6 Tipos de Plataformas Petrolíferas Que Você Provavelmente Já Viu e Não Sabe

6 TIPOS DE PLATAFORMAS PETROLÍFERAS QUE VOCÊ PROVAVELMENTE JÁ VIU E NÃO SABE

É muito provável que você já tenha se deparado com grandes embarcações no litoral de nosso país. Um exemplo para tal situação são as plataformas de petróleo, sejam elas para perfuração ou para produção, que comumente ficam estacionadas na Baía de Guanabara para manutenção.​

Elas têm uma beleza incomum, despertando a sua curiosidade: em algum momento você já parou para pesquisar e descobrir o que essas plataformas fazem ou quais seus respectivos nomes?​

A fim de sanar quaisquer dúvidas ou curiosidades, preparamos esse simpático texto para vocês!

 

Plataforma Fixa

Utilizada para perfuração de poços, como também para a produção de petróleo, a plataforma fixa é usada em operações realizadas em águas rasas, ou seja, em operações menores que 300 metros de profundidade.​

Como sua instalação é feita por meio de estruturas modulares de aço, estando presa ao fundo do mar por meio de estacas, ela se torna preferível para operações com longa data de duração.​

Outro ponto importante a ser citado é seu alto custo de fabricação, envolvendo o custeio do projeto, construção e instalação da plataforma. Dessa forma, sua aplicação se restringe à poços já conhecidos, minimizando riscos de investimentos cegos.

 

Plataforma fixa de Mexilhão operando na Bacia de Santos.​

Foto: André Motta de Souza

Apesar da pouca mobilidade dessa plataforma, ela é responsável por grande parte do petróleo produzido na exploração offshore(a partir da costa marítima). Ela também é considerada a pioneira nesse cenário de extração nos mares.​

Ela é projetada para comportar todos os equipamentos de perfuração, como também todo aparato necessário na produção de poços. Todo gás e óleo produzido nesse tipo de plataforma são levados para a costa por meio de tubulações, demonstrando a ausência de um sistema de estocagem por parte dessa estrutura.

 

Plataforma Autoelevável

Destinada à perfuração de poços exploratórios na plataforma continental, esse tipo de plataforma está apto a perfurar poços que variam entre 5 a 130 metros de lâmina d’água, ou seja, em águas extremamente rasas.​

É uma plataforma altamente segura, com grande estabilidade, devido seu sistema de estrutura de apoio, sendo as operações de perfuração bem semelhantes às realizadas em superfície terrestre justo por tal característica.

 

P - 59​

Foto: Sílvio Silva ​

Esse sistema conta com um conjunto de três ou mais pernas, sendo elas movimentadas verticalmente até o fundo do mar no local a ser perfurado. Posteriormente ao contato das pernas com o leito marinho, a plataforma sofre uma elevação para se fixar a uma altura segura acima do mar, fora da ação de ondas.​

É um tipo de plataforma móvel, podendo ser transportada tanto por reboques, como também por propulsão própria.​

Apesar da estabilidade concisa e da facilidade de ser móvel, a plataforma Autoelevável é o tipo de unidade de perfuração marítima que tem sofrido o maior número de acidentes. Um dos motivos para tal situação é estar refém da influência das condições de tempo e de mar, o que dificulta a locomoção, como também a instalação.

 

Plataforma Semissubmersível

É uma unidade flutuante utilizada na perfuração de poços e na produção de óleo. Formada por um ou mais conveses, sua estrutura é apoiada por colunas em flutuadores submersos.​

Tais flutuadores são limitados por um círculo com raio de tolerância, a fim de garantir a segurança dos equipamentos utilizados no processo, evitando possíveis danos que poderiam ser causados pela ação das ondas ou corrente de ventos.​

Para o posicionamento desse tipo de plataforma são usados dois sistemas: o sistema de ancoragem e o sistema de posicionamento dinâmico. O sistema de ancoragem é composto por um conjunto de 8 a 12 âncoras, que funcionam como molas capazes de estabilizar a plataforma em determinado local, a fim de minimizar a ação de ondas, ventos e correntes.

 

P - 55 operando no campo do Roncador, Bacia de Campos.​

Foto: Alexandre Brum​

Já no sistema de posicionamento dinâmico não ocorre relação física entre a plataforma e o fundo do mar, funcionando da seguinte forma: são utilizados de sensores acústicos que se relacionam com propulsores, restaurando a posição da plataforma.​

Apresenta grande mobilidade, podendo ter propulsão própria ou ser movida por meio de reboques, assim como ocorre com a plataforma Autoelevável.​

Uma variação da plataforma Semissubimersível é a plataforma submersível, de utilização limitada, sendo essa usada apenas em águas calmas, como rios e baías com pequena lâmina d’água. A plataforma submersível é deslocada por meio de rebocadores e fixadas de maneira ao seu casco inferior se apoiar no fundo do terreno explorado.

 

FPSO

A plataforma em questão é denominada como flutuante e tem a capacidade de produzir, armazenar, processar e transferir petróleo. Esse transporte de óleo e de gás pode ser feito por meio de oleodutos/gasodutos ou por navios aliviadores para óleo apenas.​

Apresenta grande mobilidade, sendo utilizada em extrações em locais com lâmina d’água de grande extensão, ideal para poços localizados a mais de 2000 metros de profundidade. É importante frisar que essa plataforma não possui propulsão própria (não possui motor), o que faz necessário o auxílio do navio reboque para sua locomoção.​

Uma das vantagens do uso de uma plataforma como essa é a capacidade de estocagem, o que faz com que ela possa ficar à deriva e opere por um tempo consideravelmente grande.

 

FPSO Cidade de Paraty operando no campo Tupi, nordeste da Bacia de Campos.​

Foto: Steferson Faria​

É necessário deixar claro que tal estocagem só é possível devido ao sistema de processamento do óleo, que passa por equipamentos responsáveis pelo separação de petróleo e água, como também pelo tratamento inicial.​

O controle dos poços explorados por essa é unidade é feito no fundo do mar, já que não apresenta estabilidade suficiente para garantir segurança para um controle de poço feito na superfície.​

Para se ter uma ideia da dimensão que uma plataforma como essa pode ter, vamos ter como exemplo a plataforma P-63. Tal plataforma tem a capacidade de processar cerca de 140 mil barris de óleo por dia e tem capacidade de armazenamento de aproximadamente 1,4 milhões de barris de óleo.

 

TLWP

Diferente de uma plataforma FPSO, uma TLWP apresenta o controle de poços em sua superfície, já que é considerada uma plataforma de alta estabilidade, assemelhando se a unidades fixas. Tal estabilidade pode ser explicada pelo sistema de ancoragem com tendões fixos por estacas no fundo do mar.​

É utilizada para atividades em profundidades de até 1500 metros, sendo usada para determinados tipos de perfuração e para produção. Todo óleo produzido por essa plataforma é transportado para um FPSO que fica responsável pelo processamento e pelo transporte.

 

P - 61​

Foto: Pércio Campos​

Essa correlação entre plataformas já é utilizada em locais de exploração aqui no Brasil, como é o caso da extração feita na Bacia de Campos, mais precisamente no Projeto Papa-Terra. Nesse projeto é utilizada uma TLWP que encontra-se acoplada a 13 poços de completação seca e um FPSO acoplado a mais 16 poços com diferentes finalidades, sendo todo o óleo produzido pela TLWP levado para o FPSO por meio de um sistema em varal.​

A relação dessas plataformas não se restringe apenas a questão de estocagem, mas também está intimamente ligada com a questão de alimentação elétrica, já que uma parte da energia gerada no FPSO é direcionada para a TLWP para acionamentos de bombas.

 

Navio Sonda

Atua na área de perfuração de poços, podendo ser usado em águas ultraprofundas, com mais de 2000 metros de profundidade. Ele possui uma abertura no centro de seu casco, por onde passa a coluna de perfuração.​

Para garantir a estabilidade da plataforma, são utilizados sensores acústicos e propulsores, que anulam os efeitos dos ventos e das ondas. Apesar de tal sistema, o navio sonda não é classificado como uma plataforma altamente estável.

 

Navio Sonda NS - 16 operando no campo de Congro, Bacia de Campos.​

Foto: José Caldas ​

Sua vantagem se deve a grande mobilidade que apresenta, podendo ser utilizada para perfurar em qualquer profundidade, como também operam sem o auxílio de barcos de apoio. Outra vantagem que esse tipo de embarcação oferece é sua grande capacidade de estocagem.​

Como em toda plataforma flutuante, é necessário um cuidado especial com todos os equipamentos, para evitar a danificação dos mesmos, sendo importante o uso de um círculo delimitando o local de atuação da unidade.

 

Gostou do nosso conteúdo? Sentiu falta de alguma informação? Entre em contato conosco, até mesmo pelos comentários, para dizer o que achou de nosso texto e o que podemos melhorar! Continue navegando pelo nosso site e aumente seu conhecimento sobre a Indústria do Petróleo e afins!​

 

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Cápsulas de Café: Um Risco Para o Meio Ambiente

CÁPSULAS DE CAFÉ: UM RISCO PARA O MEIO AMBIENTE

O café já se tornou a cara do brasileiro. É o hábito de muitos tomar pelo menos uma xícara ao dia. Há quem ainda diga que a manhã só começa depois do primeiro gole desse líquido.

 

O café é conhecido principalmente pelo seu efeito energético, contudo o consumo dele também funciona como anti estressante ou até mesmo, como remédio “natural” que diminui as dores de cabeças de algumas pessoas.​

O café pode ser feito com coador de pano, filtro de papel, cafeteira italiana, máquina de expresso ou as máquinas de café que usam as chamadas monodoses.​

Com isso, o crescimento no consumo das cápsulas de café no Brasil é cada vez maior. Mas quais são os impactos disso?

 

O café no Brasil

A importância do café no Brasil não é apenas social, é também econômica. Atualmente nós somos o maior produtor e o segundo maior consumidomundial. Mas nem sempre foi assim.​

A origem da planta é na Etiópia, África, e os responsáveis pela propagação foram os árabes.​

Ela chegou ao Brasil em 1727, no norte do país, e não muito tempo depois se expandiu para o restante do território nacional.​

Logo, o país se tornou destaque na produção, atingindo o patamar atual de 30% da produção mundial.

Em 2015 foram consumidos, no Brasil, mais de 4 kg de café torrado por habitante e a produção foi de 20,5 milhões de sacas. A previsão para 2016 era aumentar a produção para 21 milhões de sacas. ​

Porém o café torrado vem perdendo lugar para as práticas cápsulas de café.

 

A forma como tomamos o café

Nos primórdios do café ele era consumido cru, depois macerado com banhas de animal e por fim consumido em uma infusão.

 

A forma que os brasileiros consumiam o café, era a partir da infusão, onde o café era filtrado em água quente. Hoje em dia, apesar desta ainda ser a forma majoritária que tomamos café, o consumo de doses individuais pelas famosas cápsulas de café cresce exponencialmente.​

As vantagens de tomar o café em doses contadas são muitas: evita o desperdício, visto que são quantidades para doses únicas; variedade no café tomado, onde pode ter cápsulas de diferentes sabores, cheiros, entre outras; e uma das principais vantagens é a facilidade com que o café é preparado.​

Com somente um botão você prepara o seu café quentinho, sem se preocupar em ferver a água, passar ela pelo filtro ou guardar em uma garrafa térmica o líquido.​

A máquina possui um reservatório de água, com diferentes temperaturas para seus diversos tipos de sabores, e a quantidade final é perfeita para uma única pessoa saciar sua vontade daquele famoso cafezinho da tarde.​

O processo que demorava até uns 5 minutos e possuía o trabalho manual com os equipamentos, foi otimizado para menos de um minuto ao simples apertar de um botão.​

O consumo dessas cápsulas no Brasil em 2015 foi de 7 mil toneladas e o mercado foi de R$ 1,4 bilhões em 2015, enquanto que em 2005 foi apenas de R$ 19 milhões. ​

A primeira cápsula de café foi desenvolvida por John Sylvan na década de 90 nos EUA, em parceria com a marca Keurig, a chamada K-Cup.​

Mas nem tudo são flores, ou melhor, cafés quentinhos. John Sylvan já declarou estar arrependido de sua criação, pois o impacto ambiental que as cápsulas estão causando é enorme.​

Pioneira nesse tipo de ação, a cidade de Hamburgo, Alemanha, proibiu em 2016 a compra de cápsulas de café pelos repartimentos públicos, como uma atitude para a redução de lixo produzido, sendo parte de um conjunto de ações com o intuito de reduzir o resíduo sólido. 

Cápsulas de café e lixo em números

A maioria das cápsulas são constituídas por partes de alumínio, partes de plástico e a parte orgânica (que pode ser de café, chá ou outra bebida).

Considerando que a cada cápsula de café são 6g de conteúdo orgânico e 3g de embalagem propriamente dita, temos então em 7.000.000 kg de cápsulas (vendidas em 2015 no mundo) o correspondente à mais de 750 milhões unidades de cápsulas.​

Imagine isso no panorama nacional, onde apenas 3% de todo o lixo reciclável é de fato reciclado

 

Mas esse não é um problema exclusivo do Brasil; o crescimento do consumo das cápsulas de café foi repentino e as políticas de reciclagem não conseguiram acompanhar esse progresso.​

Já ouviu falar no Lixão do Pacífico? É um amontoado de mais de 1.000 km de extensão entre a costa da Califórnia e do Havaí. Com mais de 4 milhões de toneladas de lixo plástico, proveniente de praias e embarcações.​

Foi descoberta por acaso em 1997 pelo oceanógrafo Charles Moore. Porém até hoje não foram tomadas medidas para redução desta ilha de lixo que além de retornar os detritos às praias, prejudica muito todas as atividades biológicas da área.​

É imprescindível que sejam tomadas atitudes para zelar por nosso meio ambiente.

O que eu posso fazer para ajudar?

Sabemos que o plástico pode demorar até 200 anos para se degradar no ambiente e o alumínio não se deteriora, logo é inevitável que teremos um grande acúmulo desse tipo de cápsula.​

Essa combinação de materiais (plástico, alumínio e material orgânico), dificulta a reciclagem, tornando a recuperação dessas cápsulas algo extremamente difícil. Pois o alumínio tem uma forma de reciclagem, o plástico outra e a parte orgânica outra diferente, eles não podem ser reciclados juntos, ou seja, devem ser separados.​

Os que usam essas cápsulas podem abrí-las e separar seus componentes, destinando-os corretamente.​

O material orgânico pode ser reciclado por compostagem, por exemplo. Na compostagem os lixos orgânicos (com algumas restrições) são transformados em fertilizante. Você pode montar composteiras em casa, pois elas podem ser de diversos tamanhos, de forma que se adeque ao espaço disponível. ​

O plástico e o alumínio, uma vez separados, podem ser descartados devidamente. Outro destino para esses materiais é artesanato, como luminárias e enfeites. 

E as empresas produtoras de cápsulas de café? ​

 

A Nespresso possui um sistema próprio de reciclagem de suas cápsulas. No qual o consumidor pode devolver cápsulas usadas nos pontos de reciclagem. Existem no estado do Rio de Janeiro 5 postos, 1 em Niterói. ​

Além disso, suas cápsulas são apenas de alumínio, facilitando a separação para reciclagem. Apesar disso, não são divulgadas as taxas de retorno das cápsulas para reciclagem.​

A Dolce Gusto, da Nescafé, também tem um sistema de coleta de cápsulas usadas. Mas com apenas 2 postos de coleta em todo o estado do Rio de Janeiro.

​Um argumento dos que apoiam o uso das cápsulas é a quantidade de café que não é desperdiçada, assim como todos os recursos utilizados naquela parcela que está sendo descartada.​

Mas não deixa de ser importante o estudo de novas cápsulas com novas tecnologias, como biodegradáveis.​

John Sylvan afirma ter desenvolvido uma cápsula biodegradável e em 2015 uma campanha, a Kill the K-Cup, foi lançada para que a Keurig testasse essas novas cápsulas.​

Eles fizeram um vídeo para conscientizar sobre o perigo que essas cápsulas representam.

Existem ainda empresas que coletam lixo reciclável e o transforma em novos produtos. Como é o caso da TerraCycleQue trabalha com um sistema de pontos.​

A cada vez que você recicla algum material você recebe pontos que são revertidos em doações para instituições sem fins lucrativos ou escolas.​

Outra forma de você lidar com os resíduos sólidos da sua empresa ou negócio é a partir de uma consultoria de Gestão de Resíduos.

 

Por que uma gestão de resíduos?

Uma gestão de resíduos mapeia todas as entradas de produtos e saídas de rejeitos. Bem como as movimentações dentros dos processos.​

Você pode destinar seu lixo corretamente, reduzindo desperdícios e custos, e assim, aumentando lucros.​

Saiba mais sobre Gestão de Resíduos. Leia Venha Para o Lado Verde da Força: PGRS.

 

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Mej: 10 anos em 1 – Viva Essa Insanidade

MEJ: 10 ANOS EM 1 – VIVA ESSA INSANIDADE

Entenda melhor sobre o movimento que há 50 anos contribui para a economia mundial, desenvolve jovens e os proporciona experiências (às vezes loucas) pra vida toda!

“Eu sou empresário júnior. Sim, eu já passei por muitas loucuras – e aprendi com todas elas.” Se você faz parte do MEJ, temos absoluta certeza que essa frase fez total sentido pra você. Se você não faz parte do MEJ, após esse texto você irá saber tudo sobre ele e talvez até queira se juntar a nós.

Iremos aqui destrinchar vários pontos sobre esse movimento que aprimora universitários desde 1967, e contaremos alguns eventos que quem é do MEJ com certeza irá se identificar! 

 

Navegação Rápida

A História do MEJ: da França pro Mundo

1967. Paris, França. Um estudante. Com ele, a vontade de mudar o mundo – e mudar a si mesmo. Na universidade, a oportunidade de crescer, empreender, transformar. Reinventar(-se).​

Pierre Marie Thauvin, estudante da ESSEC (L’École Supérieure des Sciences Economiques et Commerciales), inspirado nas necessidades dos estudantes de sua universidade, fundou a primeira empresa júnior: a Junior ESSEC Conseil.

Essa empresa júnior funcionaria, na época, como uma associação estudantil para por em prática os conhecimentos teóricos da faculdade, aplicando-os com clientes do mercado. Assim, seria adquirida experiência e conhecimento e os estudantes não chegariam “crus” à vida profissional.​

O conceito foi um sucesso: dois anos depois, a França já possuía uma confederação – a Confederação de Empresas Juniores, que já contava com mais de 20 empresas juniores.

 

“Entre seus ex-membros há (…) Thierry Fritsch (Ex-Diretor Geral da Chaumet e Presidente da Fundação ESSEC), Ralph Hababou (fundador da Columbus Café) e diretores executivos em empresas de prestígio como Danone, McKinsey, France Telecom e L’Oreal”, informa o site da Junior ESSEC. Eles contam, ainda, que o segredo é a “força de sua idade”: o conhecimento interno da empresa, nesses 50 anos, tem sido transmitido melhorado através das gerações.

No Brasil, o movimento foi disseminado em 1988: a ideia foi do brasileiro Daniel Alberto Bernard, na época, membro da comissão de intercâmbio tecnológico e da comissão jovem da Câmara de Comércio França-Brasil (CCFB). Ele recebeu o então presidente mundial do Movimento Empresa Júnior, Michel Béraud, que fez parte da primeira diretoria da Junior ESSEC, fazia parte da CCFB e apoiou de forma entusiasmada esta iniciativa.

Os dois, com apoio de alunos da USP e Fundação Getúlio Vargas, criaram a primeira empresa júnior do Brasil e da América Latina: a EJFGV, tendo sede na FGV de São Paulo. O primeiro processo seletivo surpreendeu e contou com a participação de cerca de 120 alunos. A EJFGV oferece consultoria em finanças, estratégia, operações e mercadologia, e para conhecê-los um pouco melhor basta clicar aqui.

 

Empresa Júnior: o que é? Como funciona? Onde vivem?

Ok, agora você já sabe como o Movimento Empresa Júnior surgiu. Mas o que é, de fato, uma empresa júnior? Uma definição resumida seria: “Empresa Júnior é uma associação civil sem fins lucrativos, formada e gerida por alunos de um curso superior, cujos principais objetivos são: fomentar o aprendizado prático do universitário em sua área e aproximá-lo do mercado de trabalho.” Porém, sabemos que não é apenas isso. As empresas juniores contemplam:

      • Os alunos: estes são desenvolvidos pessoal, profissional e academicamente através da interação entre os membros da empresa, troca de conhecimento e experiências vividas;​

      • As empresas (e a sociedade como um todo): os clientes se beneficiam com os projetos desenvolvidos pelos alunos, cujas características são a alta qualidade dos trabalhos, garantida pela orientação dos professores, e o baixo investimento, uma vez que as empresas juniores não visam o lucro. Os projetos, muitas vezes, podem impactar muitas pessoas.​

      • A universidade: é favorecida pelo retorno em imagem institucional, pela divulgação que as empresas juniores necessariamente fazem ao seu nome. Novas parcerias também podem ser atraídas por essa conexão.

 

As empresas juniores também proporcionam conhecimentos específicos que normalmente seriam inacessíveis pela faculdade. Alguns exemplos são: ferramentas de gerenciamento de projetos, como o MS Project e PMBOK; ferramentas de imagem como Adobe Photoshop e Adobe Illustrator; conhecimentos em Excel VBAtreinamentos diversos conseguidos por parcerias com empresas e o próprio conhecimento técnico ao realizar um projeto.

 

Brasil Júnior: os 4 cantos do país unidos por um ideal

Como vimos anteriormente, a ideia do Movimento Empresa Júnior no Brasil foi muito bem aceita. Mas como foi a sua repercussão? Só no Brasil, o MEJ abriga mais de 570 empresas juniores, mais de 16 mil empresários juniores, 20 federações e são realizados mais de 8600 projetos por ano. Dá pra acreditar? Esses resultados só são possíveis por conta da existência dos alicerces do MEJ, ou seja, tudo aquilo que o sustenta. Falemos, então, da Brasil Júnior!

A Brasil Júnior é a Confederação Brasileira de Empresas Juniores. Ela é a instância que representa as empresas juniores brasileiras, impulsionando a vivência empresarial que elas proporcionam e legitimando-as à sociedade. Ela fomenta cinco valores principais: a sinergia, o orgulho de ser MEJ, o compromisso com resultados, a transparência e a postura empreendedora.

Uma das conquistas mais recentes pela BJ foi a instauração da Lei 13.267, a Lei das Empresas Juniores. Essa lei regulamentou, finalmente, a existência e a atividade das EJs brasileiras. A BJ costuma trazer muitos insumos para as EJs brasileiras, e isso é realizado principalmente pela definição de metas específicas da rede. A Brasil Júnior atualmente pauta seus objetivos estratégicos em 3 pilares fundamentais:

      • Desenvolvimento da rede: intensificar o aprendizado por projetos, gestão e cultura nas EJs, representar e desenvolver o MEJ por meio de produtos e fortalecer as conexões da rede;​

      • Formação empreendedora: fundamentar o aprendizado, alavancar a capacidade de realização e formar uma equipe de alta performance com propósito;​

      • Impacto no ecossistema: intensificar a educação empreendedora, aumentar a participação no mercado alvo e criar uma comunidade de pós-juniores.

Para acessar o Planejamento Estratégico da Rede e entender melhor esses objetivos, clique aqui!

Através da Brasil Júnior, o MEJ é fortalecido e amparado no âmbito nacional. Mas e em âmbito federal? Para isso, existem as federações, e falaremos agora mais especificamente da federação da nossa casa, o Rio de Janeiro.

 

RioJunior: conheça o caldeirão fluminense

“De segunda a sexta, visita nas EJs / Sába-sábado e domingo evento MEJ toda hora! / Venha EJ pra federação / Sou a RioJunior, me chamam de caldeirão!” Essa música já foi cantada por inúmeros membros das EJs dessa federação, seja dentro das EJs ou nos eventos do MEJ. O amor e a união nos inspiram, as EJs da federação inspiram umas às outras e a federação nos mostra o caminho para atingirmos nossos objetivos como empresários juniores.

A RioJunior, fundada em 1998 tem a missão de representar e desenvolver o Movimento Empresa Júnior do estado do Rio de Janeiro. Com a recente gestão focada em resultados, a RioJunior inspirou as EJs federadas do RJ e conseguiram, apenas em 2016, alcançar o número de 611 projetos realizadosmais de 1 milhão de reais em faturamento.

Já em 2017, até agora, mais de 240 projetos foram feitos e o faturamento já chegou a cerca de 540k. Esses números são bastante expressivos e mostram por que no nosso movimento a frase “a união faz a força” faz tanto sentido.

Em entrevista realizada para o site CurtaNegócios, Henri de Paiva, ex-presidente da RioJunior, esclarece o trabalho da federação fluminense: “A RioJunior existe para melhorar e gerar estímulos positivos para o MEJ Fluminense. Trabalhamos auxiliando as empresas juniores a se regulamentarem e a se desenvolverem (…), integrando e alinhando os empresários juniores e representando-os perante o estado.”

Você pode acessar o Planejamento Estratégico da RioJunior em 2017 aqui.

 

Eventos MEJ: desafie-se e surpreenda-se

Além de todo o suporte que a Brasil Júnior e a RioJunior (e todas as outras federações) oferecem, os entregáveis mais atrativos são os eventos MEJ. Esses eventos variam muito, desde palestras, desafios, imersões e até viagens. A certeza, em todos eles, é a mesma: você sairá de lá renovado, com mais propósitos definidos em sua jornada no Movimento e conhecimento adquirido (e claro, com novas amizades!). Conheça alguns deles:

      • ENEJ

      • SUDEJ

      • EFEJ

      • Lidera

      • Encontro de Líderes (EDL)

      • Reuniões Presenciais (RPs)

      • Encontro de Articuladores

      • Evento X

Para saber mais sobre esses eventos, você pode acessar o site da Brasil Júniorsua página no facebook e a página da RioJunior.

 

 

Coisas que todo empresário júnior já passou (ou irá passar)

O MEJ nos dá a oportunidade de errar (e aprender com nossos erros) antes de entrar no mercado de trabalho efetivamente. Se você é empresário júnior, provavelmente já sabia tudo que leu até agora nesse texto (ou sabia superficialmente). Mas o que está por vir… você com certeza sabe de cor! Vamos ver algumas situações que você provavelmente já passou. Se você não passou, ainda vai passar! E se não passar…

Enviar email escrito “segue em anexo” sem anexo

Essa é a campeã no MEJ, garanto. Quem nunca esqueceu de anexar aquele contrato no email pro cliente?

A dificuldade de preencher os formulários da Brasl Júnior: ela é real ​

Felizmente os membros das EJs tem o costume de ser (muito) unidos e superar desafios juntos – mesmo que ele seja um formulário online.

 

A dificuldade de preencher os formulários da Brasl Júnior: ela é real ​

Errar o nome da EJ com a qual você está fazendo bench (e errar nomes num geral)

​Prometer um bench a alguém e simplesmente esquecer

Obs: esse é um meme da vida real. Real oficial.

Se você gostou desse texto ao maior estilo BuzzFeed “28 coisas que um rodinho de pia faz e você não sabia”, deixa um like, não esquece de se inscrever no canal e comente aqui embaixo qual loucura MEJ já aconteceu com você!

 

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Você sabe o que é um PGRS? Quem é obrigado a apresentar esse plano? Quando começou a preocupação com resíduos sólidos produzidos na cidades? Sabe como reduzir gastos através do seu lixo? Descubra a resposta para essas e outras perguntas aqui!

 

Por que devemos nos preocupar com resíduos sólidos?

A cada ano que passa a produção de lixo no Brasil vem aumentando significativamente.​

A geração de resíduos sólidos no Brasil aumentou 29% de 2003 a 2014, o equivalente a cinco vezes a taxa de crescimento populacional no período, que foi 6%, de acordo com levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE).​

Porém nem todo esse material teve um destino adequado. Segundo a mesma ABRELPE, mais de 40% do resíduo sólido produzido no país, tem nos lixões o seu destino final.

Sempre houve uma preocupação com o resíduo gerado? ​

Nem sempre. Na Idade Média acumulava-se resíduos sólidos pelas ruas e imediações das cidades, provocando sérias epidemias e causando a morte de milhões de pessoas.​

A produção desses resíduos começou a tomar proporções gigantesca com o início da primeira revolução industrial, iniciada no séc. XVIII, na Inglaterra e espalhada para o mundo todo.​

Com o aumento da produção, facilidade de obter produtos e crescente qualidade de vida, o crescimento populacional nas cidades fez-se de forma exponencial.​

As atividades que se realizavam em máquina caseira ou manualmente foram substituídas por processos com máquinas industrias e em grande quantidade.​

Entretanto o pensamento humano em relação a durabilidade e obsolescência não havia chegado ao ponto que se encontra hoje. No Séc. XX, com intuito de fazer seus produtos rodarem no mercado, inaugura-se a ideia de descartabilidade e irreparabilidade. Porque criar um produto que o cliente compra e nunca mais precisará do meu serviço?​

Com uma mudança cultural profunda, inaugurou-se a ideia de obsolescência programada que é nada mais nada menos que fazer produtos com validade curta ou semi-curta que possam ser facilmente substituídos, aumentando ainda mais a geração de resíduos sólidos por pessoas e indústrias.

A fim de administrar todos os resíduos gerados desde então, foram estabelecidos padrões que devem ser seguidos e que são fiscalizados por órgãos públicos. Desta maneira assegura-se a qualidade do meio ambiente e a proteção da saúde pública.

Mas o que seria resíduo sólido?

É tudo o que chamamos de lixo: materiais sólidos considerados sem utilidade supérfluos ou perigosos, gerados por qualquer atividade humana e que devem ser descartados da melhor forma possível.​

Podem ser classificados em lixo comum, público ou especiais. O resíduo comum é formado por lixos provenientes das residências, dos prédios públicos, do comércio e das escolas. Faz parte desse lixo uma grande variedade de materiais recicláveis, entre eles, o papel, o papelão, os plásticos, as latinhas etc.

​Os resíduos gerados no lixo público são o resultado dos trabalhos da limpeza urbana de ruas e praças, entre eles, as folhas e galhos e o lixo recolhido dos córregos, rios, lagos etc.​

Os resíduos especiais são aqueles provenientes do lixo gerado na construção civil, chamados de entulhos, os resíduos biológicos, químicos ou rejeitos radioativos, provenientes de equipamentos usados no serviço de saúde e o lixo industrial formado por resíduos corrosivos, inflamáveis, tóxicos etc.

 

E como o PGRS pode me ajudar?

Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS), uma expressão cada vez mais falada. Mas o que significa fazer o que chamamos comumente de gestão de resíduos? É todo um conjunto de práticas e técnicas para melhor aproveitar e dar um fim em todo o tipo de resíduo seja o produzido por uma pessoa, gerado por uma megaempresa, hospital, ou qualquer lugar que produza lixo.​

Envolve o gerenciamento de todas as etapas que o lixo percorre, desde a sua fonte, o seu manejo até chegar ao seu destino final.​

PGRS é um documento que visa mapear o local gerador de resíduos, quantificando o lixo gerado e as fontes deles, inserindo também como esses resíduos vão ser armazenados, segregados, transportados, tratados e qual será seu destino final correto.​

Tudo isso visando à preservação do meio ambiente, a prevenção de ameaças à saúde pública (seja por contaminações, pela proliferação de vetores de doenças, etc). Todas estas etapas devem ser feitas seguindo algumas normas previamente estabelecidas.

 

Quem, por lei, precisa gerenciar seus resíduos?

Desde 2010 foi determinado por lei como obrigatória a elaboração de um plano de gerenciamento de resíduos sólidos para algumas instituições.

Também é obrigatória a existência de um Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, onde o município mapeia seus resíduos e apresenta como são destinados e coletados. Também dita as regras para que as instituições privadas obrigadas a apresentar um PGRS consigam entregar seus documentos à prefeitura.

É também obrigatória a renovação do PGRS pelas empresas. Na maioria dos municípios, como Niterói, por exemplo, a renovação deve acontecer anualmente. A partir da data que seu PGRS expira, a empresa tem 30 dias para apresentar o novo plano, atualizado.

De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei Federal n°12.305/2010), a elaboração e execução do PGRS são obrigatórias a:

      • Geradores de resíduos dos serviços públicos de saneamento básico, excetuados os resíduos sólidos urbanos domiciliares e de limpeza urbana, originários da varrição, limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de higienização urbana;

      • Geradores de resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e instalações industriais;

      • Geradores de resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de saúde, como hospitais, clínicas veterinárias, policlínicas, clínicas odontológicas, dentre outros.

      • Geradores de resíduos da construção civil: os gerados nas construções, reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis;

      • Estabelecimentos comerciais que gerem resíduos perigosos, ou mesmo caracterizados como não perigosos mas que por sua natureza, composição ou volume, não sejam semelhantes aos resíduos domiciliares aos olhos do poder público municipal, como supermercados, grandes restaurantes, shoppings, dentre outros.

      • Os responsáveis pelos terminais ou outras instalações de serviços de transporte;

      • Os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, conforme exigência do órgão ambiental ou vigilância sanitária.

         

Em geral, o PGRS é exigido pelo órgão ambiental municipal conforme a regulamentação específica de cada município a respeito das responsabilidade pelo manejo de resíduos sólidos. O PGRS é condição para emissão de licenças das atividades.

 

A política dos 5 R’s – Faça você também ​

Essa política consiste em buscar maneiras de reduzir o número de resíduos descartados no meio e são atitudes bem simples que, quando feitas conjuntamente, causam um impacto muito positivo. Ela pode ser aplicada em diferentes situações, desde grandes negócios até dentro de sua residência.​

A maioria das pessoas já conhecem a política dos três R’s (reduzir, reutilizar, reciclar) mas por que pensar em três se podemos utilizar cinco para agredir menos o meio ambiente e reduzir os custos do seu empreendimento?

 

Fique mais próximo e entenda os 5 R’s:

Reduzir: trata-se de usar com inteligência e economia os recursos da natureza. Ou sejaprocurar usar menos materiais, assim, menos lixo. Quando uma pessoa compra produtos sem a devida necessidade, este passa a se tornar sem utilização e se torna lixo em pouco tempo.

Considerando que uma parte considerável da população tem hábitos de consumo inadequadas, o lixo gerado sem necessidade é muito alto. Ao colocarmos a redução em prática, diminuiremos o número de resíduos gerados. Além disso, optar por comprar produtos com duração maior em relação aos demais é um modo de reduzir a quantidade de lixos gerados.

Reutilizar: é usar materiais que iriam para o lixo, transformando-os em outros objetos. Nesse caso, ocorre a reutilização de um material sem o modificar. A reutilização traz um benefício duplo, pois transforma um produto que seria jogado fora em outro produto que, provavelmente, seria comprado. Logo, diminui a quantidade de lixo e de consumo sem a devida necessidade.

É possível encontrar diversas ideias de reutilização que você pode fazer facilmente, como, por exemplo, criação de jardins de garrafa PET ou porta lápis com latas de leite. A criatividade é a principal aliada da reutilização.

Repensar: é refletir sobre como usar melhor os recursos da natureza, usando apenas aquilo que é necessário. O ato de repensar causa a reflexão a respeito do uso incorreto dos diferentes materiais para, com ações práticas no dia a dia, poder reduzir, reciclar e repensar cada vez mais.​

Dessa forma, um cliente pode adquirir um produto mais sustentável em detrimento de um que seja feito com materiais não recicláveis ou por empresas que não busquem melhorias em relação ao meio ambiente. É importante que a ação de repensar seja feita tanto por produtores quanto por consumidores.

Reciclar: trata-se de transformar materiais usados em novos materiais. Nesse caso, é preciso tratar o material para que ele possa se tornar, novamente, uma matéria-prima para a confecção de novos produtos.​

A separação do lixo em plásticos, vidros, metais, papéis e orgânicos antes de irem para aterros sanitários facilita o processo de reciclagem, pois não será necessário fazer uma separação intensa quando todo o lixo estiver misturado.​

Nesse caso, o lixo é gerado, mas procura-se inserir esse lixo em outro ciclo de produção. Assim, é bom procurar meios de reduzir, reutilizar e repensar antes de utilizar o processo da reciclagem. Todavia, é melhor reciclar do que somente gerar o lixo.

Recusar: consumir produtos que geram impactos socioambientais significativo. Esse “R” é o que mais exige mudança comportamental. Isso porque é necessário retirar alguns hábitos comumente realizados durante a vida, como, por exemplo, utilizar sacolas plásticas para levar as compras do mercado.​

É importante que cada um analise a própria vida e reveja os hábitos que podem ser mudados para impactar menos o ambiente. Às vezes, uma simples mudança, toma uma proporção incrível, capaz de mudar os impactos gerados ao meio ambiente.

De modo geral, a política dos cinco R’s são mudanças educativas e precisam de um processo para serem realmente utilizadas pela sociedade. Por isso, é importante que todos que conhecem a política dos 5 R’s a pratique e incentive os demais a praticar. Assim, será possível reduzir o consumo exagerado e o desperdício, seja em uma grande empresa, seja na própria vida.

Mas será que devo fazer uso da Gestão de Resíduos? ​

Hm… Ainda tá na dúvida?​

O lixo representa, hoje, uma grande ameaça à vida no Planeta por duas razões essenciais: a sua quantidade e seus perigos tóxicos. Do material descartado no Brasil, uma grande parte é abandonada em locais impróprios.​

A matéria orgânica disposta de forma desordenada entra em processo de putrefação, formando uma outra mistura complexa de gases de metano, dióxido de carbono, sulfídrico, amônia e alguns ácidos orgânicos voláteis, os quais, quando em contato com o sistema respiratório de seres humanos, podem causar lesões irreversíveis e levar à morte. Sem contar a contaminação dos recursos hídricos devido à migração de chorume (líquido que sai do lixo).​

O que podemos fazer? Resumindo tudo o que aprendemos: Reduzir a quantidade de lixo produzido, diminuindo, por exemplo, a quantidade de plásticos e embalagens não biodegradáveis de seus produtos. Reutilizar diretamente materiais, geralmente tornando-os disponíveis novamente dentro do ciclo produtivo, seja sob a forma de embalagens ou recipientes vítreos. Por fim, desenvolver novos sistemas voltados ao reaproveitamento de certos resíduos.​

Uma boa gestão de resíduos agrega um programa interno de diminuição dos desperdícios, ou seja, auxilia na redução de custos e consequentemente aumenta a lucratividade.

Se quer implantar uma gestão de resíduos na sua casa, lembre-se: Há meios de economizar sua renda através dessa prática. Substituir objetos decorativos por um feito a mão a partir de seus resíduos. Se tiver um jardim na sua casa, aprender a usar matéria orgânica que sobre para nutrir seu solo. A própria venda de materiais reciclados é uma fonte de renda, mesmo que pequena. Há vários exemplos de pessoas que mantém boa parte da sua renda através de material reciclado.​

Se quer implantar uma gestão de resíduos na sua empresa, lembre-se: fazer uso da gestão dos seus resíduos pode reduzir significativamente os custos de produção, aumentando os lucros finais da empresa no médio e longo prazo sem que esta precise aumentar a sua produção linear, ao mesmo tempo em que permite diversificar a gama de seus produtos ofertados e também os parceiros de linhas de produção.​

Os cuidados com o meio ambiente são assunto muito importante atualmente, visto a crescente globalização e debates sobre o aquecimento global causados, principalmente, por empresas poluentes. Por isso, uma empresa que aplica a gestão de resíduos em seus processos passa a ser melhor conceituada no mercado, atraindo cada vez mais clientes.​

Aplicar os 5R’ seja na sua empresa, na sua casa, no seu prédio ou no seu condomínio reduz significativamente os custos que terá. Lembrando que, os 5R’s são uma metodologia simples e a base para uma boa Gestão de Resíduos. Mas há metodologias mais complexas a qual há empresas especializadas em aplicá-las, principalmente para pequenos, médios ou grandes negócios. Qualquer dúvida, as procure.​

É de suma importância que todas as ações que tomamos sejam pautadas na sustentabilidade e preservação ambiental. Atitudes que contradizem o conceito de desenvolvimento sustentável podem ser caracterizados como crimes ambientais.​

E sim, nós podemos fazer um mundo melhor, um mundo mais sustentável, para um futuro mais próspero com pequenas práticas sustentáveis.

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Principais Ferramentas de Gestão Para Alavancar Seu Negócio

PRINCIPAIS FERRAMENTAS DE GESTÃO PARA ALAVANCAR SEU NEGÓCIO

Você sabe como maximizar a produtividade e a competitividade da sua empresa frente ao mercado?

 

O uso de Ferramentas de Gestão é muito importante para que você alcance o máximo que seu negócio pode fornecer.​

Ferramentas de Gestão são técnicas usadas para aumentar a eficiência da sua equipe, a qualidade dos seus processos e projetos dentre outros fatores.

Alguns dos setores empresariais que você pode aplicar alguma ferramenta são:​

      • Gerenciamento de projetos e de equipes
      • Gerenciamento de qualidade
      • Gerenciamento de pessoas
      • Gerenciamento financeiro
      • Gerenciamento de marketing
      • Gerenciamento de conhecimentos e de comunicação

Com o passar do tempo e o avanço tecnológico foram desenvolvidas ferramentas digitais para auxiliar o trabalho de gerenciamento. Plataformas digitais que ajudam a manter processos, equipes e tarefas coordenados e em sintonia.

 

Primeiros Passos

Primeira coisa que você deve fazer é parar e pensar “Onde eu estou enfrentando dificuldades de gerir?

​A partir de uma análise de qual setor está sendo obstruído você pode começar a procurar a melhor ferramenta.

​É importante você ser fiel às suas necessidades e não escolher uma ferramenta por ser “famosinha”.

​A segunda coisa a fazer é iniciar a busca pela Ferramenta Ideal. Estude as possibilidades, conferindo suas funcionalidades e valores. Pois muitas ferramentas são gratuitas ou possuem um plano gratuito mas também tem planos pagos com mais funcionalidades.

​Confira também se eles possuem período de teste, pois você deve saber se a ferramenta se adaptará à suas necessidades.​

Tenha em mente que a ferramenta deve se adequar à sua gestão e não a sua gestão que deve se adequar à ferramenta!

​A terceira coisa que você deve fazer é disseminar o uso da ferramenta na sua empresa. Pois ela só dará frutos se sua equipe usá-la.​

Para isso você deve mostrar para a equipe os benefícios que o uso daquela ferramenta vai trazer, por tabela, à todos os setores.

​É importante que na hora que você for escolher sua ferramenta ideal você pense na facilidade e intuitividade que sua interface possui. Pois uma ferramenta que seja complexa além do necessário resultará em uma queda no uso.​

Por último, após a implementação você deve avaliar o amadurecimento que a ferramenta proporcionou. Apresentar os resultados para a equipe é uma motivação também.​

Lembre-se que a ferramenta é nada além de uma ferramenta. Tudo depende de quem a usa. Por isso, use-a bem e colherá bons resultados.​

Vamos ver algumas das principais ferramentas digitais de gestão, para o aperfeiçoamento do seu negócio.

 

Gerenciamento de Qualidade

Ferramentas de gerenciamento de qualidade são importantes para minimizar erros durante o processo. Identificando dificuldades e traçando planos para ultrapassar e superar essas dificuldades.​

Aqui você vê as 3 principais técnicas de análise de qualidade para sua empresa.​

Por exemplo, você pode usar uma dessas ferramentas para identificar as suas dificuldades. Por exemplo, montando uma Matriz FOFA da sua empresa como um todo e então analisar onde é necessária uma intervenção e uso de uma ferramenta um pouco mais completa e específica.

 

Gerenciamento de projetos e equipes

São importantes pois permitem que você monitore o andamento de projetos sem estar necessariamente o tempo todo de olho.​

Além de contabilizar o quanto é gasto em cada parte do projeto. Distribuir de forma justa a tarefa a toda a equipe e mostrar, tanto para a equipe quanto para você mesmo, o que está sendo produzido (checar a produtividade da sua equipe). Por exemplo, ferramentas como o Pipefy, Trello ou Podio.

 

O Pipefy é uma plataforma brasileira de gestão de processos. Ela funciona a partir de cards. Você cria o chamado “Pipe” que será a área de atuação da sua gestão.​

Esta área pode ser de vendas, de atendimento ao cliente, de desenvolvimento de software, pesquisa de satisfação, qualificação de leads, marketing de conteúdo, análises de contratos, processos de compras, avaliações de desempenho e outros.​

Além disso possibilita que você crie o pipe da forma que melhor lhe convier, se nenhum dos templates prontos disponibilizados forem o que você precisa para a sua empresa.​

O responsável pela delegação das tarefas tem a flexibilidade de determinar a equipe responsável pela tarefa, fluxo prazo e outros fatores.

 

O Trello é uma ferramenta bastante semelhante, funciona também no sistema de Cartões. Onde tarefas são atribuídas por meio destes cartões e onde é possível especificar a equipe responsável, o prazo e o que deve ser feito.

 

Trello x Pipefy

Ambas funcionam a partir de um sistema de Cartões. Mas eles têm diferenças cruciais entre si.​

O Pipefy possui templates prontos, o Trello apesar de não possuir é fácil e rápido criar, possuindo um layout flexível. O Trello possui um percentual de andamento da tarefa, mas o Pipefy permite criar campos de preenchimento obrigatório.​

Um grande contra do Pipefy é a ausência de uma versão mobile. Ambos são gratuitos. O Trello é o favorito do mercado mas o Pipefy vem ganhando espaço também.

 

Outra ferramenta de gestão de tarefas é o Podio. Nele você cria tarefas a serem realizadas. Pra você mesmo ou pra qualquer outra pessoa da sua rede de colaboradores.​

No Podio você pode criar uma rede completa para sua empresa e então setorizar em áreas de trabalho.​

Dentre as possibilidades do Podio estão: incluir anexos nas tarefas, observar o progresso em tarefas, determinar prazos e calcular tempo gasto em tarefas e atividades, dentre outras.​

O Podio também fornece um calendário, facilitando a visualização de prazos e rotinas. Não só pessoal, mas de toda a sua área de trabalho.​

As grandes vantagens do Podio são: ser gratuito e possuir versão mobile, que permite sincronizar com o seu celular.

 

Gerenciamento Financeiro

Ferramentas de gestão financeira fornecem um maior controle da saúde financeira do seu negócio. Permitem que você faça previsões de faturamento e saldo e tenha domínio sobre os gastos. Uma dessas ferramentas é o Conta Azul.

 

ContaAzul

Um software que permite que seus dados estejam disponíveis de qualquer lugar de acesso. Pois funciona online e todas as informações são guardadas na nuvem.

Ela fornece controle de estoques, vendas e financeiro. Os usuários do ContaAzul tem acesso a um equipe de suporte da empresa.

 

O software é pago, mas de preço acessível, variando para o número de usuários. É um software brasileiro.

 

Gerenciamento de Marketing

Ferramentas de marketing atuam em diversos cenários. Possibilitam melhorias quanto à divulgação de mail marketing e Newsletters. Outras são gerenciadores de Redes Sociais. Monitoramento de acesso ao seu website e avaliação de vendas e conversões.​

O Marketing é dividido em dois tipos. O Outbound Marketing e o Inbound Marketing. O primeiro é a técnica utilizada anteriormente no mundo do Marketing. Onde a empresa atua prospectando ativamente os clientes, oferecendo serviços ou produtos.​

O Inbound Marketing trabalha com cliente de forma a cativá-lo e despertar a necessidade do seu produto nele.​

Muitas vezes, o ideal para uma empresa é mesclar as duas técnicas. Usando nos momentos corretos a técnica que melhor dará resultados. E para ambas as áreas do marketing existem ferramentas que ajudam a otimizar o trabalho.

 

MailChimp

Fazer campanhas digitais por meio de e-mail não se tornou obsoleto, como muitos podem achar. É na verdade uma ferramenta muito importante e muito utilizada. É uma forma de você criar laços e nutrir seu lead ou cliente, funcionando bem para gerir leads e clientes além de fidelizar clientes.

​Uma plataforma que possibilita o envio de uma grande quantidade de emails de forma simultânea, permite a criação de templates personalizados, além dos já disponíveis, para seus e-mails, além de outras vantagens é o MailChimp.

​Você tem acesso a relatórios de todas as campanhas enviadas, possibilitando uma análise de pontos fracos e fortes do seu mail marketing.

​A criação de listas de contatos permite que você monitore e gerencie diversas campanhas com diferentes objetivos.​

As listas são criadas por você ou sincronizadas, a partir da chave API, com outros softwares e plataformas.​

Como por exemplo, um campo de “Assine nossa Newsletter” no seu blog e os inscritos sejam inseridos automaticamente em uma lista chamada “Newsletter”. Facilitando o manejo dos seus contatos.​

Outra característica do MailChimp é a possibilidade de agendar envios.

É uma ferramenta gratuita que, apesar de ser em Inglês, é simples e com um básico de conhecimento em língua inglesa você consegue dar conta, além dos diversos tutoriais que encontra na internet.

 

AdWords

Como dito anteriormente, você precisa saber dosar o Inbound Marketing e o Outbound Marketing na sua empresa. Mostramos uma ferramenta de Inbound. Agora mostraremos uma ferramenta do Outbound.​

Outbound Marketing é visto, por exemplo, em flyers, telemarketing e também em anúncios.​

Você tem idéia de como anunciar o seu serviço ou produto no Google? Possibilitando que quando alguma coisa relacionada a algo oferecido pela sua empresa você apareça para quem está buscando?​

Para esse fim o Adwords é a solução. Ele permite criar os anúncios no Google e determinar as palavras chaves das buscas para que você apareça.​

Ele funciona por um método de CPC (Custo Por Clique). Você determina quanto quer pagar por clique. E a partir da qualidade do seu anúncio e o quanto está disposto a pagar você é rankeado para aparecer na busca.​

O AdWords permite criar campanhas e dentro grupos de anúncios. Um exemplo básico do que é isso é que você pode oferecer diversos serviços. E então criar uma campanha para cada serviço. E dentro de cada serviço um grupo de anúncios.​

É uma maneira incrível de fazer seu negócio aparecer para as pessoas certas. Aquelas que estão buscando algo semelhante ou até mesmo igual ao que você tem. Afinal, todos nós já ouvimos a expressão “Google It!”. Outra vantagem do AdWords é que ele possui muitos tutoriais, inclusive em forma de vídeo aulas.

 

Gerenciamento de Marketing

Permite que você avalie e meça o crescimento individual de cada elemento da sua equipe. De forma contínua.

 

Avaliar desempenho dos membros da sua empresa e realizar Pesquisas de Clima Organizacional são algumas das possibilidades que o Solides oferece.​

A partir dele você pode cadastrar seus membros e manter uma avaliação contínua sobre o papel dele na empresa. Ele utiliza um sistema de cruzamento de informações e reúne todos os dados em apenas um lugar, facilitando armazenamento e consulta.​

O software também auxilia no momento de contratações: trabalhando com um sistema de previsões ele avalia custos de treinamento, pique e produtividade do seu candidato à vaga.​

O Software é pago, mas é brasileiro. O que é uma forma de fomentar o crescimento do mercado nacional.

 

Gerenciamento de Conhecimento e Comunicação

Ferramentas de gestão de conhecimento permite que você e toda sua equipe compartilhe informações, dados e arquivos constantemente. Além de armazenar estes.​

Existem hoje, ferramentas online que possibilitam o armazenamento de dados na nuvem, ou seja, eles podem ser acessados de qualquer lugar a partir da internet.

 

Plataformas de e-mail possibilitam isso hoje em dia, no caso do Gmail o Drive. E também o DropBox. Eles são de uso pessoal, mas há a possibilidade de se contratar um plano com muitas mais vantagens.​

As vantagens vão desde maior capacidade de armazenamento até a possibilidade de realizar vídeo chamadas.​

O Google possui o G Suit. Um conjunto de ferramentas que inclui um Drive que fornece o armazenamento, a proteção e a colaboração em tempo real de seus documentos, criação de formulários, dentre outros instrumentos.

​A ferramenta de colaboração em tempo real estimula o trabalho em equipe e a sincronia de todo o grupo.

 

Recapitulando

1- Análise da sua empresa e identificação da necessidade de melhoria (por uma matriz FOFA por exemplo);

2- Pesquisar sobre as ferramentas, vendo seus pontos fortes e fracos;

3- Disseminar na sua equipe o uso da ferramenta;

4- Analisar resultados. Busque sempre melhorias!!

 

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Entenda o Que É e Como Evitar o Kick e Blowout

ENTENDA O QUE É E COMO EVITAR O KICK E BLOWOUT!

Você já parou para pesquisar como são planejados e como funcionam os sistemas de segurança de grandes plataformas que participam da cadeia produtiva do petróleo?​

Sabe o quão complexos são e o quanto devem ser efetivos?

 

Sabe-se que a indústria do petróleo abrange uma parcela econômica mundial extremamente grande, considerada uma das mais importantes atualmente. Sendo tamanha sua dimensão, entende-se o quão complexo pode vir a ser a gama de situações de adversidade vivenciadas durante toda a cadeia produtiva do petróleo. A partir desse cenário, fica evidente a necessidade de listar, definir, prevenir e explorar os principais problemas que constantemente busca-se evitar, a fim de garantir a preservação do meio ambiente.​

Visto tal preocupação em torno de sistemas de segurança, um dos eventos indesejáveis mais comuns de se acontecer é o chamado Kick, sendo ele não controlado, pode vir a ocorrer, consequentemente, o Blowout. Eles exigem grande atenção, por isso há meios de prevenção e controle adaptáveis para cada situação onde eles possam ocorrer e que devem ser sempre conhecidos e bem executados para que toda catástrofe possa ser evitada ou, pelo menos, amenizada e controlada rapidamente.

 

Definindo o que o Kick e o Blowout vêm a ser:

Primeiramente, é importante pontuar que esses dois fenômenos estão intimamente ligados. Normalmente, ao se operar um poço, é essencial que haja a realização de um rigoroso controle de pressão hidrostática, para assegurar que ela sempre seja um pouco mais alta do que a pressão no interior da formação (reservatório).

​Tal controle é feito com a injeção de fluido específico no poço. No entanto, quando o volume que retorna é maior do que o volume de fluido injetado, verifica-se que a formação está expulsando fluido do poço. Este fenômeno é chamado de kick que, de maneira intuitiva, pode ser definido como um aviso da possibilidade de ocorrer um Blowout.

​Caso a situação se agrave e a pressão seja muito grande, ocorre a saída descontrolada de hidrocarbonetos, gás (como o CO2 e H2S) e/ou água do reservatório de petróleo. Esse fato acarreta em danos de alto custo de reparo na instalação, nas cadeias de produção, os quais podem ser piores se houver incêndio, já que o material expelido é altamente inflamável.​

O incêndio esperado é o jet fire ou também chamado de spray fire, que se caracteriza como uma dispersão de chamas, resultante da combustão liberada por algum ímpeto significante em instâncias offshore, e suas propriedades dependem da composição do combustível, da direção do vento e do ambiente em suas determinadas condições.​

Todo esse cenário pode vir a ter consequências ainda mais graves, como o ferimento e, até mesmo, a morte de funcionários da empresa, a poluição ambiental e a danificação dos equipamentos inerentes ao processo.

Alguns indícios de kick mais prováveis de se encontrar:

É importante frisar a necessidade de se identificar a ocorrência de um Kick o mais rápido possível, possibilitando a tomada de medidas cabíveis o quanto antes.

 

Aumento no volume de lama dos tanques:

Tal fator é resultante da invasão de fluido, proveniente da formação, no interior do tanque. Quando esse aumento é lento, fica difícil perceber a ocorrência desse importante indício, sendo assim, qualquer variação no volume do tanque merece total atenção.

 

Aumento da vazão de retorno:

É um indício primário e ocorre quando o fluxo dos fluidos injetados é menor do que o fluxo de retorno deles.

 

Poço em fluxo com as bombas desligadas:

Desligadas as bombas, a pressão no fundo do poço diminui, facilitando a entrada de fluidos de formação no poço. Se isso gerar um fluxo na lama dos tanques, se caracteriza como indício de kick.

 

Corte da lama por gás, água ou óleo:

É possível verificar na superfície o fluido de perfuração sendo cortado por água, óleo ou gás, o que também pode ser decorrência da existência de um kick.

 

Controlando um poço com Kick:

O controle do kick pode ser feito regulando a circulação do fluido invasor, para retirá-lo do poço, e trocando a lama de perfuração por uma lama de densidade correta, a qual possa conter a pressão da formação e então restabelecer o controle do poço.​

Há vários métodos específicos que são usados para tais objetivos. Alguns usam o próprio fluido original para expulsar o fluido invasor, outros usam a lama nova e ainda há aqueles que mudam gradualmente a densidade da lama, até que ela se torne adequada, mas todos são válidos na resolução e no restabelecimento do controle do poço.

 

Prevenção do Blowout:

Caso os indícios acima não forem relatados e devidamente controlados, a probabilidade de acontecer um Blowout se torna extremamente alta. Dessa maneira, aplica-se medidas mais severas com o objetivo de paralisar essa situação indesejável.

 

Blowout Preventer:

O Blowout Preventer, também chamado de BOP, é o principal equipamento de segurança de um poço petrolífero, já que é responsável por evitar a ocorrência de situações de alta gravidade, resguardando os funcionários e os devidos equipamentos, assim como o meio ambiente. Tal equipamento é utilizado apenas durante a perfuração do poço, enquanto durante a produção é utilizado normalmente o DHSV.​

Seu acionamento acontece apenas em cenários de extrema urgência, ou seja, é acionado quando já se perdeu o controle primário do poço, quando o Kick não pode ser controlado. Essa ferramenta é utilizada para proceder o fechamento do poço, a partir de um conjunto de válvulas que devem ser acionadas, evitando assim o Blowout.

O preventor pode ser de dois tipos: preventor anular ou preventor de gavetas. O preventor anular fecha o espaço anular de um poço por meio de um pistão, que, ao ser deslocado dentro de um corpo cilíndrico, comprime um elemento de borracha que se ajusta contra a tubulação dentro do poço. Ele pode ser usado em qualquer diâmetro de tubulação.​

Já o preventor de gavetas fecha o espaço anular do poço utilizando a ação de dois pistões que, hidraulicamente, deslocam duas gavetas, uma contra a outra, na transversal com relação ao eixo do poço. Sempre é utilizado mais de um preventor, pois deve haver suplentes em caso de falhas.​

Vale ressaltar que, em operações offshore e em operações onshore, o número de válvulas, tanto gavetas, quanto anulares, usadas para tal equipamento de segurança varia conforme o tipo de plataforma utilizada e o ambiente.

 

Manifold:

São estruturas de circulação e válvulas que servem para controlar a entrada de petróleo na plataforma, regulando a pressão interna do poço, liberando ela por meio de válvulas de estrangulamento e protegendo a cabeça do poço.

 

Kelly Valve:

A Kelly Valve é uma válvula de segurança da tubulação, sendo de abertura total e fornecendo controle de pressão positiva dos fluidos na coluna de perfuração. Estas válvulas podem ser utilizadas como uma válvula de segurança ou válvula de tubo de broca kelly superior para controlar as pressões oriundas de Blowout.

 

Poços de Alívio:

A partir do momento em que o Blowout torna-se uma realidade, é necessário o uso de técnicas responsáveis pela diminuição do impacto que esse grande incidente pode vir a causar.​

Uma das opções a serem escolhidas é o uso de poços de alívio que têm como objetivo interceptar o poço em erupção e controlar a subsuperfície utilizando um fluido de amortecimento. São poços direcionais e tal técnica, apesar de servir para todos os tipos de blowout, requer tempo, operações complexas e altos custos, fazendo com que seja a última alternativa a ser escolhida.

 

A Importância da Manutenção:

É provável que o desempenho mecânico de equipamentos se deteriore com o uso em razão do desgaste, corrosão, erosão, vibrações, contaminações e fraturas, que podem levar a falhas. Tais falhas podem ser cruciais na ocorrência ou não de um blowout. Logo, deve haver a entrada de um importante departamento nesse processo, o de engenharia de manutenção. Sendo esse departamento responsável por um serviço que auxilia que o objetivo de produção seja alcançado de forma completamente segura.

 

A responsabilidade da engenharia de manutenção era tradicionalmente de reparar os itens ao apresentarem alguma anormalidade. Hoje, a situação mudou e ela desempenha um crucial papel preventivo, influenciando, por exemplo, no meio como o projeto de um poço deve ser elaborado. A análise estatística de falha de equipamentos mostra uma tendência característica ao longo do tempo, frequentemente descrita através da chamada “curva da banheira”.​

A criticidade de tais falhas se relaciona com o papel determinante que equipamentos como o BOP têm na hipótese de um blowout. A engenharia de manutenção determina, portanto, que sempre haja equipamentos extras nesse aspecto, sendo este o motivo da instalação já citada de certas quantidades de BOP’s num poço, já que a falha de um não comprometeria por completo a segurança da instalação e de seus respectivos funcionários.

 

Momentos em que já ocorreram catástrofes a partir desses eventos:

Enchova, Bacia de Campos: 16 de Agosto de 1984 e 24 de Abril de 1988

Situada na Bacia de Campos, a plataforma Central de Enchova passou por 2 dois grandes incidentes provenientes de blowouts. O primeiro deles, em 1984, foi seguido de explosão e incêndio. A maioria dos trabalhadores foi retirada com segurança da plataforma, contudo 42 pessoas faleceram durante a evacuação ao despencar de um dos botes salva-vidas.​

Já o segundo blowout, ocorrido em 1988, durou 30 dias e a sua extinção só foi possível através da perfuração dos poços de alívio. Apesar dos grandes prejuízos, ninguém morreu, evitando assim uma fatalidade maior.

Macondo, Golfo do México: 20 de Abril de 2010

O desastre consistiu na explosão da plataforma de petróleo semi-submersível Deepwater Horizon que pertence à Transocean e que estava sendo operada pela BP, afundando na quinta-feira seguinte à explosão, depois de ficar dois dias em chamas. Uma grande quantidade de óleo espalhou-se e chegou à costa da Louisiana e a outros estados. Houve 22 trabalhadores que ficaram feridos e 12, infelizmente, chegaram a falecer.

 

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Você sabe se os ambientes coletivos que você frequenta possuem qualidade do ar desejável? Seu estabelecimento climatizado é seguro para seus frequentadores? Descubra a resposta para essas e outras perguntas aqui!

 

Sabe-se que a poluição pode trazer diversos danos à saúde, sobretudo a crianças e idosos. No artigo Poluição e Longevidade, de Drauzio Varella, diz-se: “Adotar medidas de combate à poluição ambiental não é reivindicação de cidadãos ecointransigentes, é questão de saúde pública que afeta a duração da vida de todos nós.” Dessa forma, a análise de ar climatizado torna-se uma peça-chave para a garantia da qualidade do ar de ambientes internos coletivos.

Observada nos dias de hoje, a Síndrome do Edifício Doente (ou SBS, do inglês “Sick Building Syndrome”) representa a relação de causa e efeito das condições ambientais averiguadas em locais fechados com pouca renovação de ar. Intensificada pela presença de poluentes como monóxido e dióxido de carbonoamôniadióxido de enxofre e formaldeídos, que possuem diversas fontes de liberação, a SBS preocupa a comunidade científica e pede meios de sua amenização.

Algumas das fontes que liberam tais substâncias extremamente tóxicas, são: cigarrosfotocopiadorasmateriais de limpeza; materiais de construção; e até mesmo o metabolismo humano. A não-existência de manutenção destas fontes e análise constante do ar do meio contribuem para a presença de poluentes biológicos, como  fungosalgasprotozoáriosácaros bactérias, intensificando assim o efeito da SBS.

A comunidade científica determinou que um edifício ou construção é considerado “doente” quando cerca de 20% de seus ocupantes ou transeuntes apresentam sintomas associados à permanência no local. Estes podem ser irritação na pele, garganta, nariz, olhos, dor de cabeça, cansaço, falta de concentração, entre outros. Às vezes o efeito do ar do ambiente é tão expressivo que, ao deixar o local ou parar de frequentá-lo, o indivíduo apresenta imediata melhora em seus sintomas.

 

A análise de ar, que num primeiro plano pode soar algo esquisito e provocar dúvidas (analisar o ar? Como assim? Como que se vai guardar o ar para levar ao laboratório???)ajuda os ambientes públicos e privados coletivos a inspirarem segurança e a serem inofensivos àqueles que por eles transitam. Neste texto, você aprenderá sobre a análise de ar sob diversas óticas e poderá entender por completo esta análise laboratorial aparentemente tão inusitada. Veja:​

● Os benefícios da Análise para os ambientes privados e públicos

● As normas seguidas e seus desdobramentos

● Parâmetros verificados na Análise de Ar

● Os impactos positivos da Análise na saúde do ser humano

● Responsabilidade técnica: quem assegura a confiabilidade da Análise?

● De quanto em quanto tempo devo fazer?

● Outras análises importantes para estabelecimentos

 

Os benefícios da Análise para os ambientes privados e públicos

Os ambientes coletivos, sejam eles privados ou públicos, possuem a obrigatoriedade de realizar a análise de acordo com as normas vigentes, que veremos mais adiante. Além disso, para locais com capacidade de climatização acima de 60 mil BTUs, esta análise complementa o Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC), que ajuda a gerenciar e manter a climatização em grandes locais.

 

Alguns dos benefícios da realização dessa análise, além do atendimento a normas, são:​

● Contribuição à automatização dos sistemas de ar condicionado;

● Controle de umidade e temperatura do ambiente, e, por consequência, maior conforto a quem ali transita;

● Proliferação de doenças transmitidas pelo ar minimizada;

● Maior conforto e qualidade de vida dos funcionários dos estabelecimentos;

● Economia de possíveis gastos para resolver a má qualidade do ar;

● Diminuição de faltas ao trabalho (por motivos de saúde) e aumento da produtividade do trabalhador.​

Além destes citados, existem diversos benefícios que dizem respeito à saúde humana, os quais veremos mais adiante.

 

As Normas Seguidas e seus Desdobramentos

É curiosa a forma como a Análise de Ar fora regulamentada no Brasil. A Síndrome do Edifício Doente começava a ser observada no país e a necessidade de combatê-la teve como gota d’água, o falecimento, em 1998, do Ministro das Comunicações da época, Sérgio Motta, por ter quadro clínico agravado em função de fungos alojados nos dutos do sistema de climatização.​

Hoje em dia, a norma que determina o padrão de referência de Qualidade do Ar de Interior é a Re nº 09, de 16 de janeiro de 2003. Este padrão aplica-se a ambientes climatizados, seja de uso público ou de uso coletivo. Esta resolução de 2003, que complementa a Portaria GMMS nº 3.523/98, de 28 de agosto de 1998, é capaz de orientar as medidas tomadas pelo responsável técnico que opera o sistema de climatização de determinado estabelecimento.

Parâmetros Verificados na Análise de Ar

análise de ar, como você verá no próximo tópico, realiza testes que influenciam e muito na saúde humana e no conforto de quem vive e transita pelo ambiente analisado. Para isso, é importante, em primeira instância, determinar o número de coletas do ar (captação de amostras) para realizar os exames laboratoriais. Para garantir confiabilidade, o número de coletas deve ser proporcional ao tamanho do local em questão.​

A análise laboratorial é feita sob três pilares. São eles: contaminação microbiológicacontaminação química e parâmetros físicos de conforto (P.F.C.). Cada um deles tem um impacto específico e pede correções específicas, e possuem subdivisões importantes para a garantia de um ar puro, saudável e agradável.​

Para as análises se utilizam Placas de Petri que são expostas por diferentes tempos ao ar do ambiente. Para o teste de velocidade, pode-se utilizar um anemômetro. Agora, vamos entender um pouco sobre como cada um funciona e aprender algumas noções de como é a realização dos testes.

 

Na Contaminação Microbiológica, ensaios são realizados para determinar a presença de poluentes biológicos, sobretudo fungos. Nestes ensaios, conta-se a quantidade de colônias presentes nas amostras e compara-se com o nível identificado no ar externo ao estabelecimento, de acordo com um número comparativo chamado Padrão de Normalidade. Algumas empresas de análise também fazem a determinação de ácaros e de bactérias.​

Caso o ar interno tenha menos fungos do que o externo, pode comemorar! Significa que o ar está sendo de fato purificado pelo climatizador. Em casos onde o número de fungos é igual ou maior do que do ar externo, possíveis causas devem ser averiguadas. São elas: falha no sistema de climatização, ventilação ou ar condicionado; falha no projeto do estabelecimento; temperatura e umidade propensas à proliferação de microrganismos.​

Na Contaminação Química, ensaios são realizados para verificar a presença de poluentes químicos no meio. Assim, o primeiro teste feito é o de concentração de gás carbônico. Este indicador pode revelar a capacidade de renovação do ar do sistema de climatização. O acúmulo de CO2 no ambiente, além de provocar impactos na saúde, contribui para sensação de calor e abafamento e pode ainda diluir poluentes químicos mais nocivos.

Ainda nesta categoria, faz-se o teste para identificar a concentração de aerodispersóides, isto é, a famigerada poeira (ou, também, matéria particulada) que tanto incomoda, principalmente aos alérgicos. A definição de matéria particulada é a mistura química e física de várias substâncias em suspensão.​

Felizmente, este é um indicador que podemos observar visualmente, sendo de fácil correção através de limpeza adequada. Com este indicador, pode-se avaliar a eficiência de filtros (presentes em diversos aparelhos de climatização) e também o acúmulo de sujeira no ambiente e nos próprios aparelhos.​

Já os Parâmetros Físicos de Conforto (P.F.C) compilam três testes: temperaturaumidade velocidade do ar. Estes testes impactam diretamente na sensação de conforto dos ocupantes. Além disso, a umidade desregulada afeta também as vias respiratórias, fato que iremos aprofundar mais adiante.

velocidade de ar deve estar próxima de 0,25 m/s para deixar o ambiente agradável a seus ocupantes. Portanto, os testes realizados na Análise de Ar tem funcionalidades importantíssimas e, juntos, são um meio eficiente de avaliar o ar de um meio.

 

Os impactos positivos da Análise na saúde do ser humano

Como citado antes, crianças e idosos são os mais afetados por ambientes com má qualidade no ar. Isso porque a poluição afeta o desenvolvimento pulmonar de crianças e interfere na longevidade por aumentar a chance de ocorrência de algumas doenças. Outra população bastante afetada são aqueles que já possuem doenças respiratórias e cardiovasculares, e portanto manter o ar do ambiente ideal para estas pessoas é imprescindível.​

Em entrevista realizada por Drauzio Varella, o otorrinolaringologista João Ferreira de Mello Jr. esclarece, acerca do ressecamento causado por ar condicionado: “Esse é outro aspecto do ar condicionado prejudicial ao nosso organismo. (…) A mudança da temperatura e da umidade relativa do ar altera a sensibilidade da mucosa nasal.” Logo, vê-se que até o ar condicionado, aparentemente inofensivo, tem efeitos sobre o corpo humano.​

Para minimizar essas consequências, a Análise de Ar atua como importante meio de prevenção de doenças e correção do ar ambiente para cessar impactos negativos na saúde. Alguns aspectos do ar avaliados nesta análise referem-se diretamente à quantificação de poluentes e microrganismos. Veja:

Responsabilidade Técnica: quem assegura a confiabilidade da Análise?

É imprescindível contratar o serviço com uma empresa de confiança e bem alocada no mercado. Isso porque algumas empresas têm vendido o serviço sem assinatura devida de responsáveis técnicos, o que além de não ser confiável perde a validação da Vigilância em Saúde do Trabalhador. Sendo assim, toda Análise de Ar deve ser assinada por responsáveis técnicos de nível superior e com habilitação na área de biologia ou química.

 

De quanto em quanto tempo devo fazer?

A análise do ar climatizado deve ser feita semestralmente. É sugerido, inclusive, que os resultados e as possíveis atividades de correção das pendências encontradas sejam divulgados àqueles que ocupam e transitam pelo local.

 

Outras Análises importantes para estabelecimentos ​

Além da Análise de Ar existem outras modalidades que atingem diversos tipos diferentes de estabelecimentos. Para clubes e piscinas, por exemplo, há uma análise de água específica para esses ambientes. Já para analisar a água de consumo, é interessante realizar uma Análise de Água convencional. Para distribuidoras e transportadoras de água, é importante realizar a Análise da Água dos Caminhões-Pipa com frequência.​

Agora que você sabe diversos aspectos de Análise de Ar, que tal se aprofundar um pouco nesse assunto? Confira abaixo alguns materiais interessantes!

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3 Métodos Essenciais Para Gestão Empresarial e de Projeto

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Você já imaginou como são traçadas as metas de grandes Empresas?

E como grandes projetos são gerenciados de maneira impecável ?​

Acredito que essas dúvidas sejam recorrentes para muitos que pretendem, algum dia, desenvolver e gerenciar seu próprio negócio. Para esclarecer essas incógnitas, nesse texto listo os métodos mais utilizados no mercado, por Empresas de grande porte, para sanar tais dificuldades muitas vezes encontradas por suas equipes.

 

O que você irá encontrar nesse texto:

      • Gerenciamento de Projetos PMI
      • Análise SWOT
      • Método P

 

Gerenciamento de Projetos PMI ​

Do que se trata:

O método de gerenciamento proposto não coloca uma sequência clara e lógica específica de como deve ser feito a gerência de um projeto. Essa gerência é feita a partir de 47 processos, sendo alguns de maior importância e imprescindíveis para a realização e outros que aceitam mudanças de acordo com a necessidade.

Ele detém melhores práticas e recomendações de como deve ser gerenciado um projeto, podendo se encaixar em qualquer tipo, de forma a ser caracterizado como um guia genérico, por ter uma dinâmica flexível. É necessário que o gestor tenha senso de adaptação e interpretação, além de ter conhecimento sobre ferramentas adequadas, para fazer um bom uso do guia.

O método usa de uma divisão de grupos de processos, sendo seis os principais grupos: iniciação, planejamento, execução, monitoramento, controle e encerramento. Em relação a esses grupos, pode-se frisar a subdivisão deles em 47 processos, demonstrando mais especificidade no guia.

Esses grupos atingem dez áreas de conhecimento apontadas pelo PMI como as mais importantes para gerenciamentos de projetos, sendo elas: integração, escopo, tempo, custo, qualidade, recursos humanos, comunicação, riscos, aquisições e, uma nova implementação no guia de 2013, partes interessadas.

 

Começando:

Para realizar a iniciação é necessário desenvolver o termo de abertura do projeto, ou seja, escrever um documento de maneira formal que aprova o início, designando recursos, designando o gerente do projeto, sendo fundamental ter o objetivo, justificativa e descrição geral preliminar.

Desenvolver o termo de abertura está intimamente ligado à noção de gerenciamento de partes interessadas, ou seja, analisar para quem será produzido. É importante, dessa forma, realizar a identificação das partes interessadas, pessoas, grupos, instituições que serão afetadas, listar a questão de benefícios e malefícios e elaborar uma lista de relação de poder, influência, para identificar os “peixes grandes” que irão rodear o projeto.

 

Processando:

Entrando no âmbito de planejamento, as funções desse grupo de processos serão coordenar, supervisionar, organizar. Primeiramente, apesar de soar de maneira redundante, é relevante focar na produção de um plano de planejamento de projeto, ou seja, organizar o planejamento, listando ferramentas, responsáveis e os processos, por exemplo.

A partir disso, começará a realização do planejamento de escopo, definição de escopo (definição de fases, o ciclo de vida do projeto, todos os trabalhos, pacotes de trabalhos e entregas). Para a definição do escopo pode ser utilizado um artifício bem interessante como coletar requisitos, por meio de entrevistas, questionários, protótipos, amostragens, análises de documentações. Que fique claro que a declaração de escopo é um processo fundamental na realização de um projeto.

EAP (Estrutura Analítica de Projetos) é utilizada para evidenciar as entregas do projeto e é aplicada após a realização de declaração de escopo, auxiliando no entendimento do escopo, por ser uma estrutura visual. Vale ressaltar que todos esses documentos tornam-se anexos no plano de gerenciamento de projetos, sendo totalmente normal e importante uma revisão frequente dos processos e aplicar modificações sistemáticas para sempre manter o projeto atualizado. Criar um cronograma, planejar o gerenciamento de tempo, tendo em vista atrasos e tolerâncias. Definir atividades, estimar recursos, número de pessoas, materiais a serem utilizados, equipamentos necessários, definir duração de atividades.

Gerenciando:

Para tais definições pode ser usado como parâmetro históricos, estimativas análogas. Percebe-se que são ações sistemáticas, bem direcionadas para serem aplicadas. Planejar custos, como será controlado o fluxo de caixa, tolerância de desvios, custo total, custo distribuído por atividade, sempre adequando aos outros processos da gerência. Sempre salvar os documentos no plano de gerenciamento do projeto. Realizado o planejamento do escopo, tempo e custo, pode-se dizer que o projeto terá grande probabilidades de sucesso.

Também é de grande relevância apontar as qualidades do produto, definir padrões, normas necessárias, políticas de qualidade, planos de inspeção, plano de melhoria continua, tudo relacionado a questão da qualidade do produto. Para entregar qualidade, é importante ter um eficiente gestor de pessoas, planejar recursos humanos não é uma tarefa simples, tendo que descrever o cargo, hierarquia, desenvolvimento dos envolvidos no projeto, avaliação das equipes, procedimentos para controlar e despedir pessoas, desenvolver as equipes.

Como o ser humano é um ser sociável, é necessário a criação de uma gestão de informações para estudar a parte comunicativa do projeto, sendo alguns exemplos de tarefas: definir língua a ser utilizada no projeto (em empresas multinacionais), coletar, armazenar e distribuir informações. Além disso, é necessário gerenciar os riscos a partir de fluxogramas, métodos de identificação de risco, podendo classificar os riscos de maneira quantitativa e qualitativa para aplicar em uma matriz de probabilidade de impacto, que tem como função apontar os riscos mais importantes. Utilizar o departamento de áreas interessadas para criar estratégias de engajamento.

 

Executando:

Feita a parte de planejamento, é dado início a parte de execução do projeto. Mobilizar recursos, obter equipes, desenvolvê-las e realizar aquisições. Manter contato com o cliente é uma atitude muito importante durante todo o projeto e ainda mais necessária na fase de execução. Estar atento sempre a qualidade dos processos e seguir as documentações, gerenciando simultaneamente a parte comunicativa.

Na parte de execução é apresentada uma peculiaridade referente ao controle, sendo de relevância estar atento às áreas de conhecimento, estar ciente (monitorar e controlar) de que tudo está correndo bem e como o planejado. Ao final de todas as tarefas, dá-se como encerrado o projeto.

 

Análise SWOT

Do que se trata:

Análise SWOT é uma análise de caráter simples e extremamente funcional usada para estudar o cenário interno e externo, analisando se a decisão a ser tomada será a melhor possível para o momento da empresa.

SWOT é a sigla que engloba as quatro principais matrizes de atuação desse método, sendo elas: Strenghts (força), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças). No Brasil, tal método também pode ser chamado de Análise FOFA.

Ela se baseia em fatores internos, força e fraquezas, como também em fatores externos, oportunidades e ameaças. Os fatores internos são aqueles que a empresa detém controle sobre as atividades, de maneira que os fatores externos funcionam como tendências, situações prováveis de acontecer no mercado. Esses dois fatores listados trabalham de forma análoga.

 

Entendendo a FOFA:

A análise SWOT segue cinco regras simples para ser bem sucedida: deve ser feita distinção do momento atual com relação ao futuro da empresa, a análise deve ser feita em áreas específicas (áreas de maior atuação da empresa), ser aplicada sempre levando em conta o concorrente, ser curta e simples a fim de evitar complexidades, frisar sempre que a análise SWOT é uma análise subjetiva.​

    • Força – elementos internos que trazem benefícios para a decisão a ser analisada.
    • Fraqueza – Elementos internos que atrapalham o negócio.​

Para tornar mais palpável e menos subjetivo essas definições, serão listado exemplos básicos desses fatores. Uma equipe experiente, unida e competente é um fator de força para um projeto, assim como também ter ativos que ajudem na realização e na estratégia, ter imóveis e equipamentos que possam ser utilizados em uma nova linha de produtos, além de ter a sua disponibilidade clientes, fornecedores e parceiros que tenham certa representatividade no mercado.

Já os exemplos de fraquezas podem ser tomados como situações análogas a essas, como alguma deficiência da equipe (desconhecimento do mercado, inexperiência), tecnologia atrasada e dificuldade de atualização da mesma, como também falta de parceiros.

 

    • Oportunidade – situações externas à empresa que podem afetar positivamente no negócio.
    • Ameaças – situações externas à empresa que podem afetar negativamente no negócio.

Como feito anteriormente, serão listados exemplos para tornar tais definições mais objetivas e para o melhor entendimento. Oportunidades são possibilidade de mudança na constituição, acesso a uma nova tecnologia, lançamentos complementares aos produtos da empresa, aflorando um potencial parceiro de negócio e melhorias das condições econômicas.

Já as ameaças podem ser: entrada de um grande concorrente que possa colocar em perigo o Market Share da empresa, ou até mesmo, roubá-lo, pirataria dos produtos, escassez de mão de obra, deterioração nas condições econômicas.

 

Criando estratégias:

Uma vez feita a análise desses quatro fatores, é necessário a elaboração de uma compilação de informações, de maneira a qualificar e quantificar esses fatores, como também classificá-los (importância, intensidade, tendência). Elaborar uma Matriz SWOT, apontando nela as cinco informações mais importantes com relação a cada fator. A partir disso, interpretar a Matriz SWOT a fim de analisar o que pode ser feito a respeito, traçando estratégias. Ficar atento aos tópicos que causam mais impacto na estrutura da empresa.

 

Criando estratégias:

Uma vez feita a análise desses quatro fatores, é necessário a elaboração de uma compilação de informações, de maneira a qualificar e quantificar esses fatores, como também classificá-los (importância, intensidade, tendência). Elaborar uma Matriz SWOT, apontando nela as cinco informações mais importantes com relação a cada fator. A partir disso, interpretar a Matriz SWOT a fim de analisar o que pode ser feito a respeito, traçando estratégias. Ficar atento aos tópicos que causam mais impacto na estrutura da empresa.

 

Cruzamento de fatores:

⦁ Força + Oportunidades (estratégia ofensiva)

 

⦁ Força + Ameaças (estratégia de confronto)

 

⦁ Fraquezas + Oportunidades (estratégia de reforço)

 

⦁ Fraquezas + Ameaças (estratégia defensiva)

Cada cruzamento de fatores indica uma abordagem de estratégia distinta para a realização de tarefas dentro de uma empresa:

⦁ Estratégia ofensiva – traçar planos de ação para usar as vantagens competitivas da empresa para aproveitar as oportunidades de mercado.

⦁ Estratégia de confronto – traçar planos de ação para minimizar os riscos da ameaça de mercado usando as vantagens competitivas da empresa.

⦁ Estratégia de reforço – traçar planos para reverter as principais fraquezas da empresa antes das oportunidades mapeadas acontecerem.

⦁ Estratégia defensiva – pensar em mudanças profundas para minimizar os danos das ameaças que o mercado proporcionar.

 

Executando:

É importante o estudo da gestão da concorrência, já que é a partir dele que pode ser feito um levantamento crítico e detalhado de tendências e projetos no ramo em que a empresa se encontra. Para isso, deve-se seguir sete passos: identificação da concorrência, identificação da estratégia da concorrência, determinação dos objetivos e metas da concorrência, identificação da Matriz SWOT da concorrência, definição de padrões de reação da concorrência em determinadas situações, elaboração da estratégia de ataque e prevenção aos concorrentes diretos e criação do mapa de ambiente competitivo. Dessa maneira, torna-se mais fácil traçar uma estratégia competitiva forte que funcione, mudando a questão de riscos e sucessos na gestão de uma empresa.

Após todas essas análises, é de extrema relevância a criação de um plano de ações, onde será elaborado um cronograma, sendo ele o mais completo (riqueza de detalhes) possível, será nomeado um responsável que estará respondendo pela execução do projeto em questão, além da criação de um plano de limitações de gastos para os tópicos mais influentes do SWOT.

Para que todo o processo seja feito com excelência, é importante um órgão de monitoramento no projeto, não deixar para monitorar o projeto apenas ao seu final, isso pode ocasionar sérios problemas. Ao final de todo o processo, é recomendado a elaboração de um novo projeto de análise SWOT para concluir se houve, de fato, mudanças na gestão de situações dentro da empresa. A análise SWOT não pode ser meramente ilustrativa, sendo visível a necessidade de aprofundamento e transformação da estratégia teórica em prática.

 

Método PDCA

Do que se trata:

Busca auxiliar na gerência a fim de proporcionar uma melhora contínua de processos e de produtos em determinada empresa, estando intimamente ligado com a questão de produtividade e eficácia. Pode ser usado tanto para solucionar problemas vivenciados pela empresa, como também pode ser utilizado para elevar o patamar da mesma.

Esse método utiliza de quatro etapas: planejar, desenvolver, checar e atuar. Certa maneira, é possível condensar essas etapas com exemplificações do tipo: entender o problema, avaliar a situação atual, definir ações que devem ser executadas e avaliar resultados.

 

Planejar:

É dividida em três pequenas etapas. A primeira etapa está relacionada a questão de identificação do problema. Nela é feita uma análise do cenário vivenciado pela empresa e onde estão sendo cometidos certos pecados. É importante avaliar os indicadores e propôr metas viáveis e realistas, por meio do entendimento do porquê tal fenômeno vivenciado ocorre, até mesmo como e qual a causa dele.

A segunda etapa tem como objetivo a identificação das causas do problema. Apesar de atribuir certa semelhança com a primeira subetapa, entende-se que identificar o problema é algo mais superficial comparado a identificação das causas do problema. Para identificar a causa de um problema, é interessante o uso de uma técnica conhecida como 5 Porquês, sendo ela uma sequência de perguntas fundamentadas em um efeito dominó, uma pergunta posterior tem total sincronia com uma anterior e assim por diante.

A terceira etapa é o momento de planejar um plano de ação, definindo ações concretas para a solução de determinado problema. Para resolver as causas, é relevante atuar nos pontos focais, ser consistente em suas ações como na análise e na indicação do problema. Falta de consistência em ações pode acarretar em um erro no planejamento, por exemplo, colocando em risco toda a continuidade do processo.

Desenvolver:

O líder é o encarregado de escolher a equipe e passar para ela todas as informações de forma clara e coerente, para que não haja dúvidas, questionamentos, sendo sua equipe plenamente capacitada. É necessário ter ciência sobre o prazo, já que um suposto atraso pode vir a comprometer toda a continuidade do processo. Resumindo, essa etapa é caracterizada pelo ato de implementar o plano, executar o processo.

 

Checar:

É importante elaborar indicadores no início do processo e ir moderando conforme os cenários vivenciados durante. Na terceira etapa, denominada de checagem, usa-se desses indicadores para análise, avaliar os resultados dos indicadores, verificar se os indicadores estão alcançando os resultados desejados. Se perguntar: “será que a empresa está alcançando as metas propostas no início do processo PDCA?”.​

Avaliar os status dos planos de ações, bem como também estar por dentro da pontualidade da equipe com relação às ações propostas e se estão sendo feitas de maneira correta. Para essa etapa, duas palavras chaves são essenciais para uma boa atuação, são elas: motivação e disciplina. Uma equipe sem motivação e sem disciplina não consegue entregar trabalhos de qualidade e no prazo estipulado.

 

Atuar:

Entender os parâmetros da empresa. Estudar se os resultados foram positivos ou negativos, sendo o positivo uma situação em que as metas propostas estão sendo atingidas e as ações estão sendo executadas dentro do prazo com excelência e o negativo um momento onde metas não estão sendo alcançadas ou as ações estão sendo executadas de maneira errada ou fora do prazo.​

Padronizar as ações que estão se tornando benéficas para o empreendimento é uma maneira de atuar diante de tal circunstância ou então voltar no planejamento e entender o porquê de estar tendo resultados negativos, um ato de revisão também é atuar. Dessa maneira, o importante de colocar em prática tal técnica é a procura de uma melhoria contínua. Resumindo essa última etapa, trata de uma ação corretiva com relação a todo processo de PDCA.

 

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Você sabe por que é importante fazer uma análise do solo da sua propriedade de fins agrônomos? Ou quais as legislações e critérios determinados para que um solo seja saudável?

 

Análises químicas e físicas são indispensáveis para diversos setores e, pasmem, solos também. Na hora de construir alguma coisa você deve fazer uma análise para saber as propriedades daquele solo. Assim como na plantação de uma safra.​

A análise de uma amostra pode fornecer muitos detalhes dependendo do tipo. Como as propriedades químicas e físicas de um material.

Neste texto nós vamos ver:​

      • O que é solo e quais são os tipos.
      • Porque é importante estar atento ao seu solo se você tiver algum tipo de propriedade agrônoma.
      • Como identificar um solo doente e o que o deixou nesta situação.
      • O impacto de postos de gasolina no ambiente
      • A importância de uma análise do solo se você é do ramo construtivo.

Não, não estamos falando do Han Solo.

A classificação dos tipos de solo é feita a partir de análises químicas, físicas e mineralógicas dentre outras.​

Uma forma simplificada de fazer essa classificação é considerando principalmente o tamanho de suas partículas:​

– Areia: grãos maiores, entre 0,2 e 0,005 cm. Portanto a água passa bem por ele. Pense na praia. Logo perto do mar a areia é mais compactada, mas isso se deve à presença constante de água. Já mais afastado a areia é bem seca, e seus grãos são facilmente vistos e separados. Mesmo quando vem uma onda na areia seca, em alguns minutos ela já está seca (pela atuação do sol também) por causa da facilidade que a água tem de ser drenada, empurrada para baixo.​

– Argila: grãos pequenos, menores que 0,0002 cm. Este tipo de solo retém bem a água, assim como os nutrientes.​

– Silte: intermediário da areia e da argila.​

Vale ressaltar que nenhum solo é 100% de um tipo, essa caracterização é feita a partir da maioridade do solo.

 

Imagine a importância do solo na nossa vida. Ele sustenta as plantas, inclusive as que cultivamos para nossa alimentação. E também as construções feitas pelo homem. As plantas se fixam através de suas raízes. Analogamente nossas construções também, toda aquela estrutura que é montada por baixo da terra e dá sustento às nossas casas.

Por que fazer uma análise química do solo?

Uma planta necessita de nutrientes para se desenvolver, além de outros fatores favoráveis, como ph e umidade.

 

Os nutrientes necessários se dividem em micronutrientes e macronutrientes.​

Os micronutrientes são os necessitados em menor quantidade pelas plantas. Enquanto que os macronutrientes são os requisitados em grande quantidade e no geral são estes que requerem maiores investimentos, como em adubos.

​O químico alemão Justos Von Liebieg formulou o que até hoje é chamada de Lei dos Mínimos e diz: “o rendimento da colheita é limitado pela ausência de qualquer um dos nutrientes essenciais, mesmo que todos os demais estejam disponíveis em quantidades adequadas”. Portanto é importante saber se os nutrientes estão de acordo com a safra do momento.​

A análise química do solo agrônomo tem como objetivo auxiliar a traçar o plano ideal para o seu tipo de terra. Verificando os nutrientes que ele possui, bem como os que lhe faltam e outras características do solo. O tipo de solo da sua propriedade também pode ser determinada a partir de uma análise.​

Quando você realiza uma análise do solo você colabora para um maior rendimento do mesmo. Já que a terra estará respaldada para produzir mais e de melhor qualidade.​

Assim como pode reduzir gastos do investidor, uma vez que ele estará ciente das deficiências da sua propriedade. Logo, saberá onde aplicar mais esforços e capital.

 

E quais os principais fatores que devem ser analisados?

Capacidade de troca de cátions (CTC)

Os solos, principalmente argilosos, são repletos de cargas negativas que atuam como trocadores de cátions. Favorecendo para que ocorra uma liberação gradual de micro e macronutrientes e com isso auxiliando na fertilização do solo.​

Este fator deve ser estudado pois uma menor Capacidade de troca de cátions faz com que seja necessária uma adubação rotineira e em pequenas partes.​

O ph do solo, o tipo de solo e a área superficial das partículas do solo são fatores que influenciam nesta capacidade.

Presença de macronutrientes

Os principais macronutrientes são nitrogênio, cálcio, fósforo, magnésio, potássio e enxofre.​

Altas quantidades de Ca2+, Mg2+ e K+, determinadas pela análise de CTC indicam solo fértil.

 

pH

O pH do solo influencia na fertilidade do solo. Uma vez que pode auxiliar na dissolução de nutrientes, deixando o solo pobre. Um exemplo de cultura que se desenvolve em solo ácido é a mandioca.​

Uma das formas mais comuns de correção da acidez de um solo é chamada de calagem. Este método consiste no uso de calcário adicionado à terra. Uma cultura que necessita de um solo mais rico em nutrientes, portanto, menos ácido é a de soja.

 

Salinidade

A salinidade afeta o desenvolvimento das plantas por causa do efeito osmótico. Atingindo-a desde a germinação da semente, por reduzir a capacidade de absorção de água.​

Uma forma de reduzir a salinidade dos solos é a partir do uso do gesso.​

Alguns dos outros fatores que são analisados são as quantidades de nitrito e nitrato, alumínio, amônia e materiais orgânicos.​

Além da análise do solo é importante também fazer uma análise do tecido vegetal, tais como folhas e grãos. A fim de saber se os materiais de reforço nutricional da planta estão sendo absorvidos e dando resultados no desenvolvimento do vegetal.​

Um momento imprescindível na análise do solo é a amostragem.

 

Amostragem

A amostragem é o primeiro momento da análise e ela pode determinar a qualidade dos seus resultados. Uma boa amostragem é definitiva no processo completo de análise.

O primeiro passo é separar a sua propriedade em espaços menores, levando em conta o tipo do solo, a topografia e o histórico da área.​

Em seguida você deve percorrer em zigue zague cada área recolhendo uma amostra, devem ser recolhidas aproximadamente 20 amostras parciais. Então, todas devem ser colocadas em um balde limpo e misturadas, depois retirar uma porção de toda essa terra. Esta será a amostra completa, a que será analisada.​

A profundidade da amostra é definida pela cultura que você instalará naquela área.

 

Solo contaminado

É importante estar atento a possíveis contaminações do solo. Uma vez que os contaminantes podem atingir lençóis freáticos e contaminar todo um arsenal de aquífero.​

A análise de um solo para determinação de contaminantes se faz necessário para verificar e identificar a fonte de contaminação. Seguido de um planejamento de remediação. E, com isso, se adequar às normas.​

A resolução da CONAMA nº 420 de 2009 é uma das normas. Esta tem como objetivo apresentar os critérios de qualidade de solo sujeito à presença de substâncias químicas. Além de determinar as diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por atividades antrópicas.

O impacto dos postos de combustíveis

Para alguns estabelecimentos são extremamente importantes o acompanhamento de contaminação, como por exemplo indústrias e postos de combustíveis.​

A norma da CONAMA nº 273 de 2000 regra o licenciamento ambiental de postos de combustíveis, dispondo sobre prevenção e controle de poluição. Ainda assim, um relatório de 2014 da CETESB indica que 75% das áreas de contaminação em São Paulo eram postos de combustíveis.

Análise do solo para construção civil

Um outro segmento onde a análise do solo é de extrema importância é o de construção.​

Uma análise do subsolo é essencial para garantir a estabilidade da estrutura. Garantindo a segurança de todos os que estarão dentro, fora e até mesmo trabalhando na construção do prédio.​

O estudo da Mecânica dos Solos tem como objetivo prever o comportamento que um solo terá, para fazer a escolha da fundação correta para o edifício.​

Construções que acabam pecando neste sentido são as dos morros do estado do Rio de Janeiro. Tanto por conta da falta de estruturação das fundações como por conta das características do solo onde são construídas as casas.

 

Um exemplo trágico dessa questão é o acidente do Morro do Bumba, localizado em Niterói, acidente que aconteceu em abril de 2010. Quando, durante uma chuva, a encosta onde foram construidas as casas e que outrora havia sido um lixão,  não suportou o peso e cedeu. Deixou dezenas de mortos e desaparecidos.​

Ao longo deste texto vimos de forma resumida o que é o solo e sua importância para a perpetuação da vida e da sociedade como a conhecemos hoje. A partir da análise do solo agricultor podemos garantir uma maior e melhor produção e alimentos.​

Também com a análise química do solo podemos manter nossa terra e lençóis aquíferos limpos e livres de contaminações, trabalhando sempre para a prevenção e não para a remediação.​

E a importância da análise do solo quando vamos construir algo, para que nenhum acidente ocorra e possamos manter a todos seguros.​

Se você gostou do nosso texto, tem algum comentário ou crítica para fazer, sinta-se a vontade e bem vindo para comentar no nosso blog!​

Leia também nosso texto sobre Análise de Combustível. E fique ligado para os próximos textos!

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ANÁLISE DE ÁGUA EM CAMINHÕES-PIPA: GARANTINDO QUALIDADE

Você, distribuidor, sabe se os parâmetros da água que você transporta estão de acordo com as normas? Quer saber como evitar alterações na água e os procedimentos adequados de seu manuseio? Saiba aqui como melhorar o seu serviço e adequar-se às leis vigentes!

 

Não é de hoje que vemos problemas de abastecimento de água em algumas regiões sendo noticiados, sobretudo no verão. Casos como a crise no sistema de represas Cantareira fazem necessário o uso de caminhões-pipa para suprir essa defasagem, principalmente em épocas de pouca chuva. Assim, é fundamental que os distribuidores realizem análise de água em caminhões-pipa para garantir que a água entregue esteja em boas condições para consumo.

Cidades pequenas e do interior costumam depender totalmente desse tipo de abastecimento, que nem sempre é confiável e suficiente. Nos meses de dezembro a março é muito comum o aumento no consumo de água pelos habitantes, exigindo uma distribuição de água mais eficiente. Neste texto você, distribuidor, saberá como adequar-se às normas vigentes e entregar um serviço melhor à população, seguindo os seguintes tópicos:

      • Ampliando o conceito de caminhão-pipa

      • Alguns cuidados exigidos com o caminhão

      • Entendendo o que é Análise de Água

      • Parâmetros analisados em caminhões-pipa

      • Olhar do consumidor: como garantir meus direitos?

 

Ampliando o conceito de caminhão-pipa

A maioria dos distribuidores de água que se utilizam de caminhões-pipa conhecem pouco as múltiplas funções que este veículo pode assumir. Em tempos de crise e de vontade de expansão do seu empreendimento, vale também apostar em outras aplicações do seu serviço para atingir mais pessoas! Veja alguns exemplos:

      • controle de emissão de poeira;

      • umectação de vias e pátios;

      • terraplenagem;

      • irrigação;

      • lavagem de ruas e praças;

      • abastecimento de água potável em indústrias e navios.

As variedades acima citadas podem ser solicitadas tanto por órgãos do governo, pessoas físicas e pequenos e grandes produtores e agricultores. Dessa forma, é interessante tanto para áreas de grande urbanização quanto para regiões do interior. Vale ressaltar que, em todos estes casos, as manutenções apropriadas devem ser feitas para manter o controle de qualidade, sobretudo nestes que exigem a utilização de água potável.

 

Alguns cuidados exigidos com o caminhão

Frequentemente casos de fraudes como os caminhões-pipa que foram apreendidos vendendo água de piscina como água potável são exibidos na mídia. Tal fato leva a população a apresentar certa desconfiança acerca desse tipo de distribuição, e motivou a Vigilância Sanitária do munícipio do Rio de Janeiro a determinar algumas exigências a serem seguidas pelos distribuidores. São estas:

      • Todos os veículos devem ser cadastrados na Cedae;

      • Estes devem portar laudo de potabilidade de água e medidor de cloro;

      • É imprescindível que sejam seguidas regras de limpeza e manutenção;

      • Os veículos só podem ser abastecidos nos pontos da Cedae;

      • O veículo não pode apresentar ferrugens, amassados, rachaduras e sujeira.

      • A solicitação de carro-pipa deve estar vinculada à falta d’água;

      • O caminhão deve portar a documentação necessária ao abastecimento;

      • O mesmo também deve portar uma declaração de uso exclusivo do tanque para armazenamento e transporte de água potável;

      • Cada carro deve portar registro de origem, destino e qualidade do produto transportado, como data, local e volume de captação.

 

É importante evidenciar que as normas higiênico-sanitárias nos caminhões serão fiscalizadas pelo órgão no momento do abastecimento. Caso alguma regularidade seja encontrada, a multa será de pelo menos 2.500 reais. A partir desta constatação, sugere-se que as normas ditas sejam seguidas afinco, uma vez que representam gastos bem menores do que este.

Além disso, vale lembrar que as normas sanitárias podem variar entre estados e até mesmo cidades, portanto se você não é do Rio de Janeiro é imprescindível a pesquisa destas normas. Se você é da município de São Paulo, por exemplo, estas informações podem ser obtidas aqui.

 

Entendendo o que é Análise de Água ​

A análise da água do caminhão-pipa, citada como uma das obrigações de seu responsável, na verdade é um conceito muito mais abrangente do que parece. A análise de água nada mais do que a verificação e quantificação de parâmetros presentes numa amostra de água. Sendo assim, essa análise é realizada em laboratório especializado, seguindo normas de qualidade para garantir um resultado satisfatório.

Essa análise pode ter diversas aplicações, como por exemplo a verificação de potabilidade de água de casas e condomíniosanálise da água de piscinaanálise de dureza de cerveja, entre outras. Para cada uma dessas há uma norma específica a ser seguida. A seguir, veja qual a norma que rege as recomendações de análise para caminhões-pipa e entenda um pouco mais sobre os parâmetros analisados!

Parâmetros analisados em caminhões-pipa e a Resolução SMS nº 2551

A resolução nº 2551 da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro determina como deve ser feita a análise da água transportada e armazenada por caminhões-pipa. Os parâmetros exigidos são os principais para determinação da potabilidade da água e portanto sua qualidade. Além disso, essa resolução informa a frequência em que as análises devem ser realizadas.

Os parâmetros cor, turbidez e pH devem ser analisados obrigatoriamente na fonte de fornecimento da água transportada e opcionalmente no carro-pipa. Estes dizem respeito à qualidade da água da própria fonte, isto é, se o carro-pipa transporta água de qualidade para a população. Às vezes o problema não está no carro-pipa, e sim no ponto de coleta! Além disso, deve-se fazer 1 análise por mês para esses indicadores.

 

Já o Cloro Residual Livre e os Coliformes devem ser feitos obrigatoriamente tanto na fonte de abastecimento, quanto no carro-pipa. Os coliformes devem ser analisados uma vez ao mês. Já o cloro residual livre, como citado anteriormente neste texto, deve ser analisado a cada carga, isto é, diariamente. É de responsabilidade da distribuidora portar do kit para esta análise, que deve ser feita na hora, na frente do consumidor.

Sendo assim, estes indicadores garantem a qualidade do produto e contribuem para manter o seu negócio dentro das regulamentações dos órgãos públicos. Para saber mais sobre as recomendações desta norma, clique aqui!

 

Na ótica do consumidor: como garantir meus direitos?

Mesmo com toda fiscalização e regulamentação dos órgãos públicos, por vezes os caminhoneiros e seus funcionários associados não têm conhecimento acerca das normas. Isso dá margem para algumas atitudes que, apesar de comuns, podem e muito prejudicar a qualidade do serviço. A falta de controle de higiene, não esterilização de mangueiras e armazenamento indevido são atitudes totalmente inapropriadas.

Dito isso, é importante estar sempre atento ao aspecto da água que você recebe em casa ou em outros ambientes. Como dito antes, a cor é um dos parâmetros avaliados pelos órgãos de fiscalizam e representam um indicador muito perceptível. Se você, consumidor, percebe coloração na água (as mais comuns são a amarelada e em tons terrosos), desconfie! É muito provável que haja contaminação.

 

 

Na ótica do consumidor: como garantir meus direitos?

Mas como comprovar a água contaminada? Simples. Se a água contaminada provém de sua residência ou estabelecimento próprio, faça uma análise dessa água o quanto antes. A análise de potabilidade de água é um serviço barato e muito acessível, portanto não hesite!​

Se esta água contaminada pertence a, por exemplo, um restaurante que você visitou, a Vigilância Sanitária pode ser acionada para ir ao local, por meio de denúncia. Aliás, vale ressaltar que donos de estabelecimento que trabalham com água devem preocupar-se em manter-se em dia com os laudos de potabilidade.

 

Agora que você, distribuidor, aprendeu diversas formas de regularizar seu serviço, que tal entender mais a fundo como a água impacta no ambiente, suas variadas propriedades e utilizações?​

Confira abaixo alguns textos super interessantes, e, de brinde, nosso e-book exclusivo “O manual para garantir a qualidade da água da sua casa e do seu negócio”!​

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