Combustíveis em Alta: O Preço Que o Consumidor Paga
COMBUSTÍVEIS EM ALTA: O PREÇO QUE O CONSUMIDOR PAGA Desde o início do ano de 2019, o preço dos combustíveis não para de crescer. Segundo O
O levantamento de dados da ANP, Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, indicou que em 23 de março o preço médio do litro de gasolina comercializada nos postos de todo o Brasil foi de R$4,319.
Isso por sua vez configura um aumento de preço de 3,5% em um mês, já que na semana de 17 a 23 de fevereiro, o litro era vendido a R$4,172.
Ainda segundo dados da reportagem, o óleo diesel chegou à média de R$3,54 por litro, tendo aumentado pela quinta vez consecutiva, com uma porcentagem de 2,8% de alta nos preços.
O etanol também subiu pela quinta vez consecutiva, com 8,2% de alta acumulada em cinco semanas. O GNV (gás natural veicular), por sua vez fechou em R$3,169 o metro cúbico, tendo aumentado pela terceira semana no final de março.
Diante desse cenário de alta dos preços, é preciso estar muito atento à algumas situações indesejadas que o consumidor pode enfrentar. Fraudes e adulterações dos combustíveis infelizmente acabam por se tornar mais recorrentes para barateá-los e diminuir o prejuízo dos postos.
A fraude consiste na adição de qualquer produto que altere as condições do combustível e inviabilize a garantia do consumidor.
Geralmente adicionam-se solventes mais baratos ou outros produtos químicos ao combustível para que ele renda mais. Essa medida, que alguns postos realizam, prejudica diretamente o consumidor.
Segundo reportagem do G1, o combustível adulterado afeta o funcionamento do carro e danifica peças fundamentais, como catalizadores, bombas de combustíveis, sondas de oxigênio e bicos injetores. A reposição desses itens nem sempre é fácil.
Estes danos ao automóvel podem ser irreparáveis, causando um prejuízo financeiro e ainda um desgaste mental e emocional.
As peças custam caro por causa do avanço das tecnologias, algumas vezes os valores são tão altos que os proprietários são obrigados a buscarem esses itens em desmanches, que apesar da maioria ser legalizada, a compra é feita sem garantia de um bom funcionamento.
Para podermos identificar as peças em que há maior probabilidade de serem danificadas, precisamos entender o caminho que o combustível adulterado faz no carro.
A seguir veremos o preço de mercado de alguns desses itens, de acordo com reportagem do G1.
Catalizadores de carros “populares” que variam de R$400,00 a R$1.200,00
Sensores de oxigênio custam de R$200,00 a R$500,00 e para os carros “premium”, os valores são maiores que os R$4.000,00
Bombas de Combustível vão de R$200,00 a R$1.300,00. As bombas de carros de luxo partem de R$4.000,00 e podem chegar a R$9.000,00
Para peças originais o valor pode ser de 5 a 10 vezes maior
O problema pode se tornar ainda mais grave se o dano for no motor. Nesse caso, os prejuízos podem chegar a mais de R$40.000,00 em carros de luxo.
Os danos e os prejuízos são bastante significativos, portanto, é preciso ficar atento e se prevenir o quanto antes. Quanto mais rápido você agir, menores serão seus prejuízos.
Preste atenção nos sinais de mau funcionamento do seu carro:
“Isso pode acelerar o entupimento dos filtros. E se passar pelo filtro pode prejudicar os injetores”, ressaltou o diretor de Combustíveis da Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA), Rogério Gonçalves em entrevista para o jornal O Dia.
Preste atenção aos sinais e caso desconfie de adulteração, é possível comprová-la com uma Análise Química. A apresentação do laudo e do relatório de adulteração é essencial para tomar as devidas providências legais.
Essa análise deve ser feita em laboratórios que sigam as normas estipuladas pela a ANP, onde cada teste deve ser realizado em duplicata para que o resultado possa ser considerado válido.
Para cada tipo de combustível existe uma resolução da ANP que estipula os parâmetros e seus valores aceitáveis.
Atualmente, a gasolina é regida pela ANP 40/13, que foi atualizada pela ANP 684/17.
Já o diesel é especificado pela ANP 50/13, ANP 13/15 e ANP 69/14.
O etanol é regulado pela ANP 19/15 e ANP 7/16.
Todas essas resoluções servem para auxiliar o consumidor na hora de garantir a qualidade do produto que está comprando.
Como já dito antes, um combustível adulterado pode prejudicar em muito o desenvolvimento de um carro. Portanto caso um carro apresente os sintomas de que foi abastecido com combustível adulterado é necessário levá-lo para um mecânico analisar os danos e retirar o combustível restante do mesmo.
Ao retirar o combustível é preciso colocar o mesmo em um galão fosco novo, fechado com um batoque e com tampa plástica, mantido sobre um local protegido de luminosidade e não muito quente.
Porém, para fazer a análise deve-se possuir uma quantidade mínima do produto. Para gasolina em média 750mL e para o diesel e etanol 1,5mL.
Guarde a nota fiscal do posto em que abasteceu. É importante também possuir um laudo técnico do mecânico para comprovar os danos do seu carro e quão graves foram.
Depois disso basta registrar a denúncia formalmente na ANP e no Procon.
Segundo reportagem do início de março deste ano do jornal O Dia e dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), o Rio de Janeiro é o oitavo estado do país em combustível irregular. O índice de não conformidade da gasolina, etanol e diesel vendidos é por volta de 2,8%.
Um levantamento de dados da ANP consolidado até 2017 chegou à conclusão de que estado do Rio vende em média 2,5 bilhões de litros de combustível anualmente e desse total, cerca de 70 milhões de litros possuía alguma irregularidade.
Portanto, fique atento aos sinais e ciente dos seus direitos legais como consumidor. Fraude de combustível é crime e deve ser denunciado.
Caso seu veículo esteja apresentando alguns dos sinais mencionados acima, comprove a qualidade do seu combustível com uma Análise Química e, de posse da nota fiscal e laudo do mecânico, faça uma denúncia.
O telefone da ANP é 0800-970-0267.
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