Combustíveis em Alta: O Preço Que o Consumidor Paga
COMBUSTÍVEIS EM ALTA: O PREÇO QUE O CONSUMIDOR PAGA Desde o início do ano de 2019, o preço dos combustíveis não para de crescer. Segundo O
Sabe-se que cada vez mais casos de adulteração de combustíveis têm sido noticiados na mídia. A adulteração de combustíveis, além de prejudicar os consumidores, pode prejudicar o próprio veículo. Apesar disso, há algumas outras motivações para a realização da análise química de combustíveis, e todas elas impactam diretamente na qualidade do produto e na vida do produtor e do consumidor.
Dessa forma, trataremos de alguns pontos fundamentais sobre essa análise:
Sinais de adulteração
Analisando diferentes tipos de combustíveis
Contaminação por combustíveis
Etapas iniciais da análise: propriedades físicas e presença de água
Etapas finais da análise: cromatografia e espectrometria de massa
Adulteração: tomando providências
A análise de combustíveis pode ter variadas motivações e objetivos. O mais conhecido, justamente por ser noticiado, é a verificação – e por vezes comprovação – da adulteração de algum combustível. Ela pode ser percebida através dos seguintes “sintomas” que o veículo pode apresentar:
falhas na hora da partida;
maior consumo de combustível;
danos ao filtro de combustível, velas e bombas do motor;
perda de potência.
A análise química pode (e deve) ser realizada também pelos próprios produtores, tanto para saber se sua produção tem qualidade quanto para emitir um laudo técnico. Esse laudo evita, por exemplo, que dúvidas surjam no consumidor a respeito da composição do produto. Além disso, com ele pode-se evitar especulações acerca de uma suposta adulteração.
Essa análise, por ser bastante abrangente, pode ser feita em diversas variedades de combustíveis. São eles:
matrizes fósseis (gasolina, diesel, xisto);
renováveis (biodiesel);
biocombustíveis em geral produzidos por processos de liquefação, pirólise e combustão;
produtos de alcoolquímica;
sintéticos (Fisher-Tropish e outros).
Vale ressaltar que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) monitora a qualidade dos combustíveis no Brasil. Portanto, para atender a essa demanda, muitas indústrias, pequenas empresas e postos de combustíveis procuram laboratórios e empresas para realizar esse serviço e manter-se de acordo com o padrão exigido.
Uma análise importante, também atrelada a este assunto, é a análise da água de locais próximos aos locais de fabricação e/ou manipulação desses produtos. Para evitar impactos ambientais negativos e para gerenciar o descarte adequado dessas substâncias, é importante analisar a água de lençóis freáticos próximos. Além disso, gerenciar o descarte da água de lavagem de veículos e possíveis vazamentos de tanques também é recomendado. Isso, inclusive, pode ser combinado com uma gestão de resíduos do estabelecimento tratado.
A análise química de combustíveis segue uma série de normas técnicas definidas pela Petrobrás. Assim, há alguns parâmetros que devem ser analisados para conferir a qualidade do produto. Inicialmente, realiza-se o exame de propriedades físicas, como a aparência visual e a densidade. A densidade pode ser conferida através de um densímetro, e, para o caso da gasolina, caso esteja menor do que 0,75 g/ml, é provável que esteja adulterada.
Após isso, faz-se a determinação da quantidade de água. De acordo com a legislação brasileira, a gasolina deve ser totalmente isenta de água, porém caso haja adição de álcool não-anidro, a presença da mesma pode ser percebida. Utiliza-se, então, o método de Karl Fischer, de acordo com a norma técnica da ABNT, para fazer essa verificação.
É importante notar que o acréscimo de álcool na gasolina é regulamentado, porém há um limite de 24% e este deve ser anidro para que não haja a presença de água. Para medir a quantidade de etanol, pode-se acrescentar cloreto de sódio à amostra e então fazer a extração da fase orgânica.
O próximo teste a ser feito é através de um equipamento chamado cromatógrafo, que é capaz de separar os diversos componentes de uma amostra. Nele, a amostra é colocada sob pressão pela presença de gás nitrogênio para percorrer uma coluna metálica contendo material adsorvente. Assim, os compostos mais voláteis e menos pesados passam pela coluna primeiro, sendo detectados por um detector de ionização de chama.
Os resultados do teste são exibidos em um cromatograma, onde os componentes aparecem como picos e suas alturas e áreas são proporcionais à concentração do mesmo na amostra. Geralmente, nas gasolinas adulteradas, somente a razão entre os picos diferem do padrão, já que são acrescentados compostos já presentes na gasolina usual.
A partir da análise do cromatograma é possível, comparando com o padrão, determinar se a gasolina foi adulterada e até mesmo quais substâncias que foram acrescentadas. Um exemplo interessante diz respeito ao MTBE (metil terc-butil éter), um aditivo legal no RS mas ilegal em SC, muitas vezes encontrado de forma clandestina em postos catarinenses.
Mesmo com todos esses testes bem precisos, as substâncias adicionadas podem ser estranhas, isto é, não estão presentes em nenhum dos padrões de referência. Neste caso, pode-se utilizar o espectrômetro de massas, acoplado com um cromatógrafo gasoso. Cada componente separado pelo cromatógrafo é, então, analisado pelo espectrômetro de massas. Assim, pode-se conferir a identidade da substância.
Em casos de adulteração comprovada, caso o motorista sinta-se lesado, ele pode fazer uma denúncia. Deve-se guardar a nota fiscal do abastecimento e também levar o carro até um mecânico de confiança, que fará o laudo dos danos causados. Então, a denúncia deve ser feita formalmente pela ANP e pelo Procon. O posto pode até mesmo ser obrigado a pagar pelos consertos do carro.
Em relação ao carro danificado, a recomendação é levá-lo até outro posto, pedir para esvaziar o tanque e então trocar a gasolina. Com este feito, pode-se evitar que mais estragos venham a ocorrer. De qualquer forma, deve-se ir ao mecânico para fazer um check-up geral e conferir se os danos citados no começo deste texto ocorreram. Assim, reparar esses danos o quanto antes é imprescindível para que os mesmos não se prolonguem.
Agora que você já sabe tudo sobre análise de combustíveis, que tal conferir os textos abaixo para se aprofundar ainda mais no assunto? Confira:
Dez dicas para fazer seus direitos valerem na hora de abastecer – ANP
Como reclamar de seu combustível adulterado – Jornal do Senado
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4 respostas para “Análise Química de Combustíveis: Como Verificar a Qualidade”
Preciso realizar um teste de qualidade em diesel rodoviário que está armazenado em tanque de combustível da Marinha.
A empresa faz o teste? Quanto custa? Em quanto tempo é possível fazer e ter o resultado??
Boa tarde, Sr. Leonardo. Como vai? Solicito que entre em contato conosco pelo e-mail: contato@peqengenhariajr.com.br para que possamos atuar de forma rápida e eficiente.
Agradecemos o contato!
fui muito bom , aprender sobre meus direitos como cliente
foi muito saber , que como cliente posso processar o posto ,caso esteja comprando algo adulterado