“Uma amiga me ensinou a receita”, começa a relatar o Luiz Quinderé, na sua entrevista para a Ana Maria Braga. “Aí quando eu tinha uns 15 anos eu levava pra escola pra comer e meus amigos pediam. Aí eu comecei a levar dois, um pra mim e outro pros meus amigos. Um dia deu briga, e aí eu comecei a vender”.
Foi assim que começou a história do Brownie do Luiz, tão famoso por ser viciante, crocante por fora e molinho por dentro.
Antes mesmo de ter a ideia de vender, quem fazia os brownies para o Luiz era a Vânia, que trabalhava na casa dele. “Primeira vez que eu fui tentar fazer a receita deu tudo errado”, diz Vânia, cujas tentativas seguintes falharam de novo.
Até que, um dia, a Vânia chegou em casa e a receita estava na geladeira, emoldurada por vários coraçõezinhos. Ela resolveu dar mais uma chance.
“Fiz o brownie, ficou lindo”, relata ela.
Assim, primeiro tabuleiro que o Luiz levou vendeu em menos de meia hora. Fez dois e vendeu também, e assim foi. O negócio foi crescendo e a Vânia ajudava ele a fazer os tabuleiros, já que ele não conseguia produzir, embalar e vender sozinho.
O brownie foi sucesso na faculdade também. Durante o seu curso de administração, Luiz calcula que já vendia em média 50 brownies por dia, mais as latinhas.
As latinhas eram muito famosas. Dentro delas vinham as bordas dos tabuleiros, brownies mais sequinhos, ideia que surgiu para aproveitar toda a produção. Quem comprava a latinha e depois a devolvia recebia 10% de desconto na próxima, porque a ideia toda era que ela fosse reciclável e reaproveitável.