AS ÁGUAS QUE APAGARÃO A TOCHA OLÍMPICA

O maior evento poliesportivo do mundo se aproxima e podemos ver diversos internautas denegrindo a imagem do Brasil, empenhados a desencorajar a viagem de muitos estrangeiros ao país que sediará o evento. Mas até que ponto devemos discordar ou concordar com a análise deles?

 

Ao se candidatar para sediar os Jogos, a prefeitura do Rio prometeu ao COI eliminar 80% do esgoto da Lagoa Rodrigo de Freitas que será utilizada para eventos de remo e canoagem. Entretanto, todos nós sabemos que isso não foi realizado.

 

Você pode dizer “ok, tem esgoto e por isso a água está suja” mas, quais são exatamente os fatores que a tornam não potável, ou até mesmo, fazem com que os barcos utilizados no evento tenham que ser lavados constantemente com agua sanitária, ou que os atletas tenham que se vacinar?

 

Água imprópria para consumo ​

Bem, podemos dividir a água imprópria para consumo humano em dois tipos:​

Água salobra, que possui muitas substâncias, estejam elas dissolvidas, em suspensão ou em depósito; Água inquinada, que contém micróbios que causam doenças ou substâncias poluentes. Para que a água imprópria para consumo possa ser consumida, tem que ser tratada numa Estação de Tratamento de Águas.​

Com a análise da água, é possível identificar parâmetros físico-químicos, a existência de cátions e ânions e a existência de bactérias do grupo Coliformes. Além disso, outra importância da análise é verificar a quantidade de alguns íons, uma vez que há limites máximos de concentração permitidos.

 

E o que isso tem a ver com as Olimpíadas?

A quantidade de atletas que estarão competindo durante os jogos Olímpicos nas águas próximas da Marina da Glória na Baía de Guanabara, nadando na praia de Copacabana e praticando canoagem e remo nas águas insalubres da Lagoa Rodrigo de Freitas, é alarmante.

 

A Associated Press (AP) encomendou quatro rodadas de testes em cada um desses três locais de competições olímpicas, e também na água que alcança a areia da praia de Ipanema, visitada frequentemente por turistas, mas onde não será realizado nenhum evento. Trinta e sete amostras foram testadas para três tipos de adenovírus humano, além de rotavírus, enterovírus e coliformes fecais.

 

Outros parâmetros analisados

Além do parâmetro oxigênio dissolvido, também foram monitorados os parâmetros turbidez, pH, salinidade, temperatura e clorofila A. O monitoramento pontual está acrescido dos seguintes parâmetros: nitrogênio amoniacal, fósforo total, carbono orgânico total, Escherichia coli, Coliformes Totais e Comunidade Fitoplanctônica. E é levado em consideração também as condições climáticas, que podem afetar a qualidade da água.​

Todos os resultados do monitoramento são utilizados na obtenção dos diagnósticos da qualidade da água voltados para as práticas esportivas e para a vida aquática. Considerando as práticas esportivas permitidas nas águas da lagoa, a classificação é de “própria” ou “imprópria“, conforme dispõe a Resolução CONAMA 357/2005, que classifica, dentre outras, as águas salobras.​

Os testes virais da AP, indicaram que nenhum dos locais é seguro para nadar ou velejar, segundo os especialistas em qualidade da água que tiveram acesso aos dados da AP. Um especialista americano em avaliação de risco para vírus transmitidos pela água examinou os dados da AP e fez a seguinte estimativa:

Há mais de dois anos a situação das águas da cidade maravilhosa vem sendo divulgada nos meios de comunicação e diz muito sobre a preocupação que nós, cariocas, temos com a nossa cidade, como mostra o vídeo abaixo.

 

E se fosse você? Arriscaria a sua saúde?​

Como será que está a qualidade da água que você anda ingerindo, ou que você utiliza pra fabricar produtos e comercializá-los? Será mesmo a ideal? Será que você corre risco, ou os seus clientes? É sempre importante estar atento à qualidade da sua água. Para outros textos como esse, confira abaixo:

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