Os Perigos do Descarte Indevido de Lixo
OS PERIGOS DO DESCARTE INDEVIDO DE LIXO “O Brasil produz lixo como um país de primeiro mundo e descarta como as nações pobres”. Essa
Quando a produção industrial começou, lá na Inglaterra, no que hoje consideramos a 1ª fase da revolução industrial, começou também uma nova relação humano-natureza. Inicialmente, foi vista como facilidade para uma produção maior, mas com o passar dos anos começou-se a reparar nas consequências. Principalmente ambientais.
Mas foi somente no século XX que começaram a ser discutidos os impactos da indústria no meio ambiente. Isso devido ao fato dos recursos estarem sendo utilizados em proporções muito maiores do que o planeta suporta.
Na década de 70, cientistas do MIT publicaram um estudo sobre a pressão gerada em cima do planeta por causa do crescimento populacional exacerbado. Este estudo despertou a consciência ecológica mundial, e levou à I Conferência Mundial Sobre Meio Ambiente ou Conferência de Estocolmo, em 1972.
Essa conferência levou os países a planejarem legislações e órgãos ambientais. E então foram agregados às produções custos do controle ambiental. Para as empresas essas legislações eram vistas como empecilhos e obstáculos para a produção.
Mas a partir de 1990 a imagem mudou. As organizações passaram a ter imagem e credibilidade, perante a sociedade, em cima da qualidade ambiental da sua produção.
A Conferência de Estocolmo foi o pontapé inicial para um debate mundial sobre o meio ambiente. Esses debates foram realizados em encontros globais, onde ficaram assinados alguns acordos. Os objetivos gerais desses acordos eram combate ao desperdício de recursos não-renováveis, de energia, de matérias primas escassas e combate à pobreza.
Um setor da indústria muito importante é o da Química, estima-se que faturou, mundialmente, US$3,7 trilhões em 2008. Sendo, ainda, a responsável pelo fornecimento de insumos para vários outros ramos industriais.
Essa indústria teve origem na Alemanha, sendo seguida pela Inglaterra. Ela é a responsável por fornecer matérias-primas e produtos para os outros setores produtivos, desempenhando papel essencial na economia.
A indústria química tem como objetivo oferecer soluções e melhorias dos processos e qualidade de produtos.
Ela é responsável pela produção de cloro, resinas, amônia, gases industriais, fibras sintéticas, aditivos, catalisadores e vários outros produtos indispensáveis para a vida como a conhecemos hoje. No geral, insumos para outros setores industriais.
A indústria química brasileira teve um faturamento de US$122 bilhões em 2008, de acordo com a ABIQUIM – Associação Brasileira da Indústria Química, ficando em 9º lugar em faturamento mundial. Sendo ainda, responsável pela movimentação de ¼ do PIB Industrial do país.
As atividades industriais, assim como a forma que vivemos tem sobrecarregado o planeta. Alguns dos principais problemas que hoje encontramos é:
Para controlar e identificar formas de desgastar menos o meio ambiente com as ações da indústria e das empresas foi desenvolvida a Gestão Ambiental.
Gestão ambiental consiste no controle e diminuição dos impactos ao meio ambiente, a partir das atividades realizadas por organizações.
Existem as instituições de normatização, como ISO – International Organization for Standardization – , a EMAS – Eco-Management and Audit Scheme – a nível europeu e a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – no Brasil, sendo pioneira na definição e metodologias sobre sustentabilidade urbana. Todas elas têm como objetivo agir como auxiliadoras na estruturação e facilitação do controle sobre sua organização.
A série ISO 14000 estabelece as diretrizes de um Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e fornece ferramentas, normatizando práticas sustentáveis e políticas ambientais. Seu objetivo é uma metodização do sistema de gestão ambiental de forma a atuar em uma busca contínua de melhoria da relação indústria-meio ambiente.
O Sistema de Gestão Ambiental tem como objetivo promover uma maior compreensão, organização e planejamento das ações de uma empresa ou indústria, sobre os impactos dos seus produtos e serviços no meio ambiente.
Uma das principais vantagens de se atuar por um sistema de gestão ambiental é a imagem que o mercado e a sociedade tem da empresa ou indústria, possibilitando melhores e mais oportunidades de negócios. Você pode ler um pouco mais sobre Marketing Verde aqui!
Existem, hoje, duas principais ferramentas quando se fala de gestão ambiental. A P+L (produção mais limpa) e a Ecodesign.
A P+L é uma alternativa de prevenção, cujos objetivos são: a redução do uso de recursos naturais; prevenção da poluição do ar, água e solo; redução dos resíduos gerados nos processos.
A partir do gerenciamento dos processos e, quando necessário, reformulação das políticas internas e de relação com o meio ambiente, se obtém uma maior eficiência dos processos. A implementação de uma produção mais limpa não exige da instituição novas tecnologias, ela pode atuar utilizando-se do que já tem.
O Ecodesign é o planejamento e atuação de forma a pensar no meio ambiente em todas as ações. É a escolha de materiais menos poluentes, não tóxicos, que exijam menos energia na produção; é também a qualidade e durabilidade dos seus produtos; a possibilidade de troca de peças ao invés da inutilização de todo o produto, em caso de falha.
Assim como a P+L, ela é uma forma de promover o desenvolvimento sustentável, trocando atuais processos por outros que firam menos o meio ambiente.
Em território nacional temos indústrias químicas brasileiras, como:
Oxiteno: atua nos mercados agroquímicos, de tintas e revestimentos, limpezas e outros. A maior parte das unidades da Oxiteno possui certificação ISO 14001.
Heringer: atuando na área de fertilizantes.
E várias outras, além de indústrias de origem estrangeira, como a Bayer e a Basf.
Atualmente, a maioria das empresas possui a Sustentabilidade como um dos princípios que guiam suas ações. Assim como presença social, atuando em projetos para a vizinhança urbana no qual está inserida.
A Bayer, por exemplo, possui projetos de educação, ciência e cultura para as áreas em volta de seus pólos industriais.
Uma forma de promover uma gestão de seus resíduos é o que acontece no pólo industrial da Bayer em Belford Roxo, que possui diversas empresas envolvidas em atividades complementares em um mesmo espaço.
O pólo de Belford Roxo, possui, ainda, uma estação de tratamento de água que capta do rio adjacente para a produção, e depois trata a água novamente e à repõe ao meio ambiente.
Outra, empresa importante, a Braskem, de 2012 à 2014, por exemplo, utilizou 1,8 bilhões de litros de água de reuso em alguns de seus processos.
A Coca-Cola, apesar de não ser classificada como indústria química, também investe muito em projetos e iniciativas ambientais. Por exemplo, em questão de consumo de água, ela alcançou a neutralidade, ou seja, toda a água consumida em seus processos é compensada a partir de projetos de restauração e conservação de bacias hidrográficas.
A gestão ambiental é muito importante na indústria química, reflexo disso é que o setor químico detinha cerca de 12% de todas as certificações ISO 14001 em 2005, ficando atrás apenas do setor automobilístico.
A preocupação ambiental se tornou latente nas últimas décadas, e a gestão ambiental se tornou uma peça fundamental. Tanto ecológica quanto econômica, uma vez que o próprio mercado consumidor exige esse lado amigo do ambiente por parte das empresas e indústrias.
Se você possui uma empresa, que tal ficar ligado nessa questão ambiental também?!
Para ler um pouco mais sobre gestão ambiental e gestão de resíduos acesse:
Venha para o lado verde da força: PGRS
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