EM BUSCA DO OURO NA SUSTENTABILIDADE

Já imaginou se um dos maiores eventos mundiais servisse como trampolim pra um incrível salto ornamental na qualidade de vida do Rio de Janeiro? Hoje decidimos trazer um assunto diferente relacionado a esse evento grandioso! Você já deve ter visto outros textos que tratamos sobre assuntos relacionados as olimpíadas, ou do tema que iremos tratar aqui, se não viu ainda, acesse As Águas que apagarão a tocha olímpica e Qual é a relação entre a Baía de Guanabara e Gestão de Resíduos?

​Pois bem, vamos ao assunto. Primeiramente, atentamos para um dos principais aspectos positivos desse evento para a cidade carioca, que está relacionado a economia, O Turismo. O que é inegável no momento é que o Brasil, apesar de todos os pesares, estará dando um “up” em sua economia através do turismo durante os jogos. Estima-se que cerca de 1 milhão de pessoas, segundo uma reportagem recente do G1, chegarão só a cidade do Rio de Janeiro, o que impactará positivamente a nossa economia local.

​Ótimo, não é mesmo? Mas, infelizmente, nem tudo são flores. A cidade que hoje já possui uma população de cerca de 6,3 milhões de pessoas, ficará lotada. Somente com seu número populacional normal, ela é responsável por gerar 1,2 milhão de tonelada de lixo anualmente.

Considerando a quantidade mensal que cada pessoa gera de lixo, podemos estimar também o crescimento desta quantidade através do aumento do número de pessoas o que nos leva ao seguinte número:

 

Nessa hora nos questionamos, se já temos muitos problemas com a nossa geração normal desses resíduos e vamos ter mais durante o evento internacional, o que fazer para gerir melhor os resíduos da cidade para impactar menos o meio ambiente?

​Temos que atentar também para o fato de que gerir os resíduos corretamente não deve estar atrelado somente ao evento. Mas ser uma solução tomada agora e que possa perdurar mesmo após o fim do mesmo.​

Mas como fazer isso ? Vamos começar observando o município de Itaúna, em Minas Gerais, que é referencia no sistema de gerência de resíduos sólidos para analisarmos como foi feito e seus impactos sobre a população.​

Desde o ano de 1999 o município começou a desenvolver sua metodologia para gestão de resíduos sólidos. Esta começou a ser estruturadas a partir da criação da cooperativa de Reciclagem e Trabalho(COOPERT),que deu inicio ao recolhimento de materiais recicláveis. Posteriormente a coleta seletiva expandiu-se para os resíduos “secos e molhados” para que houvesse uma coleta mais efetiva. E, para suprir os gastos provenientes da coleta o município iniciou um convênio com o estado para a criação de uma Parceria Publico Privada, que fez com que estes serviços recebessem investimentos adequados.​

Com toda essa estrutura que vem sendo trabalhada, aliada à campanhas de conscientização os resultados positivos são irrefutáveis!

 

Mas não há como reclamar de prefeituras, estados e governos se não fizermos nossa parte não é mesmo? Por isso é essencial aplicarmos a política dos 4Rs, Repensar, Reduzir, Reutilizar e Reciclar, por que hoje o que é “menos é mais”, principalmente para o meio ambiente.​

Quando nos preocupamos em repensar nossos atos de consumo e reduzi-lo somente ao necessário, grande quantidade de lixo seria evitada. E se pudéssemos reutilizar esses resíduos antes de descartar? Podemos ter certeza que com essa lógica, seria possível uma diminuição significante da geração de lixo na cidade.​

Com a redução na quantidade de resíduos, poderia, então ser aplicada uma reciclagem muito mais efetiva do que a cidade maravilhosa realiza. Segundo uma reportagem do G1 de 2015 , vimos que o município do Rio de Janeiro encaminhava somente 5% do lixo com potencial reciclável para a reciclagem.​

Podemos ver que as oportunidades de aplicação de um gerenciamento dos resíduos sólidos da cidade do Rio de Janeiro são grandes, que vão desde a população fazendo sua parte com os 4Rs, e empresas aplicando metodologias consistentes de gestão de resíduos em seus processos, à prefeitura reciclando o que é possível com o lixo que é descartado. Se esse modelo fosse aplicado já para as Olimpíadas, não teríamos graves problemas com lixo, a melhoria continuaria para os cidadãos e poderíamos mostrar um marketing verde para o mundo. Assim, seriamos a cidade sustentavelmente maravilhosa!!

 

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