Já parou pra pensar que pode haver uma mina perdida na garagem do seu prédio? Você deve estar se perguntando “mina ? Como assim uma mina?”
Sim, isso mesmo! Uma mina de um elemento indispensável para a vida de todos nós, a ÁGUA.
Para que haja a construção de prédios com subsolo faz-se necessário o rebaixamento dos lençóis freáticos presentes na extensão de terreno onde será efetuada a construção.
Como isso é feito?
Simples, por meio de bombas que trabalham durante 24h por dia retirando a água do subsolo, para que o terreno fique seco e próprio para construção.
Caso isso não seja feito, durante a escavação pode haver a formação de lama. Isso dificulta o trabalho durante a construção da fundição e concretagem da estrutura a ser construída.
Sendo assim, a drenagem dessa água é de extrema importância. Mas pra onde vai toda essa água retirada do subsolo?
Normalmente essa água era apenas descartada, e sem nenhum tipo de utilização ia parar nos esgotos, ruas e calçadas.
Entretanto, a crise hídrica forçou que autoridades e estudiosos começassem a pensar em formas de reutilizar essa água desperdiçada.
A partir disto, alguns edifícios em São Paulo começaram a pensar em formas de reutilizá-la.
Dessa maneira, foram feitas análises físico-química e bacteriológica para então saber em que utilizar a água e como tratá-la.
Como a distribuição de água é encargo exclusivo de concessionárias de serviço público, a água coletada não poderia ser distribuída, mas disponibilizada no próprio condomínio.
E assim fora feito.
Estações de tratamento foram construídas para que a água se tornasse própria para uso dentro do condomínio.
Elas envolvem a ação de filtros de areia e carvão, aplicação de cloro e análises periódicas de potabilidade
Isso diminuiu o uso da água potável disponibilizada pelo governo, em atividades como lavar roupas ou limpar a casa, acarretando um grande impacto ambiental positivo.
Para a UNIÁGUA (2001, apud COSTA, 2007) o conceito de substituição de fontes mostra-se como a alternativa mais plausível para satisfazer as demandas menos restritivas, reservando a água de melhor qualidade para usos mais nobres, como o abastecimento doméstico.
As águas provenientes desses lençóis podem também ser direcionada para atividades como:
Irrigação de parques e jardins públicos, centros esportivos, campos de futebol, jardins de escolas e universidades, gramados, árvores e arbustos decorativos ao longo de avenidas e rodovias;
Irrigação de áreas ajardinadas ao redor de edifícios públicos, residenciais e industriais;
Reserva de proteção contra incêndios;
Controle de poeira em movimentos de terra;
Sistemas decorativos aquáticos tais como fontes e chafarizes, espelhos e quedas d’água;
Descarga sanitária em banheiros públicos e em edifícios comerciais e industriais;
Lavagem de trens e ônibus públicos.
Ou seja, existem muitas opções de reuso para a água que pode estar jorrando na sua garagem! Não perca tempo e faça uma análise para saber como e em que utilizá-la.
Para saber mais sobre as características que sua água deve ter, leia esse post.
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