças.​

Uma filtração e desinfecção adequada removem gorduras, óleos e outros contaminantes e matam os microrganismos que constituem riscos.​

O tratamento da água pode ser bem simples. A desinfecção pode ser feita com cloro disponível na forma de hipoclorito de sódio líquido, facilmente encontrado. Mas cuidado, o alto teor de cloro pode gerar olhos vermelhos, ardor ou ainda odor forte.​

A correção do pH pode ser feita com ácido clorídrico ou soda cáustica, no sentido de diminuir ou aumenta-lo. Se os acessórios da piscina apresentarem sinais de corrosão, existem grandes chances do culpado ser o pH.​

Em casos de algas ou paredes com limo podem ser resolvidas com sulfato de cobre comercial dissolvido.

 

Já pensou em reaproveitar a água desperdiçada nas piscinas?

Existem sempre soluções práticas e criativas para otimizar nossos recursos e obter o máximo de benefícios dos nossos processos, e quando o assunto em questão é água, é ainda mais significativo. Segundo a CEBDS, a Braskem, empresa química e petroquímica brasileira, investiu investiu R$ 280 milhões, desde 2002, em projetos de melhoria da eficiência hídrica e já obteve uma economia acumulada superior a R$ 188 milhões em redução de custos.​

Para o reaproveitamento das águas de piscinas, a instalação de um reservatório na saída do sistema de limpeza permite que a água seja captada ao invés de ir para o esgoto. Ela pode ser utilizada em aplicações que não envolvem o consumo humano, como na higienização de áreas comuns ou na rega de jardins, como sugere Paulo Rodrigues Félix, sócio-gerente de uma empresa que oferece cursos para administradores de condomínios no site da AECweb.​

Além da economia de água, os empreendimentos que adotam essa alternativa têm outros benefícios, como a diminuição no valor pago às concessionárias públicas de abastecimento.​

O cuidado à água é uma questão de responsabilidade social. Procurar formas de diminuir perdas e desperdícios é uma tarefa simples e rápida graças aos benefícios oferecido pela grande conexão entre ideias e invenções das diferentes partes do mundo. A implantação desses projetos é muitas vezes barata e traz grande retorno. Não deixe de investir na sustentabilidade e garantir bem estar à sociedade atual e às futuras gerações.

 

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LAYOUT DE FÁBRICA: A DIFERENÇA PARA UM DESIGN FUNCIONAL

Será que existe algum benefício para sua indústria que pode ser adquirido? Tem algum funcionamento obsoleto no seu dia a dia do seu processo? Será que existe uma otimização que será mais econômica para seu negócio? Por isso, é muito importante entender que existem algumas medidas que podem ser tomadas para melhorar o funcionamento do seu trabalho diário.

O layout de fábrica uma é uma das coisas mais benéficas de todo o processo, já que é o corpo estrutural da fábrica. Muita gente acaba esquecendo de olhar fatores importantes para soluções dos problemas dentro de uma produção.

Afinal o que é Layout?

Teoricamente, o layout de fábrica é a distribuição física de máquinas e equipamentos dentro da organização da empresa, e com o auxilio desta ferramenta que através de cálculos e definições de acordo com o produto a ser fabricado, torna-se possível organizar o estabelecimento para que o trabalho possa ser desenvolvido da melhor forma possível e com o menor desperdício de tempo.

Na prática, o layout de fábrica é muito mais do que isso. As empresas que possuem um layout definido a partir de cálculos bem formulados e fatores baseados na produção, com certeza agregam em sua linha de fabricação uma vantagem de larga escala onde se ganha tempo e organização. Sem contar que cada layout é específico e personalizado, ou seja, não existe uma forma certa de fazê-lo, mas sim a forma mais adequada às necessidades do seu processo.

Além disso, a necessidade de um novo layout pode vir de diversas maneiras, como por exemplo: aquisição de novos equipamentos, implementação de uma nova instalação produtiva, ampliação do prédio em que se localiza o seu trabalho, necessidade de otimização de fluxos, reduzir distâncias no meio da operação, aumento da capacidade da operação, assim como a produção estar obsoleta para as necessidades da empresa no momento atual. 

Planejamento Sistemático de Layout (PSL)

Planejamento Sistemático de Layout (PSL) é uma metodologia que auxilia muitas empresas e empreendimentos na montagem e organização de suas fábricas e espaços de trabalho. O PSL tem diversas etapas que identificarão os setores, avaliando, desenvolvendo e identificando elementos envolvidos no planejamento.

Assim, é um guia com parâmetros e etapas definidas, os quais facilitam a identificação das componentes cruciais para o funcionamento do local para que haja maior produtividade. A metodologia PSL consiste em quatro etapas principais: localização da área, arranjo físico geral, arranjo físico detalhado e implantação.

    • Etapa 1 – Localização da área: identifica-se o local para estabelecer a fábrica ou indústria;
    • Etapa 2 – Arranjo físico geral: faz-se a organização geral relativa que corresponde no display das diversas áreas que se implementa;
    • Etapa 3-Arranjo físico detalhado: há alocação de cada equipamento, suprimentos e serviços, de modo específico à localização definida, de acordo com as características físicas da área;
    • Etapa 4- Implantação: é quando se decide cada detalhe para implantação do planejamento, incluindo toda parte financeira, deslocamento de maquinário, equipamentos e recursos.

Dentro dessa metodologia, há três pilares que compõem e unem as etapas acima. Eles são essenciais para o arranjo de um espaço físico: inter-relações, espaço e ajuste.

    • Inter-relações: é a dependência e proximidade das atividades;
    • Espaço: quantidade, tipo ou forma do local e dos equipamentos e operações na fábrica;
    • Ajuste: o arranjo das áreas e equipamentos da melhor maneira possível.

Assim, ao utilizar dos pilares mencionados e as etapas, o PSL possui os seguintes elementos no seu desenvolvimento:

      • Dados de entrada: as entradas são as variáveis de consideração antes do início da análise do arranjo físico. Além das atividades do processo de produção, os outros dados de entrada estão nas letras da sigla PQRST. Elas significam: produto (P), quantidade ou volume de produção (Q), roteiro ou sequência do processo de produção (R), serviços de suporte (S) e tempos envolvidos na produção (T);
      • Fluxo de materiais: é o fator predominante de decisão no projeto do arranjo físico, e se relaciona as áreas envolvidas de acordo com a sequência e a intensidade do deslocamento do material;
      • Inter-relações de atividades: análise mais qualitativa que procura identificar a importância da proximidade relativa entre as áreas;
      • Diagrama de inter-relações: é uma ferramenta que procura integrar o mapeamento do fluxo de materiais com a avaliação das interligações preferenciais;
Layout de Fábrica como otimizador de processos
Layout de Fábrica como otimizador de processos
    • Espaço necessário: espaço requerido para alocação de máquinas e equipamentos.
    • Espaço disponível: análise do espaço disponível para a instalação de máquinas e equipamentos;
    • Diagrama de inter-relações de espaços: diagrama de inter-relações é aplicado com o objetivo de gerar um arranjo físico prévio, considerando que o espaço de escolha já está em balanço com o espaço disponível;
    • Considerações de mudanças: ocorrem os ajustes necessários, levando-se em consideração fatores relativos a tipos de processos, métodos de movimentação de materiais, necessidades de pessoal;
    • Limitações práticas: viabilidade dos projetos de layout levando em consideração as mudanças e comparação com as limitações práticas referentes a custos, restrições técnicas, segurança;
    • Avaliação de alternativas: ao final do procedimento, os diferentes planos alternativos que forem gerados devem ser avaliados, ponderando seus benefícios e limitações.

Na otimização da produção, o Layout de Fábrica pode ser um aliado

O maior benefício que essa metodologia traz é permitir ao tomador de decisão, entender qual será a melhor forma de organizar sua fábrica, permitindo que todas as etapas anteriores à implantação se realizem até que encontre o melhor resultado possível

Sendo assim, podendo reduzir custos, poupar material e pessoal necessário, otimizando processos operacionais, além de permitir a administração da relação espaço e tempo de modo própria para cada indústria e seu objetivo.

Alguns tipos de Layout

Cada tipo de fábrica necessita de um tipo ou forma específica de organização, isso consiste em um modo geral de disposição para que a produção seja bem estruturada e não haja perdas no processo produtivo. Dessa forma, cada tipo de indústria tem uma forma que deve seguir para que haja um bom fluxo de suas atividades, compatíveis com cada etapa, maquinário utilizado e transição de seu pessoal para que se obtenha o melhor resultado final com o menor custo.

    • Layout de Fábrica de Alimentos

No setor alimentício, como todo layout de fábrica, inicia-se pela planta e análise de todos os fluxos possíveis. Algo que diferencia é a questão da contaminação cruzada que preocupa muitos na indústria de alimentos, por questões de saúde e pela conformidade com as legislações.

Desse modo, deve-se evitar ao máximo as possíveis fontes de contaminação, seja pela limitação das diferentes áreas de entrada, saída e produção ou determinar horários para que os fluxos de material e pessoal ocorram.

Assim, é preciso sempre analisar a planta e os espaços físicos específicos que compõem a fábrica. Com isso, é necessário delimitar as áreas de forma física, para que não contaminação, especificamente dos locais de armazenamento, higiene e embalagem das matérias primas, separadas para destino de uso em cada setor da fábrica, além do descarte e manuseio realizado em cada área de acordo com sua toxidade e finalidade.

Por fim, depois da delimitação dos espaços e a tomada das medidas necessárias para que não haja contaminação, basta então realizar a disposição dos fluxos para atender as demandas e a produção seja a mais eficiente. Uma das maneiras de se dispor do fluxo é inicia-lo em uma ponta e termina-lo na outra, permitindo um bom fluxo de pessoal, realização das atividades e cumprindo com a legislação e finalidades da indústria.

Em uma cervejaria, o Layout de Fábrica pode maximizar a produção

    • Layout de Cervejaria

A produção de cerveja é uma das atividades fabris mais antigas que o homem conhece, e se desenvolveu juntamente com a fermentação de cereais. Desde então, o processo foi se ampliando e hoje temos diversas fábricas espalhadas pelo mundo. O Brasil, por exemplo, é o 3º maior consumidor da bebida no mundo de acordo com a Folha do PE! Muitos começaram a praticar a fabricação de cerveja como hobbie e o mercado de cervejas artesanais se tornou um negócio rentável e de muita procura, fazendo muito sucesso no mercado.

O projeto inicia com a escolha de um local, pensando na projeção de vendas, ou seja, deve ser um local estratégico, sendo a partir da projeção que será possível dimensionar a fábrica. Para realização do projeto é necessário levar em conta, por exemplo, a quantidade de cerveja que se produz por semana, que possibilita estimar a quantidade de malte em estoque e permite dimensionar o tamanho do estoque para a fábrica.

Para escolher a área de produção, é preciso levar em consideração a quantidade de funcionários, manuseio e necessidade da fábrica. Além da escolha de tanques e a quantidade e disposição do mesmo.

Deve-se montar os tanques sobre pilares de concreto armado com 0,40m de altura e 0,15m de diâmetro, proporcionando um aumento de espaço para operação e manutenção. Na área ligada à sala de brassagem e depósito de barris, dar-se-á a movimentação e lavagem de barris para envase de cerveja. Para a instalação adequada, a caldeira, o tanque de condensado e o tanque de água quente demandam uma área de 13,22 m2.

    • Layout de indústria Química

A maior dificuldade da indústria química é a grande variedade na linha de produção e nos produtos que resultam de sua produção. Além disso, outro grande problema é a quantidade de resíduos químicos no processo e isso é um fator extremamente importante para realização do layout de fábrica.

Esses são exemplos das principais etapas do processo: preparação da matéria prima, reação química; centrifugação; secagem; moagem e embalagem.


OTIMIZE SEU PROCESSO DE PRODUÇÃO COM UM LAYOUT

Como foi visto, muito sobre o layout de fábricas se deve a busca pela inovação e otimização de processos que irão gerar benefícios futuros, sendo um deles a diminuição do custo da produção. 

O importante para qualquer produtor é primeiro conhecer a sua produção para realizar a melhor atualização do layout de seu negócio, pois não há forma certa para fazer, mas sim a forma que se adequa melhor ao seu processo. 

Por isso, é de suma importância a realização de um layout de fábrica personalizado que irá gerar soluções de qualidade no seu futuro.

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MÉTODOS DE CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS: A VIDA-DE-PRATELEIRA DO SEU ALIMENTO

Cada vez mais as pessoas buscam comprar alimentos que demorem para estragar, seja por economia, por praticidade ou preguiça. Por isso, técnicas foram criadas para aumentar a conservação dos produtos alimentícios, e, assim, fazer com que eles vendam ainda mais. Confira abaixo quais são elas!

Shelf life, ou vida útil, é o tempo que um alimento preparado permanece fresco, saudável, ou seja, é o período de tempo que alimentos, bebidas e outros produtos perecíveis possuem antes de serem considerados inadequados para o consumo.

Os rótulos mostram as necessidades de qualidade, de acordo com os requisitos de cada país, que os fabricantes de alimentos devem respeitar. Dependendo dos países e do tipo de produto podemos encontrar frases como “consumir antes de”, “bom para consumo até”, e outras variantes, sempre seguidas de uma data.

A definição das características sensoriais desejadas é uma área um pouco problemática para muitas empresas, mesmo quando se trata de produtos frescos, e a definição seguida das características sensoriais de armazenamento é ainda mais difícil.

Muitos alimentos deterioram-se durante o armazenamento (com exceções importantes, como vinho e queijo) e, mesmo assim, desde que permaneçam seguros, uma grande variação ainda é evidentemente tolerável para os consumidores.

Essas características são, muitas vezes, definidas pela política da empresa, no entanto, é necessário entender como ocorrem as alterações no armazenamento e,  utilizar esses dados para ajudar a definir o shelf life.

 

A Metodologia do Shelf life

Para se realizar a determinação de vida-de-prateleira de um produto, devemos seguir algumas etapas: 

Inicialmente, é necessário identificarmos os fatores que afetam a durabilidade do alimento a ser estudado. 

Logo após, fazemos um planejamento do estudo, para assim, partirmos para a última etapa.

A realização de testes incluem análises sensoriais, microbiológicas e testes físicos e químicos.

Por fim, é determinada a vida de-prateleira Cada etapa encontra-se detalhada abaixo.

 

Etapa 1 - Identificação de fatores que afetam a vida-de-prateleira

Os fatores são classificados como intrínsicos e extrínsicos.

Os fatores intrínsecos são as propriedades do alimento final, e incluem:

      • atividade da água;

      • valor de pH e acidez total;

      • tipo de ácido presente;

      • potencial de redução;

      • oxigênio disponível nele;

      • nutrientes presentes;

      • microflora natural e contagens de microrganismos sobreviventes(bactéria, fungos)

      • bioquímica natural da formulação do produto (enzimas, reagentes químicos usados);

      • presença de conservantes na formulação do produto (por exemplo, sal).

Os fatores intrínsecos do produto final surgem dos ingredientes iniciais, do manuseio e da produção. A quantidade de microorganismos, por exemplo, estão presentes nos primeiros ingredientes, devido à contaminação inicial de manuseio e falta de higiene.

O pH é a medida de acidez ou basicidade do produto, e como fator tem relação com a multiplicação desses microorganismos. A maioria deles cresce melhor com valores de pH em torno de 7,0, apesar de alguns poucos crescerem em pH abaixo de 4,0. A quantidade de nutrientes presente em um alimento também irá influenciar na multiplicação de microrganismos no mesmo.

Os conservantes químicos (ou agentes antimicrobianos) são aditivos que impedem ou retardam as alterações provocadas por microrganismos. A ação antimicrobiana dos conservantes é baseada na ação sobre um ou mais dos seguintes componentes ou atividades dos seres vivos: DNA, membrana plasmática, parede celular, síntese proteica, atividade enzimática e transporte de nutrientes.

Os fatores extrínsecos são os fatores que o produto final encontra no armazenamento e no transporte, como:

      • perfil de temperatura durante o processamento e variabilidade espacial de pressão;

      • controle de temperatura durante o armazenamento e distribuição;

      • umidade relativa (UR) durante o processamento, armazenamento e distribuição;

      • exposição à luz (UV e IV) durante o processamento, armazenamento e distribuição;

      • contagem microbiana ambiental durante o processamento, armazenamento e distribuição;

      • composição da atmosfera dentro das embalagens;

      • tratamento térmico posterior (por exemplo, re-aquecendo ou cozinhando antes do consumo);

      • manuseio do consumidor

         

Eles podem alterar a durabilidade do produto, como a umidade relativa, que é definida como a quantidade de água presente no ambiente que cerca um produto alimentício, estando embalado ou não. Muitos produtos tem a textura afetada pelo ganho de água.

Alteram a durabilidade do produto, como a umidade relativa, que é definida como a quantidade de água presente no ambiente que cerca um produto alimentício, estando embalado ou não. Muitos produtos tem a textura afetada pelo ganho de água.

Já a temperatura de armazenamento é geralmente considerada um fator determinante com relação a durabilidade, porque afeta consideravelmente a velocidade das reações que ocorrem após a produção, durante o manuseio, distribuição e estocagem. Em geral, quanto mais elevada, maior será a velocidade da multiplicação microbiana.

Existem também odores presentes no ambiente, que são facilmente absorvidos por certos tipos de alimentos.

Vários desses fatores podem ser corrigidos pela embalagem correta. Elas são fundamentais para prevenção de deterioração e contaminação, proteção física, informação, estética e para facilitar transporte e distribuição.

 

Etapa 2 - Planejamento do estudo de vida-de-prateleira

Alguns pontos devem ser levados em consideração ao se planejar o estudo de Shelf life:

1 Quais testes devem ser realizados;

2- Qual será a duração do estudo e com que frequência as amostras serão analisadas;

3- Quantas amostras serão necessárias para cada teste;

4- Quantas amostras serão necessárias ao total do estudo de vida-de-prateleira;

5 Em que momento o estudo será realizado. 

Idealmente ele deve ocorrer em uma estação do ano com maior probabilidade de surgimento de problemas, geralmente, no verão.  Deve ser feito mais de uma vez para que se leve em conta a variabilidade do produto e suas matérias-primas. 

É necessário que se escolha o pior cenário possível para a realização dos testes, assim o prazo de vida-de-prateleira estipulado poderá ser considerado seguro em quaisquer outras circunstâncias;

De modo geral, podemos considerar os seguintes protocolos para se fazer o planejamento do estudo de vida-de-prateleira:

Produtos com curta vida-de-prateleira: No caso de alimentos refrigerados com vida-de-prateleira de até uma semana (como por exemplo, refeições prontas para consumo), amostras podem ser analisadas diariamente (MAN, 2002).

Produtos com média vida-de-prateleira: Para produtos com vida-de-prateleira de até três semanas (por exemplo, bolos e massas), amostras podem ser coletadas e analisadas nos dias 0, 7, 14, 19, 21 e 25.

Produtos com longa vida-de-prateleira: No caso de produtos com vida-de-prateleira de até um ano (como por exemplo, cereais matinais e alimentos processados termicamente), amostras podem ser coletadas e analisadas em intervalos mensais, ou nos meses 0, 1, 2, 3, 6, 12 e 18. A frequência correta irá depender de cada produto.

É importante que o produto, seu processamento e sua embalagem sejam sempre os mesmos. Devem ser mantidos registros escritos dos testes ao longo de toda a vida-de-prateleira.

 

Etapa 3 - Testes a serem realizados

Testes adequados devem ser selecionados para determinar a segurança e a qualidade do produto. Em geral, testes de vida-de-prateleira podem ser divididos em quatro categorias e serem realizadas na seguinte ordem: análises químicas, físicas, microbiológicas e sensoriais.

Análise Sensorial

Na avaliação sensorial as características como cheiro, aparência, sabor e textura do produto são testados. Assim podemos avaliar a aceitação de um produto, observar as mudanças na matéria-prima e nos processos de fabricação ou avaliar sua preferência em relação a outros. Esta avaliação pode ser utilizada para monitorar e registrar mudanças que ocorrem ao longo do tempo, por isso, os testes sensoriais são muito importantes para a determinação da vida-de-prateleira de alimentos. 

Análise Microbiológica

A análise microbiológica é realizada para verificar a presença de microrganismos, os riscos que o alimento pode oferecer à saúde do consumidor e qual será a sua vida-de-prateleira.

Estes testes podem ser feitos para estimar mudanças no número, tipo de organismos deteriorantes (leveduras, bolores e bactérias) e patogênicos que se desenvolvem ao longo do tempo.

A qualidade microbiológica do alimento está diretamente ligada à sua vida-de-prateleira, já que a partir do momento em que a quantidade aceitável de um determinado microrganismo é ultrapassada, a vida-de-prateleira do alimento chega ao fim.

 

Análises Químicas

As análises químicas são importantes para a avaliação nutricional do produto; controle de qualidade; desenvolvimento de novos produtos e a monitorização de parâmetros da legislação. Para isso alguns testes químicos devem ser feitos:

pH é necessário para as determinações de deterioração do alimento como o crescimento de microrganismos, atividade das enzimas, retenção de sabor e odor de produtos, e escolha de embalagem.​

Os ácidos graxos livres são uma classe de lipídios, presentes tanto em organismos vivos como em alimentos, óleos e produtos industriais. A quantidade e composição de ácidos graxos livres em alimentos influenciam no sabor característico e estão relacionados com processo de produção e qualidade do produto.

nitrogênio volátil total, de maneira geral, busca quantificar o nitrogênio volátil que existe no alimento, visto que, apresenta a formação de substâncias que são responsáveis pela deterioração do alimento.

 

Análises Físicas

As análises físicas incluem analisar do estado da embalagem. A análise da embalagem é feita visualmente onde se procura por pontos de ruptura ou partes amassadas. Estas avaliações devem ser feitas para identificar danos que possam ocorrer durante transporte e manuseio.

 

Quanto tempo o produto deve ser mantido?

Usando as informações coletadas e observadas, deve-se decidir por quanto tempo o produto pode ser mantido com segurança e qualidade aceitáveis. Os tempos máximos aceitáveis para qualidade e segurança podem não ser os mesmos.

Desta forma, a vida-de-prateleira será definida pelo tempo mais curto. O profissional que irá determinar a vida-de-prateleira deve saber quais são as características de qualidade do produto e, idealmente, conhecer os mecanismos de deterioração que podem afetar estas características, diminuindo a aceitação do produto.

Seguindo estes passos pode-se obter um tempo de vida-de-prateleira baseado nas condições ideais de estocagem, porém é necessário que se considere as condições “reais”, onde as condições de estocagem podem variar e vida-de-prateleira não será a mesma.

 

Etapa 4 – Monitoramento

As amostras devem ser testadas em relação aos fatores que foram considerados mais importantes para o produto em questão, como por exemplo, acidez, perda de sabor, nível de deterioração por microrganismos, etc. Se os testes mostrarem que o prazo preliminar está incorreto, deve-se fazer um ajuste.

Também é de extrema importância que o estudo de vida-de-prateleira seja repetido depois que quaisquer mudanças forem feitas na produção, no ambiente de processamento ou na formulação do produto.

O monitoramento do produto deve ser feito continuamente para assegurar sua segurança e qualidade ao longo de toda a vida-de-prateleira.​

Por fim, realizar um estudo e determinação de vida-de-prateleira de um produto vai muito além de apenas se especificar um prazo de validade a ser informado na embalagem.

Realizar o estudo de vida-de-prateleira significa obter o total conhecimento das propriedades do alimento (incluindo quais são seus componentes, seus nutrientes, sua acidez, sua qualidade microbiológica, entre outros), obter o completo conhecimento das reações que nele ocorrem ao longo do tempo e também o entendimento de como o meio em que este alimento está estocado pode afetar sua qualidade.

E assim, com todo esse estudo, você pode saber também o que fazer para aumentar a durabilidade do seu produto.

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Também é de extrema importância que o estudo de vida-de-prateleira seja repetido depois que quaisquer mudanças forem feitas na produção, no ambiente de processamento ou na formulação do produto.

O monitoramento do produto deve ser feito continuamente para assegurar sua segurança e qualidade ao longo de toda a vida-de-prateleira.​

Por fim, realizar um estudo e determinação de vida-de-prateleira de um produto vai muito além de apenas se especificar um prazo de validade a ser informado na embalagem.

Realizar o estudo de vida-de-prateleira significa obter o total conhecimento das propriedades do alimento (incluindo quais são seus componentes, seus nutrientes, sua acidez, sua qualidade microbiológica, entre outros), obter o completo conhecimento das reações que nele ocorrem ao longo do tempo e também o entendimento de como o meio em que este alimento está estocado pode afetar sua qualidade.

E assim, com todo esse estudo, você pode saber também o que fazer para aumentar a durabilidade do seu produto.

Formulação de Produtos – Aliada da Inovação

FORMULAÇÃO DE ALIMENTOS – ALIADA DA INOVAÇÃO

Com o crescimento da indústria alimentícia, a busca por um diferencial é crucial para o sucesso de uma empresa. Os clientes estão cada vez mais exigentes, os concorrentes cada vez mais preparados e, consequentemente, permanecer em uma boa posição no mercado se torna cada vez mais difícil. Nesse sentido, a formulação de alimentos pode contribuir para alavancar o seu negócio.

 

Como prosperar no setor alimentício?

Como alcançar um lugar de destaque em relação aos demais? Assim como em todo cenário, a chave para o sucesso é a inovação. A ordem mais clara e direta para superar as expectativas do seu cliente é através da invenção de novos produtos ou sua reformulação.

    • Por que inovar?

A resposta é bem simples. Inovar é garantir o lugar de destaque da sua empresa em relação aos seus concorrentes. É investir no crescimento, se reinventar e alcançar o êxito. Além disso, você melhora as experiências dos seus clientes.

    • Mas como inovar?

Sair da zona de conforto e buscar um diferencial requer muita disposiçãocoragemcriatividade persistência. Afinal, nem tudo dará certo na primeira tentativa, mas para ser notado em um mercado tão competitivo, vale a pena o trabalho para apresentar ao seu cliente um produto inovador.

Como sabemos que desenvolver novos produtos não é tarefa fácil, preparamos algumas dicas para o sucesso na formulação de alimentos.

 

1. Defina o seu público alvo

O primeiro passo para elaborar um novo produto é entender quem você deseja atingir com ele. Conforme citado anteriormente, os consumidores estão cada vez mais exigentes, então busque saber o que seu cliente almeja ao adquirir seu produto.

Por exemplo, ao comprar um alimento, o consumidor não espera receber apenas o produto em si, mas também o prazer de degustá-lo. E é nesse ponto que o cliente é fidelizado.

Preze pelo o que o seu cliente deseja no momento de formular um novo produto. Busque qualidade e autenticidade naquilo que você produz.

 

2. Identifique as oportunidades

Uma das características do setor de alimentos é a infinidade de possibilidades que existem para o desenvolvimento e aprimoramento do produto. Portanto, saber reconhecer as áreas a serem exploradas é crucial para a formulação de alimentos.

É extremamente importante que o empreendedor tenha um olhar crítico para enxergar o caminho que deve e pode seguir. Fazer pesquisas de mercado e entender a concorrência local são fundamentais para isso. Muitas vezes uma empresa tem um produto com grande potencial que, porém, não satisfaz a demanda naquela localidade.

Desenvolva aquilo que apresente uma boa oportunidade de crescimento no local em que sua empresa esteja estabelecida.

 

3. Analise seus concorrentes (entenda sua empresa!)

Conhecer os concorrentes faz parte do processo de inovação de uma empresa. Pense no que você realmente vende e encontre quem verdadeiramente compete no mercado com você.

Veja como exemplo o caso da Cacau Show. Tal empresa de alimentos, que tem como produto principal o chocolate, não compete com marcas como a Garoto ou a Nestlé. Mas, por que isso, se ambas comercializam chocolate?

Para isso, basta entender o consumidor. Normalmente, quando uma pessoa se dirige a uma loja da Cacau Show, ela não vai com o intuito de comprar apenas chocolate. Lá, ela geralmente procura presentes para ocasiões especiais.

Então, o que tal empresa realmente vende? Ora, PRESENTES. Tendo isso em mente, com quem ela compete no mercado? Com uma empresa que vende chocolate ou com uma que vende presentes?

Entenda que seu concorrente não é aquele que comercializa os mesmos produtos que você, mas sim aquele que vende a mesma ideia que você vende.

Legal, mas qual é a relação disso tudo com a formulação de alimentos?

Bem, TUDO. Afinal, quando a Cacau Show entende o seu lugar no mercado, ela busca inovações que a destaque em relação aos seus demais concorrentes. Ter esse pensamento em mente é de extrema importância na hora de desenvolver novos produtos.

 

4. Elabore Ideias

Agora que você já sabe o que seu cliente deseja, enxerga as oportunidades que se apresentam para sua empresa e reconhece quem são seus concorrentes no mercado, está na hora de ser criativo elaborar ideias para seu novo produto.

Ao contrário do que normalmente se acredita, a criatividade não é uma característica que a pessoa já nasce tendo, mas sim uma habilidade que se aprimora com o exercício da mesma.

Sendo assim, idealize novos produtos utilizando de ferramentas como o brainstorming – uma chuva de ideias – ou o método SCAMPER – um acrônimo de sete tipos de perguntas que são formuladas para o desenvolvimento de uma ideia – que facilitarão o seu processo criativo.

 

5. Projete, teste, arrisque!

No processo de formulação de alimentos, arriscar é essencial. Muitas vezes pensamos em algo inovador, mas acabamos nos sabotando desistindo da ideia.

Por isso, acredite no potencial de suas criações. Teste novas fórmulas, misture ideias, reelabore suas invenções. Não desista caso não encontre de imediato o que você procura, pois parte da inovação consiste em tentar, falhar e tentar novamente.

Não deixe que o desânimo tome conta da sua equipe e, lembre-se: projete, teste e arrisque!

 

6. Aperfeiçoe seus produtos e busque um diferencial

Muitas vezes, na formulação de alimentos, vemos a inovação apenas como o ato de criar algo novo. Contudo, inovar vai além disso.

Para elaborar novos produtos, o profissional de alimentos não precisa necessariamente formulá-lo do zero. Desenvolver variações de fabricações já existentes, também consiste em um processo de inovação.

Imagine que uma confeitaria deseja expandir seus negócios para atender uma nova demanda em seu estabelecimento: comercializar produtos para pessoas intolerantes ao chocolate.

Para alcançar tais clientes, o comércio citado pode formular novos produtos a partir dos já existentes. Logo, uma boa alternativa seria a substituição do chocolate em suas receitas pela alfarroba.

Olhe para aquilo que você já comercializa e procure neles oportunidades de desenvolvimento. Substitua um ingrediente, insira um novo sabor ou mude o formato.

Saiba reconhecer o potencial de transformação e inovação dos seus produtos.

 

7. Proporcione experiências, crie momentos!

Como já citado anteriormente, quando um consumidor adquire um alimento, ele não espera receber apenas o produto, mas sim o sentimento que ele o proporciona. Desse modo, saber mexer com as emoções do cliente é o que diferencia uma empresa de sucesso das demais no mercado.

Para alcançar os sentimentos do consumidor é necessário garantir que o mesmo tenha experiências incríveis com o estabelecimento. A formulação de alimentos está diretamente relacionada a isso.

Uma maneira de criar experiências com seu comprador é lhe proporcionar um ambiente com produtos temáticos.

Imagine um restaurante com uma pegada tropical, oferecendo em seu cardápio uma panqueca com sorvete de abacaxi ou sobremesas como tartellete de laranja. Ou ainda um Café que venda um churros em formato de xícara e que tenha como recheio um doce de leite sabor café.

Busque formular produtos de maneira inteligente para captar a curiosidadeemoção e admiração do seu cliente.

 

Já criei. E agora? ​

Vimos que formular um novo produto requer dedicaçãoesforço e muita criatividade. Mas depois de todo processo de idealização do produto, como fazer para que o mesmo seja aceito no mercado?

Pensando nisso, preparamos algumas dicas para lançar seu novo produto em direção ao sucesso e ao coração do consumidor.

 

    • Garanta a qualidade dos insumos no preparo

Quando oferecemos produtos de qualidade para o cliente, satisfazendo suas expectativas, asseguramos que o mesmo crie um vínculo com a empresa. Todavia, para entregarmos um produto inoculo para o consumidor, é necessário assegurar a confiabilidade das matérias primas utilizadas na fabricação.

Muitas vezes a ideia do produto é excepcional, porém a sua fabricação deixa a desejar. Por esse motivo, utilize sempre insumos de qualidade na produção de alimentos.

 

    • Invista na apresentação

O primeiro fator avaliado por um consumidor na hora de adquirir um produto é a aparência do mesmo. Afinal, uma pessoa não compra, a princípio, um alimento pelo seu gosto, e sim pelo o que sua visão lhe proporciona.

Por isso, o investimento na boa aparência e na embalagem da mercadoria é um fator crucial para o sucesso do seu produto.

Lembre-se sempre que o seu cliente também busca o prazer na alimentação através da apresentação da fabricação.

    • Evidencie seu diferencial

Não adianta nada uma empresa comercializar um produto inovador se o seu cliente não sabe o que o diferencia dos demais no mercado.

Assim sendo, mostre ao seu consumidor o porquê do seu alimento ser um destaque no setor. Apresente sempre os benefícios e as vantagens que seu produto proporcionará ao consumidor.

Em outras palavras, destaque o que o distingue!

 

    • Explique e apresente o seu produto

Quando um novo produto é formulado, apresentá-lo ao consumidor é um passo importante. Portanto, divulgue em seu estabelecimento com exposições especiais e anuncie seu lançamento nas redes de comunicação da empresa.

Faça com que o seu cliente saiba que um novo produto está sendo lançado.

Além disso, faça com que ele saiba o que está sendo lançado. Explique o que é o seu produto, conte sobre sua idealização e produção. Faça com que o consumidor se sinta conectado com o novo alimento.

    • Proporcione o primeiro contato com seu produto

Muitas vezes os clientes não se sentem muito a vontade para experimentar algo novo. Uma forma de ultrapassar essa barreira é proporcionar ao cliente o primeiro contato com o seu produto.

Uma boa estratégia para isso é utilizar de artifícios como a degustação para apresentar ao consumidor o novo produto. Nesse momento, você mexerá com a curiosidade do cliente, além de lhe permitir experimentar e averiguar, antes mesmo de comprar, que o produto tem, de fato, qualidade.

No momento da degustação também é possível colocar em prática as dicas já citadas. Dessa forma, aproveite o evento para investir no visual do produto, apresentando-o e destacando o diferencial do mesmo.

Ainda, um momento de degustação é uma oportunidade de aproximar o produtor com o cliente. Utilize esse período para cativar seu consumidor, entender suas necessidades e expectativas.

Assim, a finalização do desenvolvimento de um novo produto também marcará o início do ciclo de outra formulação!

 

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Óleo e Gás – Petroquímica e Petrofísica

ÓLEO E GÁS – PETROQUÍMICA E PETROFÍSICA

Você que trabalha ou tem interesse no ramo de Óleo e Gás, já ouviu falar em Petrofísica e Petroquímica? Sabe da importância de suas análises no mundo do petróleo? Deseja realizar uma análise mas não sabe quais parâmetros são apresentados?

 

Os processos industriais de Petróleo e Gás tem como as principais vertentes o refino e a produção dos derivados de óleo e gás. Sabemos que o petróleo está ao nosso redor, nas ruas, no escritório, em casa, no quarto. Porém, hoje iremos além e falaremos um pouco mais tecnica e cientificamente de pesquisas que podem ser realizadas nessas áreas: a Petrofísica e a Petroquímica.

Podemos descrever a petrofísica como “o estudo das propriedades físicas das rochas que dizem respeito à distribuição de fluidos em seus espaços porosos”. Ou seja, nos dias de hoje, chamamos de petrofísica todo o conjunto de disciplinas que diz respeito às propriedades físicas das rochas e minerais.

Por outro lado, estudos que utilizam óleo e gás natural como matéria-prima para o desenvolvimento de diversos produtos químicos, descrevem-se na ciência e na técnica como Petroquímica.

 

O estudo da Petrofísica

Na Petrofísica o que se estuda são aspectos teóricos e experimentais referentes à determinação das propriedades físicas das rochas. Para óleo e gás, ela pode ser empregada em problemas que vão desde a geoengenharia até a determinação de estruturas de grande escala na litosfera terrestre, não ficando apenas no estudo de caracterização de reservatórios. Dessa forma, vislumbrando o universo petrofísico, podemos destacar dois estudos muito interessantes e fundamentais desta área: Petrofísica de Rotina e Petrofísica Avançada.

Análise Petrofísica de rotina

Os parâmetros fundamentais na caracterização da petrofísica de rotina de rochas de reservatório são a densidade de grãos (Rho), porosidade (Phi) e permeabilidade absoluta (K). Enquanto a porosidade é responsável pela capacidade de armazenamento do reservatório, a permeabilidade responde pel potencial de produção de fluidos em alta vazão. A densidade de grãos, por sua vez, está correlacionada com a composição mineralógica da rocha. 

    • Rho – a amostra de rocha, completamente limpa e seca, é disposta na câmara de expansão do porosímetro de Boyle, Ultrapore-300 (Corelab). Logo após admitir gás (nitrogênio), confinado num vaso a uma determinada pressão, o volume de sólidos da rocha (Vs) é indiretamente medido através da queda de pressão produzida durante a expansão do gás na câmara. Conhecendo a massa seca da amostra (M), calcula-se a densidade de grãos (Rho=M/Vs).
    • Phi – o mesmo equipamento empregado na medição do Rho é empregado na medição da porosidade, exceto pelo fato da amostra ser introduzida numa célula de confinamento. O declínio de pressão que o gás fornece é proporcional ao volume poroso (Vp). Conhecendo o volume total da amostra (Vt), calcula-se a porosidade (Phi=100.Vp/Vt).
    • K – a medição é executada no permeâmetro digital Ultraperm 500 (Corelab), onde introduz-se a amostra numa célula de confinamento e atravessada por um fluxo estacionário de gás. Através da medição da vazão do gás (Q) e das pressões de entrada (P1) e saída (P2), calcula-se a permeabilidade por meio da Lei de Darcy.

Análise granulométrica

Há também o estudo voltado para a granulometria de lama e areia. Nesta etapa é necessário tratar as amostras uma de cada vez. Assim, ajustando o software MasterSizer, isto é, escolhendo o número de amostras e o método a ser utilizado. Logo depois da configuração inicial é necessário que o próprio equipamento realize a limpeza das partes com a retrolavagem. Então é possível iniciar a etapa de background, em que devemos calibrar o equipamento. 

Em seguida, o equipamento faz o ultrassom da amostra para emitir outras informações. Ao término do background, é possível começar a realizar a análise com a amostra passando pelo laser. O processo dura em torno de 10 minutos. Após isso, descarta-se a amostra e o equipamento limpa novamente as unidades de operação. Por fim, o aparelho volta a etapa de background e a rotina é estabelecida até o término das amostras.

 

Resultados

– Na etapa final, utiliza-se o GRADISTAT como uma ferramenta do Excel em que toda análise estatística é rodada, gerando gráficos, tabelas e relatórios.

– O usuário é obrigado a inserir a massa ou a porcentagem de sedimentos retidos nas peneiras que foram geradas na etapa anterior, espaçados em qualquer intervalo (ex.: 0 – 2cm, 2 – 4cm, 4 – 6cm e continua até o final), ou a porcentagem de sedimento detectado em cada lixeira de um Granulômetro Laser.

– Além disso, o programa fornece uma tabela física do grupo textual no qual a amostra pertence e o nome do sedimento (como “areia grossa”, “grosseira fina”).

– Também está incluído uma tabela que indica que a porcentagem dos grãos cai em cada fração de tamanho.

– Em termos de saída gráfica, o programa fornece gráficos da distribuição do tamanho de grãos e distribuição cumulativa dos dados em unidades métricas ou em phi (letra grega), exibindo, assim, o tamanho dos grãos das amostras em diagramas triangulares.

 

Análise Petrofísica Avançada

Para esse estudo, vemos, principalmente, a caracterização dos tempos de relaxação por RMN (Ressonância Magnética Nuclear). Quando o mecanismo de relaxação magnética nuclear de um fluido no interior da rocha é dominado por sua interação com as paredes do poro, as taxas de relaxação longitudinal (1/T1) e transversal (1/T2) passam a depender da composição química da matriz e da razão superfície/volume (S/V) do poro. De forma que: 1/T1=rho1(S/V)poro e 1/T2=rho2(S/V)poro; em que rho1 e rho2 são, respectivamente, as relaxatividades superficiais longitudinal e transversal. Logo, a medição dos tempos de relaxação de uma amostra de rocha completamente saturada (Sw=100%) permite inferir sobre sua distribuição de tamanho de poros.

Volume poroso e pseudo distribuição de tamanho de poros por RMN – a partir de uma amostra completamente saturada com solução salina, medimos as curvas de relaxação através do analisador Maran Ultra 2MHz (Oxford Instruments), empregando técnicas do tipo inversão-recuperação, para T1, e CPMG, para T2. Através de um processamento específico, convertemos as curvas de relaxação em distribuições dos tempos de relaxação, ou espectros de relaxação. Mediante uma calibração prévia, utilizando uma amostra de volume conhecido, a área sob o espectro de relaxação fornece o volume poroso da rocha (Vp,RMN).

Já a distribuição dos tempos de relaxação reproduz uma pseudo distribuição de tamanho de poros, similar àquela obtida por porosimetria por injeção de mercúrio. Além disso, aplicando intervalos de integração específicos aos espectros de relaxação, é possível quantificar o volume de água associada à argila (CBW – Clay-Bound Water), volume de fluido retido por capilaridade (BVI – Bound Volume Irreductible) e fluido livre (FFI – Free Fluid Index).

 

Outros Ensaios por RMN

A possibilidade de manipulação dos spins nucleares em uma ou mais dimensões confere versatilidade à RMN, principalmente quando comparada às técnicas tradicionais. Dessa forma, outros tipos de análises por RMN, 1D ou 2D estão disponíveis para serem aplicadas conforme a propriedade petrofísica de interesse, por exemplo: CPMG multi-eco, perfis de saturação, entre outras.

A porosidade das rochas é objeto de estudo de geocientistas devido a diversas implicações genéticas destas feições. O que motiva a busca por novas técnicas analíticas para estudo dos poros são análises petrofísicas. Técnicas experimentais de análise de porosidade, como injeção de mercúrio ou gás, possibilitam uma aproximação quantitativa, mas não a visualização do arcabouço poroso.

análise petrográfica por microscopia óptica permite visualizar e quantificar os poros intergranulares, porém, está restrita ao espaço bidimensional, sendo as quantificações menos representativas. O avanço tecnológico na microtomografia computadorizada de raios X (micro-CT) permite analisar tridimensionalmente os poros em microescala e quantificar automaticamente  no volume.

As análises em mármore, quartzito, arenito e brecha carbonática executadas no âmbito do PROJETO FALHAS/PETROBRAS/UFPR, mostram a forma, tamanho, conectividade, tortuosidade, distribuição e volume dos poros nestes litotipos, demonstrando distinções nos arcabouços porosos das rochas. A integração da micro-CT à petrografia possibilita a identificação de fases minerais com atenuação de raios X contrastantes. Situando, assim, a incidência de porosidade no contexto mineralógico em 3D e contribuindo para a consistência do método.

Embora a resolução seja limitada no microtomógrafo de raios X utilizado, não atingindo o menor tamanho de poro de alguns litotipos, a integração das duas técnicas fornece informações inéditas para investigação de micro feições relacionadas aos poros em rocha, auxiliando em interpretações genéticascontribuindo significativamente para análise de reservatórios.

Análise Petroquímica Avançada

Antes de mais nada, vamos falar da cromatografia. Conforme a IUPAC, a cromatografia é uma técnica utilizada na separação dos componentes de uma amostra, os quais se distribuem em duas fases, uma estacionária e a outra móvel”. Enquanto a fase estacionária pode ser um sólido, um líquido retido sobre um sólido, ou um gel, a fase móvel pode ser líquida ou gasosa.

Se tratando apenas da fase móvel, são três os tipos de cromatografia: a cromatografia gasosa, a cromatografia líquida e a cromatografia supercrítica. Utilizando, na última, um vapor pressurizado, acima de sua temperatura crítica. A cromatografia líquida apresenta, portanto, uma importante subdivisão: a cromatografia líquida clássica. Em que se arrasta a fase móvel através da coluna apenas pela força da gravidade, e a cromatografia líquida de alta eficiência, na qual se utilizam fases estacionárias de partículas menores, sendo necessário o uso de uma bomba de alta pressão para a eluição da fase móvel. Assim sendo, vamos conhecer um pouco mais sobre cada uma.

 

CROMATOGRAFIA GASOSA

A cromatografia gasosa (CG) é um método físico de separação dos componentes de uma mistura através de uma fase gasosa móvel (gás inerte) sobre um solvente estacionário. Sua utilização se dá para a separação de compostos voláteis, isto é, os analitos (soluções de análise) que serão separados devem apresentar uma razoável pressão de vapor à temperatura de separação, uma vez que colocamos a coluna dentro de um forno, o que exige estabilidade térmica da amostra.

Durante a análise, a temperatura da coluna pode permanecer constante ou variar cerca de 300ºC, para que solutos de baixo ponto de ebulição possam ser eluídos. Dessa forma, quanto maior for o caráter iônico do composto, menor será sua volatilidade, o que reduzirá também a possibilidade de separação via CG. Por outro lado, na cromatografia líquida separam-se compostos polares e não polares nos quais a pouca volatilidade não é inconveniente limitante.

​CROMATOGRAFIA LÍQUIDA

    • Clássica: sua utilização é referente, principalmente, ao isolamento de produtos naturais e purificação de produtos de reações químicas. As fases estacionárias mais utilizadas são sílica e alumina, entretanto estes adsorventes podem servir simplesmente como suporte para uma fase estacionária líquida. Fases estacionárias sólidas levam à separação por adsorção e fases estacionárias líquidas por partição. Ademais, também utiliza-se suportes quimicamente modificados, sendo o processo de separação misto neste caso.
    • Alta Eficiência: a versatilidade desta técnica reside no grande número de fases estacionárias existentes, as quais possibilitam análises e separações de uma ampla gama de compostos com alta eficiência. A utilizamos em várias áreas da ciência, no acompanhamento de sínteses, em análises de pesticidas, feromônios, no isolamento de produtos naturais e sintéticos e na produção e controle de qualidade de medicamentos, dentre tantas outras aplicações.

​EXTRAÇÃO (SOXHLET)

Nesse estudo, podemos pontuar a limpeza de amostras por extração contínua – dispomos a amostra  na câmara de extração do Soxhlet, no qual aquecemos o solvente (ex. tolueno, para a remoção de óleo, ou metanol, para água e sal) sob refluxo. Em seguida, o vapor do solvente goteja sobre a amostra, preenchendo a câmara de extração, até ser sifonado de volta para o balão de destilação, carregando dissolvidos os fluidos extraídos da rocha. Diversos ciclos de extração se repetem continuamente até que se remova todo o óleo, ou água e sal, da rocha e acumulados no balão de destilação.

Para quantificação de água por destilação – dispomos a amostra na câmara de extração do extrator Soxhlet e aquecemos com tolueno sob refluxo. Logo após, o tolueno quente que goteja sobre a amostra vaporiza a água presente no poro, e, em seguida, ela é condensada no Dean Stark, juntamente do vapor de tolueno. A água, mais densa, fica retida no Dean Stark, enquanto o tolueno, menos denso, retorna ao extrator para um novo ciclo de extração. Nesse processo também ocorre a remoção do óleo da amostra, que acumula-se no balão de destilação.

 

​ESPECTOMETRIA

Conhecido como o método de análises óptico mais utilizado nas investigações biológicas e físico-químicas, a espectometria baseia-se na medida quantitativa da absorção da luz pelas soluções, em que a concentração na solução da substância absorvente é proporcional à quantidade de luz absorvida. Equipamentos denominados espectrofotômetros efetuam estas medidas.

Além desses parâmetros, existe a Pirólise. Processo em que ocorre decomposição da matéria orgânica, logo depois de submetê-la a condições de altas temperaturas e ambiente desprovido de oxigênio. Além disso, outro importante estudo é o da presença de Carbonato e da determinação de enxofre nessa análise.

Após tantas informações, é possível observar como o mundo de óleo e gás é bastante vasto, não é mesmo? Mas isso é apenas uma pequena porção dessas áreas que apresentam um leque enorme de possibilidades de estudos e serviços. 

Ficou com alguma dúvida? Mande uma mensagem pelo contato da empresa que iremos atendê-lo o mais rápido possível!

 

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ETE E ETA: UM CUIDADO INDISPENSÁVEL COM A ÁGUA

Você provavelmente em algum momento da sua vida, seja no ensino médio ou em meio a notícias e conversas, já ouviu falar nas siglas ETA e ETE, certo? Mas você sabe o significado e o impacto que elas possuem na sociedade? Elas são de grande ajuda para o bem estar do ser humano e para a sustentabilidade do nosso planeta!

 

ETA e ETE se referem a estações de tratamento de água para consumo humano e tratamento de água proveniente de esgotos, respectivamente.​

É de conhecimento geral o quão a água é essencial para a sobrevivência e diversas atividades cotidianas e também o quão abundante ela é em nosso planeta. Entretanto, grande parte dessa água não pode ser usada para muitas finalidades, como para ingestão.​

A água cobre mais de ¾ de nosso planeta, porém, de acordo com o National Ocean Service, dos Estados Unidos, cerca de 97% está presente nos oceanos em forma de água salgada. A água doce representa menos de 3% do total, mas a maior parte está localizada em locais de difícil acesso, como regiões subterrâneas e nas geleiras, fazendo com que reste muito pouco para a nossa utilização.​

Dessa forma, torna-se imprescindível o tratamento da água poluída, contaminada por elementos físicos, químicos e biológicos que podem ser nocivos ou prejudiciais aos seres vivos.​

Para isso, grandes investimentos são feitos em estações de tratamento de água para que esse bem de domínio público e dotado de valor econômico seja melhor aproveitado.​

É importante ressaltar que não só a água para o consumo humano deve ser tratada como também a água proveniente de esgotos, para que seja descartada causando baixo impacto ambiental.

 

Estação de Tratamento de Água - ETA

Uma ETA realiza o tratamento da água retirada de fontes naturais para o consumo humano.​

O tratamento dessa água, de forma geral, segue algumas etapas padrões. Primeiro a água é captada e transportada até a estação. Ao chegar à estação ela passa pela floculação. ​

​Nessa etapa são adicionados produtos químicos à água para que os sedimentos presentes se aglutinem na forma de flocos. Para que isso ocorra são usados produtos como sulfato de alumínio ou cloreto férrico, por exemplo. Esses sais são acrescentados juntamente com outras substâncias que controlam o pH do meio e formam uma substância gelatinosa capaz de gerar flocos com as impurezas coloidais.​

Após aglutinar todas as partículas de forma que elas possuam a capacidade de serem decantadas, a próxima etapa sedimenta os flocos produzindo a clarificação da água.​

Sabemos que o aspecto físico da água não é a única preocupação em seu tratamento, então a próxima etapa tem a função de remover grande parte da carga biológica da água através da filtração.​

Por fim, a desinfecção é realizada a fim de livrar a água da carga biológica restante da filtração. No Brasil, os maiores agentes usados para a desinfecção são o cloro e o flúor.

 

O IBGE expõe que essa operação de limpeza atende a 80% dos brasileiros.

 

Estação de Tratamento de Efluentes - ETE ​

Uma ETE trata os efluentes domésticos e industriais, ou seja, resíduos descartados ao final de um processo.​

      • Efluente doméstico: composto por água mais impurezas geradas pelo uso. Essas impurezas consistem em matéria orgânica, nutrientes, bactérias, vírus, sólidos dissolvidos e sólidos suspensos.​

      • Efluente industrial: composto por água de consumo industrial mais impurezas geradas pelo uso. Essas impurezas variam de acordo com a indústria em questão e podem conter metais pesados, óleos entre outras substâncias contaminantes e tóxicas.​

Boa parte desses efluentes, tanto domésticos quanto industriais, é lançada novamente ao meio ambiente e, por isso, precisa ser tratado para não contaminar o solo e os mares. Algumas das principais características dos efluentes são odor e a cor, que são desagradáveis para os seres humanos, além do caráter perigoso das substâncias.

O tratamento de efluentes é um serviço muito importante para qualquer tipo de estabelecimento que tenha um volume mínimo de efluente e que sejam perigosos para o meio ambiente, como por exemplo de empreendimentos hospitalares e lugares que trabalham com reações químicas.​

O tratamento de efluentes industriais ideal é indicado de acordo com a carga poluidora e presença de contaminantes. Os processos de tratamento são classificados em físicos, químicos e biológicos.

      • Processo Físico: processos em que há a remoção dos sólidos em suspensão sedimentáveis e flutuantes através de separações físicas, tais como gradeamento, peneiramento, caixas separadoras de óleos e gorduras, sedimentação e flotação. Ocorre ainda a remoção da matéria orgânica e inorgânica em suspensão coloidal e reduzem ou eliminam a presença de microrganismos.

      • Processo Químico: ocorre a utilização de produtos químicos em seu processo, tais como agentes de coagulação, floculação, neutralização de pH, oxidação, redução e desinfecção em diferentes etapas dos sistemas de tratamento. Conseguem remover os poluentes por meio de reações químicas, além de condicionar a mistura de efluentes que será tratada nos processos subsequentes.

      • Processo Biológico: o tratamento biológico de esgotos e efluentes industriais tem o objetivo de remover a matéria orgânica dissolvida e em suspensão ao transformá-la em sólidos sedimentáveis (flocos biológicos) e gases. Basicamente, o tratamento biológico reproduz os fenômenos que ocorrem na natureza, mas em um tempo menor.

Dentro desses processos existem algumas outras etapas de tratamento. Em uma ETE, os efluentes passam por cincos etapas antes de serem devolvidos ao meio ambiente e reutilizados.

 

Pré-tratamento ​

Nessa etapa ocorre a remoção do material mais grosseiro, flutuantes e materiais minerais sedimentáveis através de processos físicos, para então preparar o efluente restante para as próximas etapas do tratamento. São utilizados processos como o de gradeamento em que há a retenção do material sólido grosseiro. Outro processo muito utilizado é a caixa de retenção de gordura as quais funcionam como uma espécie de filtro, retendo os materiais oleosos.

Esse processo ajuda a evitar danos nos equipamentos ao longo do tratamento, como bombas, tubulações e unidades subsequentes. Sendo uma forma de prevenção de problemas que podem ocorrer.

 

Tratamento primário ​

O tratamento primário é um pouco mais complexo que o pré-tratamento, visto que, ocorre a remoção dos sólidos em suspensão sedimentáveis, materiais flutuantes e parte da matéria orgânica em suspensão.

A decantação simples, isto é, um método de separação físico usado para misturas heterogêneas de líquido e sólido é um processo do tratamento primário. Nele utiliza-se a ação da gravidade para fazer com que as partículas do sólido se depositem no fundo do recipiente.

A flotação também pode ser utilizada nessa etapa. Visto que neste processo há a separação de misturas heterogêneas por meio da adição de bolhas de ar ao meio, isso faz com que as partículas fiquem em suspensão no líquido. Então, a espuma formada pode então ser removida, arrastando consigo as partículas de impurezas.

Tratamento secundário ​

Nessa etapa, busca-se a remoção de sólidos finos, da matéria orgânica dissolvida e em suspensão. Esta última é removida totalmente. Muito utilizadas no tratamento de esgoto, as lagoas aeradas são formadas por uma suspensão de bactérias heterotróficas que metabolizam o material orgânico.

A massa bacteriana forma flocos macroscópicos que são mais densos do que a água e, portanto, tendem a sedimentar. Contudo, na lagoa os flocos são mantidos em suspensão, pela turbulência introduzida pela aeração mecânica. Por isso, após passar por esse processo, esta água residual deve voltar a se decantada, decantação secundária, pois ainda apresenta bactérias.

 

Tratamento do lodo ​

O lodo é um subproduto do tratamento de efluente e também resulta da remoção da matéria orgânica contida no esgoto. Dependendo do efluente inicial e do processo de tratamento escolhido a quantidade e a natureza do lodo variam. Sendo assim, o tratamento do lodo busca diminuir o volume e o teor de matéria orgânica.

 

Tratamento terciário ​

Após o tratamento secundário, o efluente pode ser usado para lavagem de ruas ou rega de jardim. Também pode ser submetido a outro tratamento para ser reutilizado interna e interinamente, com fins não potáveis. Isso é importante porque ajuda bastante na economia de água.

O uso como água não potável, mesmo após tratado, pode conter organismos patogênicos, nitrogênio, fósforo, entre outras substâncias. Aí que entra o tratamento terciário, na remoção dessas substâncias através de técnicas de filtração, ozonização, cloração, carvão ativado, osmose reversa, troca iônica, eletrodiálise, entre outras.

 

Garantia da qualidade

Como a maioria dos processos relacionados à água, existem normas impostas pela ABNT que estabelecem padrões para a qualidade da água e para a construção das estações de tratamento e resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente, CONAMA, para que os resíduos desses processos sejam descartados da forma menos nociva possível para a natureza e que o produto final possua a qualidade necessária para ser reutilizado.

 

​Desempenho no Brasil

O Brasil é destaque em construções sustentáveis, segundo informações do G1, e podemos ver o crescente investimento em sustentabilidade com as construções de ETEs em vários estados do país. Logo no início de 2018 foi inaugurada a ETE Pirajibu, no município de Itu, em São Paulo, no dia do aniversário da cidade. Por meio dessa inauguração, o município de Itu atingirá 100% de tratamento de esgoto em 2018. Todas as regiões serão abrangidas.​

Niterói também apresenta grande destaque em saneamento básico. Um levantamento feito pelo Instituto Trata Brasil mostra a cidade como a 1° no estado do Rio de Janeiro e 12° no ranking nacional. Em 2016, 95% do esgoto da cidade era tratado, mas a expectativa é que até 2019 a marca de 100% seja atingida.

 

Geração de novas oportunidades

O biogás que é produzido durante o tratamento de efluentes tem sido estudado para que possa ser utilizado na geração de energia elétrica para a própria estação de tratamento. Também é possível usá-lo como gás doméstico e industrial e combustível para automóveis.​

Não apenas promissoras no campo ambiental, as ETEs e ETAs oferecem também oportunidades à mão de obra qualificada do país. Através de concursos, são oferecidas vagas nas áreas de operação das ETEs e ETAs em alguns estados do país.

Após essas informações, fica claro o quão importantes esses processos são e também o quão essenciais. A construção dessas estações devem e estão a ser estimuladas com a finalidade de garantir que a água seja preservada.

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