Produção de Cerveja: Etapas, Características e a Química da Cerveja
PRODUÇÃO DE CERVEJA: ETAPAS, CARACTERÍSTICAS E A QUÍMICA DA CERVEJA Conheça na íntegra o processo de produção de cerveja em todos os seus aspectos, desde
Não, esse título não é uma mentira. A nossa querida cervejinha impulsionou o mundo e revolucionou a nossa história. Ela foi protagonista dos maiores marcos da nossa civilização, proporcionou diversos avanços científicos, tirou o homem do nomadismo e nada mais nada menos que salvou a raça humana. Pode até parecer exagerado a princípio, mas vamos aqui a alguns exemplos:
Revolução agrícola
Conquista dos EUA
Avanços tecnológicos: Refrigeração, Pasteurização, Garrafas de vidro
Oktoberfest Blumenau: Chopp em metro
A revolução agrícola é um marco na história do homem, e, por incrível que pareça não era para fazer pão. Apesar de ter sido por muito tempo atribuído ao cultivo de pão, podemos dizer que a ela foi, na verdade, uma grande revolução cervejeira.
Ela permitiu que o ser humano desse os seus primeiros passos para fora da caverna. Como isso? Diversas técnicas surgiram para aumentar a eficiência do cultivo da cevada e do transporte da mesma, impulsionando assim, o que hoje chamamos de revolução agrícola.
Nas longas viagens para o novo mundo, a cerveja assumia um papel fundamental, mantendo os primeiros colonizadores hidratados e seus sonhos vivos.
Nessas grandes jornadas, as embarcações deveriam contar com grandes provisões de alimento, além, claro, de muita água. Infelizmente, grande parte desses alimentos estragavam em pouco tempo, e não poderia ser diferente com a água.
Para minimizar em parte o problema, os tripulantes levavam uma série de alimentos em conserva e uma exorbitante quantidade de cerveja. O motivo para levar tanta cerveja, simples, ela tem conservantes naturais, dessa forma não estragavam com o passar do tempo, mantendo-se ideal para o consumo.
Além disso, o medo foi um fator importante para estimular a produção de cerveja. Isso mesmo, o medo de beber a mesma água dos então habitantes do novo mundo, fez com que os desbravadores buscassem cada vez mais refúgio nas profundezas da cerveja.
Se tem uma palavra que não pode acompanhar cerveja, essa palavra é quente. Por um bom tempo, mais precisamente até o final do século 19, a cerveja não era muito comercializada em períodos de verão, já que não conseguiam mantê-la gelada.
Além disso, o alto valor de produção da mesma, já que a produção da cerveja demanda temperaturas amenas, fez com que Carl von Linde desenvolvesse o sistema de refrigeração, facilitando , dessa forma a fabricação e o transporte da cerveja. Não só isso, esse sistema possibilitou a conservação de alimentos, dando um grande passo na história.
Por que a cerveja estraga tão rápido? Essa foi a pergunta que levou o cientista francês Louis Pasteur, a uma grande descoberta, que alavancou a medicina.
Pelo estudo das células de levedura da bebida ele descobriu que a presença de microrganismos prejudicava o sabor da bebida. Para isso ele desenvolveu a pasteurização.
Foi através do mesmo estudo que ele descobriu a existência das bactérias, levantando assim um grande debate sobre higiene e sobre doenças causadas por essas bactérias. Descobrindo a origem dessas doenças, ficou mais fácil arranjar meios de tratá-las.
A poderosa indústria de cervejas foi a grande protagonista da criação das máquinas de produção em larga escala, nesse caso a de garrafas de vidro.
Essas máquinas de produção em escala foram as principais responsáveis pelo crescimento econômico e ajudaram a construir a sociedade que temos hoje.
Alguns apontam que ela conseguiu inclusive, diminuiu o trabalho infantil que era largamente empregado nas indústrias de vidro até então.
Bom, para entendermos um pouco mais dos impactos da cerveja no mundo, não podemos deixar de falar do Oktoberfest.
Como muitos já sabem o Oktoberfest é o maior festival de cerveja do mundo, realizado em Munique, até então nada fora do normal, mas e se falássemos que a cerveja era proibida nos primórdios do festival e que o festival apesar de ser nomeado como Oktoberfest começa em setembro. Aqui vai um pouco desse grande festival.
Bom, a história do festival é bem longa, tudo começou em outubro de 1810 como uma festa de casamento do então príncipe Ludwig von Bayern com a princesa Therese von Sachsen-Hildburghausen. A tão aguardada festa, que contava com todos os moradores de Munique como convidados, ocorreu num parque afastado do centro da cidade e que foi nomeado em homenagem a noiva como Theresienwiese.
Apesar do casamento e de todas as comidas e bebidas típicas da Baviera oferecidas na festa, o ponto alto foi mesmo a corrida de cavalos! Sim, o festival mundialmente conhecido pelas cervejas tinha corrida de cavalos como sua atração principal. A cerveja só conseguiu ser incorporada ao festival em 1918!
Com todo o sucesso alcançado pela festa, outra foi marcada para o ano seguinte em outubro, dando assim, início a tradição.
Mas como que uma festa num parque afastada conseguiu ganhar a proporções que tem hoje? A popularização do evento ocorreu com a chegada dos primeiros trens em Munique, e, novamente, o sucesso do festival se dava por competições tradicionais da época e campeonatos, como o de boliche.
Além disso, a fotografia foi um grande meio de alavancar a celebração. Os artistas locais consideravam o evento uma excelente oportunidade para mostrar o seu trabalho, e dessa forma, popularizaram a festa registrando suas imagens.
Já falamos aqui que a história do festival é bem longa, mais de 200 anos de muita comemoração. Entretanto o Oktoberfest deixou de ser realizado em algumas ocasiões.
Basicamente, esses períodos sombrios ocorreram quando a Alemanha estava envolvida em guerras e quando a mesma foi afetada por surtos de cólera. Mas, para a felicidade do povo, o Oktoberfest acontece desde 1945 sem grandes problemas.
Botando de lado, agora, o aspecto histórico, vamos falar um pouco mais de algumas curiosidades da festa nos dias atuais.
Todos sabem que o Oktoberfest é cercado de tradições, dentre elas temos o renomado desfile de roupas e músicas típicas. Uma das maiores atrações, logo no primeiro domingo do festival, que encanta e arrasta o público para a parada, ao som de muita música e danças culturais.
Se tem uma coisa que vem na cabeça quando pensamos em Alemanha e, especificamente, no Oktoberfest é aquela famosa canequinha. Todas as cervejas servidas no evento vem no tradicional Masskrug, que comporta nada menos que 1 litro de muita cerveja.
Não podemos esquecer, também, da clássica pergunta quem vem na cabeça quando pensamos nisso: “como que aquelas pessoas conseguem carregar tanta bebida?” Bom, isso permanece um segredo para a grande maioria até hoje, mas a grande questão é que um garçom já foi capaz de levar incríveis 27 Masskrüge. Como? Permanece um mistério.
Para os cervejeiros de plantão a dica é chegar cedo! Somente as pessoas sentadas podem beber: nada de ficar passeando pelo festival com a canequinha na mão.
Augustiner, HB, Spaten, Lowenbrau, Paulaner e Hacker-Pschorr, apenas essas seis cervejas participam do Oktoberfest. Para entrar para a festa as cervejas tem que seguir um estatuto! Não é para qualquer um não, elas devem honrar a tradição, ou seja, devem seguir as leis de pureza de Munique (1487) e alemã (1906).
Mas a história dessa tradição não acaba aí não. No passado, o príncipe Leopoldo da Baviera, detentor da cervejaria Kaltenberg, tentou colocar a sua cerveja no festival, levantando grandes debates sobre a tradição. Entretanto, como podemos ver ela resiste até hoje, sendo a Augustiner a mais antiga e a Paulaner a mais nova desse seleto grupo.
Já falamos muito do festival em Munique, agora vamos para os seus desdobramentos no Brasil.
Tudo começou no antigo Pavilhão A da Proeb, em 1984, com o anseio da comunidade alemã de preservar as suas tradições. Em apenas dez dias de festa o primeiro evento conseguiu levar mais da metade da população da cidade, já mostrando que o mesmo viria a se tornar um grande festival.
Não podemos falar de tradição, Oktoberfest sem falar de cerveja, né. Para não perder o costume, o festival conta com uma tradicional disputa de chopp em metro!
Durante os dias, os participantes devem beber um metro de chopp, no menor tempo possível, e, claro, não podem tirar a tulipa da boca, nem babar. Para os motoristas da rodada, a competição ainda conta com chopp sem álcool! Todas as noites são divulgadas os vencedores, e, ao final da competição, o campeão geral.
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